Como alertei aqui várias vezes, essa inflação de 10% é fake science.
A inflação é muito menor do que isso, esses 10% são fruto da superestimação da inflação que eu venho alertando aos economistas do Brasil desde 1982.
Não tenho como recalcular o verdadeiro índice, mas com a minha experiência eu diria que ela é mais próxima de 4% do que 10%.
Esses 10% existem porque nossos economistas pegam os preços a prazo (12 x sem juros) e não o valor à vista ou valor presente dos preços descontando os 12 meses de juros.
Isso superestima a verdadeira inflação.
O modelo de inflação que desenvolvi mostra que esse erro é simétrico.
Em breve as empresas vão reduzir seus prazos de crédito de 12 meses para 10 meses digamos, e aí a inflação será subestimada, levando assim a inflação aos seus 4% que apontei acima.
Como previ em janeiro que teríamos uma inflação alta devido a esse erro da ciência econômica, prevejo que em 2022 ela será bem menor, menor que o real.
Quem quer estudar meu modelo de cálculo correto da inflação é só digitar no Google “Superestimação da Inflação”.
Bom estudo, e vamos corrigir esse erro banal.
Há mais de 35 anos que a inflação para mim é menor que a oficial; por exemplo, compras de mercado só faço de produtos em oferta, como se fossem frutas da estação. Carro compro à vista. Comprar em promoção é um ótimo investimento.
Tomando como base a sua tese que faz sentido, temos aí o princípio básico que nos levou a hiperinflação, ou seja, a indexação dos contratos e da economia. Seria isso?
Gostaria de entender o motivo da alta de preços geral no Brasil. Qual o motivo de “tudo” estar mais caro? Eu e minha esposa, como o Antônio Augusto Palumbo disse, compras de mercado só fazemos de produtos em oferta. Outras coisas somente em promoção e mesmo assim se estiver dentro de nossas condições!
O melhor e mais seguro método de medição da inflação é mais simples e não demanda tanta ciência, qual seja, ir ao supermercado toda semana com a mesma lista de compras e compará-la, pois, é ali que reside a inflação que de fato interessa ao grande público. Partindo desse princípio, é possível constatar que a inflação de fato está no patamar anunciado.
Ainda guardo cópia do seu artigo daquela época.
O nobre economista não deve frequentar um supermercado há anos. A unidade de comparação é o preço pago à vista pelo consumidor na boca do caixa, não importa se o preço do produto embute juros repassados pelo produtor. Duvido que ele consiga montar uma cesta de produtos significativa com menos de 10% de inflação ao ano.
Parabéns professor Kanitz, é sempre muito enriquecedor a leitura dos seus artigos. O mundo já conhece os ” esquerdopatas ” e ” petralhas” pela linguagem agressiva e muito chula .