A Eletrobras não foi desestatizada, por isso não precisa ser reestatizada como muitos acham que é necessário. Começa por aí.
A Eletrobras de fato possuía 51% das ações com direito a voto, mas possuía somente 42% das ações totais.
O estratagema antidemocrático usado para manter esses 51% de controle, era negar o direito de voto a 76% dos acionistas. As PN sem direito a voto, uma ditadura estatista por excelência.
Ou seja, o Governo somente tinha a minoria do capital aportado e mesmo assim mandava.
Ou seja, jamais foi uma empresa estatal, e sim uma empresa controlada pelo Estado, por meios duvidosos.
Sem dinheiro para realizar as urgentes obras necessárias, a União fez uma chamada de capital de 1,9 bilhões, mas só o setor privado tinha dinheiro, a União não.
Assim, a União perdeu os 51% do controle das ações com voto e caiu para 40%.
Os acionistas da Americanas tinham somente 31% das ações, e mesmo assim a controlavam.
Tem mais, a maioria de acionistas não vota, está especulando somente, a maioria dos Fundos de Pensão vota com a diretoria.
Take away.
1. Eletrobras não era uma empresa estatal, a maioria do dinheiro era privado, mas com direito de voto negado.
2. Mesmo assim o Estado controlava.
3. Eletrobras continuará a ser uma empresa com a maioria do capital privado, mas continuará a ser controlada mesmo com a União possuindo somente 42%, junto com o BNDES.
Magias (negras) brasileiras.
No caso da Americanas, houve crime de colarinho branco? Como ficam os CEO, CFO, Conselho Fiscal, contadores que assinaram os balanços, auditores independentes que aprovaram os balanços? Outra dúvida ainda, é quanto aos caríssimos sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) – geravam relatórios gerenciais confiáveis? Que sistemas de informações usavam, os relatórios apontavam como a bagatela de R$ 43 bilhões de reais? O valor do rombo colocaria a empresa entre as 25 maiores empresas do Brasil em 2022 na revista Exame…