Estou arrasado.
Primeiro, porque descobri recentemente um problema nacional muito sério que estava sendo deliberadamente escondido pelos nossos educadores.
Segundo, porque não percebi por mim mesmo por que os dados estavam disponíveis há mais de 20 anos e são fáceis de analisar.
Você está sentado?
O número de brasileiros com QI igual ou superior a 145 é de apenas 150.000 habitantes.
Era suficiente observar a curva normal de um QI médio de 83 e variância de 15.
Desses, subtraia os mais velhos que não aproveitamos, os nerds, os socialmente inadequados que são muito comuns nessa faixa, e aqueles que foram identificados por outros países e convidados a mudar, e nosso número efetivo será muito menor, talvez 50.000.
Os Estados Unidos têm 1,2 milhão de habitantes com QI acima de 145, com bolsas de estudo desde cedo e monitorados de perto.
A China, acredite ou não, tem 6 milhões de habitantes com QI de 145, devido ao tamanho da população e um QI médio de 108.
Com essa informação, o jogo acabou. A China venceu.
QIs de 140 a 145 são os mais criativos, aqueles que veem o todo, aqueles que pensam melhor sobre as consequências futuras, aqueles que pensam em todos os lados da questão.
Um país não pode sobreviver sem uma boa quantidade desse tipo de inteligência disponível.
Aqueles que dizem que o Brasil deveria competir na Economia do Conhecimento não conhecem esse detalhe.
Em uma sociedade racional, os poucos brasileiros com 145 que temos estariam lotados em um think tank, no governo, como reitores universitários ou como presidentes de empresas estatais e privadas.
Como temos tão poucos gênios, deveríamos procurá-los desde cedo, varrendo o país, como fazem os Estados Unidos e a China.
Confirmando minha mera estimativa, o Censo Escolar de 2020 encontrou apenas 24.242 alunos com QI acima de 140.
Nossos seis ministros economistas da Educação nunca se preocuparam com esse tópico, como fizeram os Estados Unidos e a China, e hoje pagamos um preço elevado.
Quando já se sabia que:
“Alguns podem questionar como o Brasil pode assumir um papel de liderança na América Latina e no mundo se seu QI nacional é apenas 89.”
Fonte: Carmen Flores-Mendoza I; Keith F. Widaman II; Marcela Mansur-Alves III; José Humberto da Silva Filho IV; Sonia Regina Pasian V
Pior, nossos alunos com QI de 145 sofrem bullying direto e logo aprendem a não desenvolver mais esse QI.
Somos contra recompensar alunos, somos contra prêmios.
Somos contra a meritocracia, qualquer reconhecimento pela aprendizagem contínua de alguns.
Argumentar, como muitos farão nos comentários, que o QI não significa nada, é ser negacionista.
Significa, e muito.
Devido ao descaso, somos o único país a ter uma redução em nosso QI, ao longo dos anos, devido ao ensino básico estatal.
O autor Voracek estava tão preocupado que estudou o Brasil em particular e fornece uma análise especial, veja o gráfico.
Nas próximas semanas discutirei o porquê e o que deveria ser feito.
Espero ansioso os próximos porque a constatação do gráfico e da estatística apresentada é tenebrosa em termos de futuro e não deve colocar os que sabem que são exceção em sentimento de superioridade mas de isolamento real e solidão ! Isso sim . Constato esta realidade ao longo de mais de 42 anos de experiência no trato das pessoas no trabalho em empresas de diversos setores onde atuei como executivo e ainda atuo como consultor ou conselheiro. É deprimente .
Nas áreas de exatas e biomédicas é gritante e a evasão no 3o grau após o 1o ou 2o ano que supera 40 % , dado tambem escondido pelas universidade publicas ou particulares ( menos naquelas top que o vestibular peneirou ) prova que o fundamental fe falta no segundo grau que faz falta no 3o grau que já não mais o mesmo de nosso tempo caro mestre !
Penso que um cérebro com QI tão elevado não se fabrica numa escola; é da natureza, não da criação.
Certamente o que não temos é capacidade técnica e, especialmente, interesse político para descobrir tais cérebros e ajudá-los a se desenvolver, pois demanda recursos públicos e, como redes de esgoto, não aparece aos olhos dos eleitores para angariar votos, coisa que nossos políticos se dedicam a fazer na quase totalidade de seu tempo.
É possível um QI tão elevado estar nesse momento plantando madioca ou sendo escorraçado numa escola pública como anormal, ou seja, perdido por aí nas esquinas da vida.
Mas, quem está interessado nisso?
Tudo que não é estimulado se atrovia! Concordo com você que alguns já nascem com QI elevado, mas se não é trabalhado, estimulado de nada adianta, cai por terra! Triste realidade do Brasil.
Um dos temas mais explorados pelo professor Olavo de Carvalho! A publicação d’O imbecil Coletivo, em 1996, denuncia justamente isto.
o pilantra de Carvalho, hoje sentado no colo do capeta, devia ter um QI de 50, mas como um bom brasileiro, com quesito “espertalhão” muito bem desenvolvido. Vomitava bastante besteiras e maluquices, mas seu lado espertalhão e traduzia para o Brasil, textos lixo de extremistas Norte-americano, como se dele fosse. E os OTÁRIOS daqui do Brasil pagavam e o sustentavam o espertalhão, lá na Virginia.
Tenho 67 anos. Com 17 fiz teste vocacional com “inteligência acima da média.” Fui ser dentista. Vejo que, a falta de leitura; preparo ruim dos alunos desde a base; Igreja católica perdendo e perdeu espaço no ensino, junto com as protestantes tradicionais, levou o ensino a esse caos. O antigo quarto ano primário, concluí em 1966, em um grupo escolar, que era público estadual. Tínhamos 3 professoras para matérias distintas. Sim! Isso em grupo escolar estadual. Os estudos seguintes era prova de admissão para o Ginásio.
Os que não queriam seguir os estudos, tinham no Senai a formação profissional gratuita. A partir de 10, 11 anos. Só consultar isso na época.
A formação técnica, se extinguiu praticamente. Nem 5% no Brasil, com essa formação.
Como ter QI elevado se não diferenciam na escrita “mas” de “mais?”
Apenas um pequeno exemplo.
Boa parte de universitários, não sabem tabuada “de cabeça “, assim como as capitais dos Estados, nem dia, mês e ano descobrimento do Brasil.
Duvidam? Pesquise em sua família e amigos.
O Smith aí acima não sabe distinguir “mas de mais”…é do grupo fazuely
igual a todes…
Em um País desgovernado há mais de um século, onde educação nunca foi prioridade, não há nada mais que se esperar. Daqui há 10, 20 anos, iremos lembrar dos anos de 2019 a 2022 e lamentar: Éramos felizes e não sabíamos…
Que o Brasil está sofrendo uma queda brutal da qualidade de ensino isto é certo, não sei se a motivação é política ou incompetencia mesmo dos nossos governantes, que primam pelo baixo QI. Evitam a concorrencia para a sua ignorancia!
Poderemos esperar por algo diferente? Um país cujo povo venera a imbecilidade, que vota maciçamente e mantém como deputado federal um Tiririca, que depois de eleito precisou fazer uma provinha para mostrar que não era analfabeto, e era mesmo! Um povo que adora as piadas de mau gosto do presidente Lula, um povo que se rende às frescuras de uma primeira dama deslumbrada como essa Senhora a Janja, cuja origem ninguém conhece! Um povo que esqueceu como se faz para crescer e evoluir em caráter e respeito ao que é bom e útil a nação brasileira. Um povo que a cada dia desaprende um pouco mais. Um povo que aceita a formação de um ministério de governo do tipo que foi apresentado pelo presidente Lula? Nosso país, está caminhando para a desolação. Dentro de pouco tempo, poderemos deixar de ser o quê somos para passarmos a ser um nada mesmo. Um grande país, que poderá ser um lixão para o mundo. Um povo que não cultua o respeito por si, não poderia dar em outra coisa mesmo. Infelizmente!
Excelente manifestação. Espero os próximos.
Socorro!!! O que seremos nós no futuro? Um Imbecil Coletivo?? Isso sim é que estar num barco e descobrir que o furo é maior do que pensávamos.
Professor muito oportuno este seu texto pois estive na UFRJ por 10 anos e vi o nível ir caindo a cada ano. Nas universidade só deveriam estar os melhores e não qualquer um a guida de obter um diploma. A média do QI do brasileiro só piora e isto é muito preocupante pois em breve só seremos M.O. física e não intelectual. Preocupante.
Concordo com você que a média do QI só piora, porém penso que não em relação à quantidade natural, mas na descoberta e trato deles.
A má alimentação e trato da saúde como o saneamento básico pode atrofiar cérebros de crianças, donde imagino que não é só com a educação que vamos aumentar a curva do QI; ela é secundária.
QIs elevados surgem até mesmo numa roça de milho. É segredo da natureza.
Deixa o tal do Darwin saber disso…
Não ouço falarem sobre testes de QI nas escolas que deveria ser seu local de origem, em outros locais é totalmente esquecido, então, vamos buscar os nossos dentro de casa e fazer o melhor para eles. Assim não esperamos pelos outros e já iniciamos a mudança.
Professor, tentei achar o gráfico original no our world in data e não consegui. Minha intenção era fazer a comparação com países asiáticos… Tentei procurar algum gráfico com representasse IQ e não achei. O mais próximo foi o teste PISA…. Tem como o senhor me ajudar a achar a fonte?
Existem vários estudos que analisaram mudanças no nível de QI ao longo do tempo e em diferentes países. A maioria desses estudos sugere que, em média, o nível de QI tem aumentado no decorrer do século XX em todo o mundo.
Um estudo publicado em 2016 por Dickerson et al. analisou dados de 22 países e descobriu que o nível médio de QI aumentou em todos os países ao longo do século XX, com uma média de cerca de 20 pontos de QI a cada geração. No Brasil, especificamente, os dados mostraram um aumento médio de 0,26 pontos de QI por ano entre 1939 e 1997.
Outro estudo publicado em 2020 por Laski et al. também analisou dados de vários países e descobriu que o nível médio de QI aumentou em todos os países ao longo do século XX, com exceção de alguns países africanos. No Brasil, os dados mostraram um aumento médio de 0,27 pontos de QI por ano entre 1950 e 2010.
Além disso, um estudo publicado em 2018 por Flynn e Shayer revisou estudos anteriores sobre mudanças no nível de QI ao longo do tempo e concluiu que não há evidências de que o Brasil tenha experimentado uma queda no nível de QI. Eles argumentam que a queda relatada no estudo de Kanitz (2014) é explicada pela mudança na metodologia de medição do teste Raven em 1979, e não reflete uma queda real no nível de QI.
Esses estudos sugerem que a afirmação de que o Brasil é o único país com queda no nível de QI no decorrer do século passado é imprecisa e não é suportada por evidências científicas robustas.
Temos que buscar entender o seguinte: por que esse tema jamais foi considerado prioritário ou importante no Brasil? Talvez a excessão seja a busca por talentos no futebol.
Concordo plenamente! Temos alguns casos de 140 ou 145 na família e todos sofreram exatamente isso. Sofretam bullyng na escola e tiveram que se adequar, mesmo em escolas particulares. Fizeram a graduação na USP ou UNESP ou federal e depois alguns saíram do país. Mas pensando bem, qual é o futuro que uma pessoa honesta, inteligente e com um bom desenvolvimento tecnico pode ter no Brasil? E fora do Brasil?
Obrigado por trazer mais estudos para a discussão.
Consegui acesso àquele citado como fonte, cujos dados não estão compilados no Our World in Data. Na melhor das hipóteses, o gráfico apresentado no começo deste artigo de opinião é uma visão seletiva das tabelas dispiníveis no material suplementar.
Há comparação de alhos com bugalhos: vários testes diferentes não deveriam medir o progresso de uma população de maneira homogênea. Entretanto, para restringir ao caso abordado, outros dois países – Sudão e Turquia – possuem resultados no teste “draw-a-man” é tiveram avanço no QI médio, enquanto nós realmente perdemos 10 pontos.
Há um outro tipo de teste, CPM, em que também se realizam avaliações do Brasil. Pelo intervalo de tempo, foram feitos alguns testes em populações de composição distinta, porém na mesma data. Eu teria que fazer a média ponderada das notas, mas é possível observar que estamos ou declinando, ou praticamente estagnados – uma das amostras apresentou redução de pouco mais de 8 pontos.
Por último e talvez mais importante, destaco que o artigo científico, utilizado – apesar de eu desconfiar que ele não foi realmente lido – para o escritor chegar à sua conclusão, não possui como objetivo analisar a distribuição global de QI, mas buscar fatores socioambientais e até genéticos que possivelmente influíram no crescimento médio observado.
P.S.: não sei a exatamente quais ministros da educação economistas o articulista se referiu, mas recomendo a leitura do plano de governo do Sr. Cristóvão Buarque, quando candidato à presidência da República em 2006, com atenção especial ao programa de identificação de e fomento aos gênios, o qual é, aliás, a única parte que concordo daquilo tudo.
P.S.2: Caríssimo Sr. Kanitz, leio seus artigos há mais de 20 anos. Meus comentários têm o intuito de colaborar com o aumento do nível da discussão. Precisamos que homens como o senhor promovam isto e nos ajudem a sair do fosso cultural.
Tenho um filho portador de altas habilidades e superdotação. Sinto em dizer mais qualquer indivíduo “fora da curva” ou melhor acima dela no Brasil, infelizmente é tratado principalmente nas escolas como anormal. Ninguém apoia, os pais são chamados na escola toda semana, seu filho é isto, seu filho é aquilo, seu filho é imperativo, outra hora autista, precisa de acompanhamento, medicação, não se encaixa, não socializa. No meu caso inclusive especificamente em escolas particulares. Estes núcleos de apoios aos altas habilidosos, querem apenas registrar números e dados para o governo. Inclusive frequentamos um deles. O que realmente precisam entender como bem abortou no texto, ao invés de divulgar mascaram os dados.