O Fim das Florestas Temperadas

[pullquote]Parabéns Economist, por explicitar a grande hipocrisia do debate de desmatamento.[/pullquote]

12 Comments on O Fim das Florestas Temperadas

  1. Realmente, isso deveria importar muito mais do que as emissões de poluição por veículos leves. Já faz algum tempo que falo com meus amigos que a verdadeira solução para os problemas climáticos não é só a diminuição da emissão de poluição, mas sim a recuperação de florestas. É nítido que em áreas que conservam melhor as florestas o clima é mais estável em relação à temperatura ambiente.
    O que não consigo entender é, se as nações ricas dizem que não podem fazer nada em relação a diminuir a poluição por que o prejuízo seria muito grande, porque não investem no reflorestamento, que a meu ver tem um custo bem menor, e geraria muitos empregos? Será que os governantes e suas equipes são tão incompetentes assim para não conseguirem ver o custo benefício disso? Entre os benefícios podemos destacar a criação de empregos e a diminuição de gastos com tragédias naturais.
    O que fico mais impressionado é que esse assunto é pouco abordado na mídia em geral. Um dos poucos lugares que aborda esse assunto (assim como vários outros assuntos polêmicos e importantes) é em seu blog. Parabéns Kanitz.

  2. Ecomalas atacam de novo!!
    Deram um tempo na emissão de CO2.. Agora os malas estão enchendo por causa das florestas..
    No cérebro dessa gentalha (ou serão anencéfalos??) não existe sol, vulcões, oceanos? A culpa sempre é do ser humano..
    Muito suspeito.

  3. Deram um tempo no CO2 mas começam a reclamar do uso da água na produção. Agora a moda é calcular quantos litros de água vai num cafezinho, num bife… Só não dizem que a água vem de graça e se não fosse utilizada só escorreria de volta para o mar.
    Quanto ao reflorestamento, que o colega Tiago comentou, como vamos exigir isso numa época em que se fala em escassez de alimentos? Precisamos de área disponivel para alimento, combustivel/energia e reflorestamento. Fora as áreas perdidas para as cidades. Imaginem quanto a agricultura na China perde para a construção de cidades?

  4. Grande professor Kanitz!
    Agredir gratuitamente os ecologistas não ajuda a resolver nossos problemas. Acho que o senhor deveria acompanhar com mais atenção o que é debatido entre os ambientalistas antes de emitir juízo surpreendentemente tão superficial.
    Não ouvi ninguém afirmar que o desmatamento da Amazônia é a causa do aquecimento global. Todos sabemos a falta que fazem as florestas destruídas no hemisfério norte, mas é inútil ficar chorando sobre o leite derramado. Também é sabido que a China e os países industrializados são os maiores emissores de carbono. Não sei de onde o senhor tirou o gráfico, mas o Brasil também é um dos maiores emissores, pois é o campeão mundial de queimadas, prática agrícola medieval infelizmente largamente utilizada no nosso país.
    A Amazônia deve ser preservada principalmente por dois motivos:
    – é a maior reserva de biodiversidade, de vida, do planeta. Por si só isso é um valor incalculável, mas também é um tesouro de infinito potencial econômico.
    – é o principal componente do sistema pluviométrico da América do Sul, fator fundamental do ciclo hidrológico. Ela atrai um volume extraordinário de umidade vinda do oceano, que basicamente constitui o regime de chuvas das regiões sul e sudeste do Brasil. O fim da Amazônia traria a seca para essas regiões, impactando na agricultura, bem como no volume de água dos rios, especialmente na bacia do rio Paraná, reduzindo a produção de nossas hidrelétricas, onde se destaca Itaipu.
    Um abraço de seu admirador de longa data.
    Paulo Renato Menezes.

  5. O que analiso deste artigo, é que os países desenvolvidos NÃO QUEREM SACRIFICAR suas áreas devastadas pela agricultura, pecuária e impõe que a responsabilidade pela manutenção do clima é da amazônia.
    Gostaria que algum representante brasileiro colocasse em questão o reflorestamento dos Estados Unidos e da Europa.

  6. As cidades ocupam algo próximo de 2,5% dos continentes pelo globo terrestre. Tirando as áreas de preservação, a maior parte das terras pelo mundo são pouco produtivas, utilizando pouca tecnologia, principalmente entre os países pobres e emergentes.
    Analisando dados, eu diria que as áreas ocupadas por cidades são pouco relevantes para a produção agrícola e, inclusive, pode-se produzir nas áreas urbanas como em iniciativas no Japão (telhados de prédios).

  7. Esta Teoria de que “a floresta amazônica atrai umidade vinda do oceano” é muito esquisita. Com certeza não foi nenhum engenheiro, físico, geofísico ou meteorologista que a criou.
    Obs.: se o cientista for envolvido com POLÍTICA não vale

  8. Kanitz, eu assinei seu blog quando me interessei pelas suas ideias, no tempo em que ainda assinava a Veja. Já faz tempo. Hoje, cancelei minha subscrição. Me preocupa por demais, pessoas como você, que acreditava com um minimo de sensatez e senso crítico, formadoras de opinião, abraçar o discurso ruralista de nosso Congresso, no momento em que ainda estamos digerindo as malfadadas e maléficas alterações que se pretende em nosso Código Florestal. E torço para que muitos não concordem com essa sua visão de que se ‘ocultam’ as devastações que já ocorreram no planeta em tempos outros, quando o foco ambientalista é salvar e preservar o que sobrou.

  9. Uma das coisas mais idiotas que já vi foi a Rio+, um monte de ambientalistas prevendo o fim do mundo e toda papagaiada que a gente já conhece… Os ambientalista ficam criticando os ruralistas sobre as formas de como deve se usar o solo, porém não existe ninguém que cuide mais do solo do que os próprios ruralistas, afinal eles dependem do solo para suas atividades afins, os ambientalistas também não explicaram como produzir mais alimentos plantando menos e cada vez cresce mais a população mundial…. quem vai alimentar esse povo todo? os ruralistas.
    o que eu achei mais legal da Rio +20 é que ninguém falou também sobre a bacia de Guanabara que parece uma fossa, será que ninguém sentiu o cheiro daquilo durante o evento? Afinal essa Bacia e que vai ser usada para os Jogos Olímpicos do Brasil…

  10. Chuvas na Amazônia diminuirão de 12% a 21% até 2050
    Cientistas estudaram como a densidade das florestas afeta o volume de chuvas entre os trópicos, a partir de dados obtidos por satélite.
    O desmatamento em grande escala da Floresta Amazônica provocará uma diminuição das chuvas de até 12% durante a estação úmida e de até 21% durante a estação seca, com previsão para o ano de 2050, segundo estudo britânico.
    “As florestas aumentam a quantidade de chuva que gera o vento, e com nosso trabalho observamos que o desmatamento na Amazônia pode causar uma grande redução do volume de chuva no Brasil”, Dominick Spracklen, químico e autor do artigo principal da publicação.
    Spracklen e sua equipe de cientistas da Universidade de Leeds, da Inglaterra, estudaram como a densidade das florestas afeta o volume de chuvas entre os trópicos, a partir de dados obtidos por satélite.
    A vegetação leva a umidade da terra em direção à atmosfera, no processo conhecido como evapotranspiração, influenciando na quantidade de chuva.
    O grupo de Spracklen descobriu que o vento que atravessa áreas densas da floresta produz, dias depois, o dobro de chuvas que o ar que circula entre uma vegetação menos espessa.
    A Floresta Amazônica e as florestas tropicais do Congo são os lugares onde a vegetação tem maior efeito sobre o regime de chuvas, detalhou Spracklen.
    Quando as florestas são substituídas por gramados ou plantações, a umidade do solo diminui, reduzindo a quantidade de chuvas.
    Ao combinar os dados do estudo com o ritmo de desmatamento atual da Floresta Amazônica, Spracklen disse que as chuvas devem ser reduzidas em até 12% na bacia amazônica durante a estação úmida e até 21% durante a estação seca no ano de 2050.
    O desmatamento de algumas partes da Floresta Amazônica reduzirá as chuvas tanto ali como em outras regiões, como a bacia do rio da Prata, onde segundo o especialista, as chuvas diminuirão 4%.
    Os especialistas temem que essas mudanças prejudiquem o setor agrícola, que gera US$ 15 bilhões por ano na Amazônia, assim como à indústria hidrelétrica, que produz na região 65% da eletricidade do Brasil.
    Estima-se que a cada ano sejam desmatados 50 mil km² de mata entre os trópicos.
    http://www.revistaamazonia.com.br/ciencia/1206-chuvas-na-amazonia-diminuirao-de-12-a-21-ate-2050

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