[pullquote] Digam quais as formas que o próprio Estado Concentra Renda[/pullquote]
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Todas as análises da má distribuição da renda partem do pressuposto que é o neoliberalismo, o capitalismo e o conservadorismo (que conserva riqueza) que aumentam a pobreza.
Piketty, Monica de Bolle, Nelson Barbosa, Marcio Pochmann, em nenhum momento de suas análises incluem as cinco formas que o Estado concentra riqueza, concentrando para os mais ricos, e às vezes empobrecendo os já mais pobres.
No mínimo, antes de publicar ou traduzir estas estatísticas, estes cientistas sociais deveriam fazer uma Análise de Variância.
Uma Análise de Variância permitiria determinar quanto da má distribuição da renda é causada pelo:
1. Estado, digamos 45%.
2. Má distribuição das idades, digamos 20%, onde velhos de 50 anos ganham quatro vezes mais que nossos filhos estagiários.
3. Liberalismo, digamos 15%, ao permitir alguns perseguirem seus sonhos de violoncelistas, e outros as suas vocações de neurocirurgiões.
4. Conservadorismo, digamos 10%, ao permitir que pais deixem suas casas e o resto de suas poupanças para os filhos.
5. Capitalismo, digamos 10%, ao permitir aos capitalistas auferirem juros reais, dividendos e aluguéis por não consumirem imediatamente o fruto do seu trabalho.
Estas porcentagens não são pesquisadas, eu coloquei o meu “educated guess”, porque nenhum sociólogo, economista ou cientista político que eu conheço sequer imagina que o Estado contribui com a má distribuição da renda.
Como muitos seguidores saem descendo o sarrafo depois que lanço uma ideia nova, vamos fazer o contrário.
Vocês me digam quais as formas que o próprio Estado Concentra Renda, que seriam as variáveis que teríamos que incluir, ou dados que precisaríamos alimentar o modelo Anova.
Favor não deixar nenhuma das formas, porque isto distorceria a análise.
Até agora todas as formas foram excluídas pelos acadêmicos, imprensa que não pensa, portanto não adianta entrar no Google.
Eu já listei cinco. Mas tenho certeza que devo ter “esquecido” outras tantas.
Me ajudem.
Formas que o Estado concentra renda:
— Alto salários e benefícios para políticos, funcionários públicos e comissionados;
— Inibição do Livre Mercado;
— Altos impostos sem devolver em serviços aos cidadãos, que precisam gastar mais por serviços que deveriam ser bancados pelo Estado;
— Baixo investimento em educação, impossibilitando que as pessoas tenham melhor formação que poderia render melhores salários.
Essas são as formas que me lembro.
O que deveria preocupar qualquer administrador ou economista é o aumento da POBREZA e não da DESIGUALDADE. Esta sempre existiu e continuará existindo. É melhor viver num país desigual porém próspero do que num miserável e “considerado igualitário”, que diga-se de passagem também jamais existirá. Aumento de impostos agiganta o estado que sempre irá favorecer os que tem um cordão umbilical com o sistema, em detrimento de quem produz valor. O que está errado em nosso país, é a forma de incentivo. O socialismo entrará sempre em choque pois incentiva o consumo em detrimento da produção. É preciso produzir antes de consumir. Todo socialista pensa o contrário.
A educação superior estatal gratuita. Que seleciona principalmente os alunos mais ricos oriundos das escolas privadas em detrimento dos mais pobres que precisam pagar por seus estudos em universidades privadas, autorizadas pelo estado e na sua maioria de qualidade duvidosa.
Bingo! ! Clap clap
Acho que a forma mais óbvia através da qual estado concentra a riqueza é a taxação desigual entre as classes sociais.
Um indivíduo das classes mais baixas, para impostos diretos proporcionalmente mais altos do que um indivíduo da classe AAA.
Um indivíduo que ganhe 2.500 reais, pagará 7,5% de IRRF, por exemplo.
Um indivíduo que ganhe 250 mil reais, pagará 27,5% – porém o imposto pesará menos sobre este último.
Isso por si só faz com que o primeiro tenha menos acesso a oportunidades de progressão de classe, perpetuando a concentração de renda.