Na Segunda Guerra Mundial, a primeira coisa que a Casa dos Comuns da Inglaterra fez foi se unir, criando um governo de coalisão, todos preocupados com a guerra.
2020 será lembrado como o ano em que o Brasil não se uniu.
Precisamos pensar mais nisso em 2021.
Por que tantos se aproveitaram dessa crise para dividir ainda mais e ganhar espaço?
Administração de Crises é uma ciência, e precisa ser ensinada em todas as faculdades, não exclusivamente em algumas (medicina, psicologia, relações internacionais, engenharia, por exemplo).
Acabo saindo com uma resposta simplória quanto à pergunta. O Brasil
(população) caminhava para uma caçada aos exageros dos gastos públicos. A pandemia empurrou para longe essa força, dando fôlego aos (maus) políticos que parasitam o Estado.
Quando um presidente só quer saber de brigar com a imprensa, governadores e STF, dá nisso daí mesmo. Assim o país nunca vai se unir.
Infelizmente a união está longe. De um lado um presidente errático e ciclotimico do outro uma imprenssa corrupta e amilhada pelo governo de São Paulo. Quando a grande notícia aguardada e festejada pelo Jornal Funeral são os 200 mil mortos, que em sua grande maioria foram assassinados pelo governador galã, a união fica cada vez mais distante.
É o resultado do “presidencialismo imperial brasileiro”.
Ou mudamos a forma de escolhas do sistema de governo e dos gestores ou vamos continuar contabilizando o aumento da miséria econômica, política e social.
Tá difícil!
Nem a pandemia provocou coalizão neste país.
Guerra de superegos.
Todo mundo quer dizer: quem manda aqui sou eu!
Eu estou lendo “Memórias da 2a. Guerra Mundial”, escritas por Winston Churchill.
Ele conta como a oposição que sofria antes de iniciar a guerra se transformou num apoio quase irrestrito, assim que ele foi nomeado Primeiro Ministro e Chefe do Gabinete de Guerra.
Somente a união de todo o povo + políticos foi capaz de garantir a sobrevivência do Reino Unido até a vitória final.