Quando meus filhos nasceram 40 anos atrás, eu abri para cada um, uma caderneta de poupança que prometia pagar 6% de juros reais ao ano, garantido pelo Tesouro Nacional.
A caderneta foi criada em 1861, e por isso é a aplicação mais popular no Brasil.
Pessoas mais pobres aplicam nela para terem uma reserva emergencial, ou para a sua aposentadoria.
Eu abri essas cadernetas para que eles sentissem na pele o que é confiar no governo com seu dinheiro.
O valor era 5.000 cruzeiros da época, que hoje seria R$ 560,00 para poderem comprar as mesmas coisas.
Dava para comprar 400 passagens de ônibus. Eu anotei tudo isso no diário de bordo deles.
Se o governo pagasse os 6% prometidos por 40 anos, cada um teria hoje R$ 5.700,00.
Segundo o informe de IR do banco deste ano o saldo atual é de R$ 260,00.
Sumiram com R$ 5.200,00 sem CPIS, STF, editorias na imprensa.
Depois não sabem por que os pobres continuam pobres no Brasil.
Nada a ver com capitalismo.
Economistas inescrupulosos manipularam os índices de correção monetária, Delfim foi o que mais reduziu a correção devida, a ponto de dizimar totalmente a poupança dos pobres.
É por isso que eles agora têm que comprar a prazo, tem medo de perder o emprego, emprestam um dos outros, porque um grupo de ‘governantes’ abusou da confiança do povo.
99% da poupança dos mais pobres sumiu, como sumiram 100% das contribuições sociais.
E ninguém se indigna com isso.
É muito descaso com o pobre brasileiro.
Essa deve ser a reportagem mais longeva da história do jornalismo.
Que ideia sensacional!!!
Que absurdo fazem com o Brasil!
O pior é que ninguém faz esse tipo de análise na imprensa esquerda caviar do Brasil.
Parabéns, Professor!
Vc deve morar em Nárnia. “Imprensa esquerda caviar” só se for no seu mundinho bozoniano miliciano.
A tal imprensa sempre apoiou tudo isso aí, como hoje apoia irrestritamente Paulo Guedes, mesmo o Paulo jegues sendo um Ministro nefasto para o país. Entrou com o Brasil 8ª economia do mundo e está nos levando à bancarrota o país e hoje estamos na 13ª colocação e caindo.
A verdade pura e simples é historicamente a que sempre prevaleceu desde a descoberta do Brasil pelos portugueses.Para a coroa tudo para o povo o que restar! Taí 522 anos de usurpadores ! Ou mudamos ou mudamos. MUDA BRASIL!
Segundo seu artigo anterior não há inflação de 2 dígitos… “Como alertei aqui várias vezes, essa inflação de 10% é fake science. A inflação é muito menor do que isso,” para correção da poupança tem sido aplicado o mesmo princípio, negacionismo de inflação.
Entendo, mas não fico surpreso, quando se fala em renda fixa.
Acredito que seja necessário destrinchar em sub-análises estes números aí.
Bom dia, caro Prof Kanitz !
Eu contribuí para a previdência desde o final dos anos 60. Aposentei, pela nova regra, com cerca de 2.300,00 há cinco anos, pois fiquei um longo período adoentado. Como me enquadrava nas condições para pedir a revisão de vida toda, consultei um escritório de advocacia. O novo cálculo mostrou um valor de 5.400,00, por tudo que contribuí. Entrei na justiça, que logo parou por causa da pandemia. Foi para julgamento no STF. Ganhamos, mas não levamos: faltando 15 minutos para encerrar o prazo de votação, Kassio Nunes pediu vistas, cumprindo ordens do governo, para mudar o voto de Marco Aurélio Melo, que substituíra, e que votara a favor dos aposentados, e o placar ficara em 6×5. Bolsonaro se escandalizou conosco (aposentados), bradando “querem quebrar o Brasil!”. Ninguém respondeu a ele que os cálculos eram em cima do que JÁ HAVÍAMOS CONTRIBUÍDO, e depois fomos lesados. Nenhuma reportagem, nenhuma CPI, nada. Qualquer semelhança com o que o Prof. narrou NÃO é mera coincidência.
Cabe lembrar que isso só aconteceu por vontade de Alexandre de Moraes. Há seis meses, a votação estava em 5×5 e faltava apenas o voto dele. Então, esperou incríveis seis meses, até assumirem os novos ministros indicados por Bolsonaro (que certamente votariam contra em nova votação, como deseja Paulo Guedes) para aí votar a favor por aposentados. Ferrou os aposentados, ou para desgastar o presidente ou para os ferrar sem se queimar.
Pobre não abre conta de poupança para ter economias guardadas ou valer para aposentadoria. Abre pq não pode pagar taxas bancárias de uma conta corrente. Os bancos não informam que qualquer um pode abrir uma conta sem custas.
Perfeito
Prezados leitores e prezado autor,
O Mario Bilman disse tudo. Desde 1500 aos reis e seus amigos TUDO, ao povo o que sobrar.
Não consigo entender porque TODOS NÃO PROTESTAM em face da realidade ESCANDALOSA do uso dos impostos federais, estaduais e municipais, direcionados em quase sua totalidade ao pagamento dos empregados públicos e ao custeio da máquina chamada Brasil.
Se não tivéssemos empresas para privatizar ( apesar da resistência feroz dos apaniguados ) e recursos vindos do exterior e alguns créditos de organismos internacionais, acredito existir pouca chance do Brasil subir no ranking mundial e SOBRETUDO CONSEGUIR DIMINUIR A DESIGUALDADE ENTRE OS DE CIMA E OS DE BAIXO, NA BASE SIMPLES
DA NEGOCIAÇÃO.
O meu Pis/Pasep de 35 anos simplesmente sumiu. Quando me aposentei tentei regatar por via normais, nào tem nada, sumiram com tudo, mas isso foi ladroagem interna na Caixa.
Só me resta a via judicial ou mesmo policial.
Este é um dos ponto fracos da Democracia. Essa turma toda de políticos que promete a você que, quer chegar ao Poder para trabalhar em benefício do povo, É PURA MENTIRA DELES! Todos que lá chegaram, só defenderam seus próprios interesses e de seus amigos e parentes.
Ah! o povo? O povo é apenas um pobre figurante nesse descalabro todo!!!
Ainda tem saldo, professor?… Que sorte. Ainda uns anos antes de sua iniciativa, meu pai abriu uma caderneta para o neto mais velho, meu filho, na então Caixa Econômica do Estado de São Paulo, em uma agência próxima ao comércio dele. Fizemos alguns depósitos, não substanciais, claro, era uma reservinha. Tempos depois a agência fechou, acabamos esquecendo da dita cuja. Uns 15 anos, ou mais, depois, achei a caderneta e fui saber na Caixa qual era a situação. Pasme… não só a totalidade do dinheiro tinha sido devorado como estava devendo uma nota de taxas… kkkk
O problema é do governo, ou é dos bancos?
Muito interessante o artigo e incrível ver comentários infelizmente polarizados que não acrescentam nada ao conteúdo.
Recomendam que leiam: “Como escrever um bom artigo”, do próprio Stephen Kanitz.
Um fato a se pensar:
Quase 1/3 da população brasileira é, no ano em que este post foi escrito, desbancarizada.