Robert Kennedy. “I dream things that never were and ask why not?’”
“Eu sonho coisas que nunca existiram e pergunto por que não?”
Essa é a diferença entre “sonhadores” e “progressistas”.
Entre seres que sonham sobre o que não existe, mas nada entendem de como implantar “coisas que nunca existiram”.
Que nem pensam em testar suas ideias primeiro numa fábrica, num bairro, numa pequena cidade, numa Comunidade progressista.
E se der certo, e somente se der certo, escalar sua ideia para cidades médias, grandes, Estados inteiros e somente depois para o país inteiro.
Robert Kennedy, pasmem, estava em campanha para a Presidência dos Estados Unidos.
Se você é um jovem sonhador que quer “salvar o mundo”, a resposta de todos nós que seríamos “salvos” por você é Não.
A última coisa que queremos é você impor, via leis, suas ideias não testadas em seres humanos a nível Estadual, Nacional ou Mundial.
Depois ficam frustrados, como crianças mimadas, devido às nossas resistências naturais e partem para a violência, a guerrilha urbana, a tomada do poder ou via a “gloriosa Revolução”.
Não sabem que ideias novas requerem mudanças, e sempre haverá resistências a mudanças e muitas com razão.
Mas sempre haverá alguns mais corajosos, mais empreendedores, menos avessos ao risco, com propensão natural a mudanças que aceitarão e serão os líderes naturais para os outros aceitarem.
Numa boa.
É isso que nós verdadeiros progressistas fazemos.
Vocês se dizem progressistas, mas não são.
Vocês sempre foram revolucionários com milhões de mortes nas suas consciências históricas, danem-se as consequências.
Nós queremos progresso constantemente, passo a passo.
Vocês querem a revolução de 1917.
A queda da Bastilha.
A revolução de Castro no Brasil.
E a estagnação total após a mudança, como se resolvesse tudo.
Não! Essa será sempre a resposta dos progressistas.
Seres humanos jamais irão aceitar uma ideia “revolucionária”, nunca antes testadas em seres humanos, como queria Kennedy, e de uma incompetência administrativa só.
Nós progressistas sabemos dessa resistência natural que existe na maioria das pessoas, e com razão.
Vocês querem leis impositivas, querem PECs para mudar a Constituição de cima para baixo, querem derrubar todos no poder, mas o progresso caminha de baixo para cima.
Ele surge nas pequenas ongs, nas pequenas empresas, nas Ongs, nas sociedades civis que vocês nem conhecem.
Queremos provas de que suas ideias funcionam, na prática.
Nós, por outro lado, queremos ver nossas ideias primeiro funcionarem em comunidades, em bairros ou em pequenas cidades que aceitaram ser cobaias.
Bem sucedidas, elas serão copiadas e adotadas espontaneamente, sem batalhas políticas como vocês estão fazendo.
Por isso acreditamos no progresso dia a dia, e não numa grande revolução Russa, Chinesa ou Cubana.
Onde a natural resistência humana foi “gloriosamente” vencida pelo genocídio de mais de 120 milhões de pessoas.
Não, jamais permitiremos vocês fazerem novamente o que fizeram aos milhões cujas vidas vocês desprezaram.
“Life matters?”, não para vocês.
Para que um único sonho fosse implantado, o de Karl Marx, o de Trotsky, o de Mao, o de Fidel Castro.
Nós também queremos incentivar ideias novas.
Mas aquelas que não ficam só no papel, e sim as que “pegam” por aceitação popular, que se alastram de comunidade em comunidade, que escalam naturalmente.
Nós, os verdadeiros progressistas, acreditamos não em sonhos, mas em pequenas realizações.
Como as que eu mostrei para os outros no “O Brasil Que Dá Certo”, livro que escrevi 30 anos atrás.
E continuei na minha coluna na Veja, dando esperança a alguns leitores, em vez de divulgar o ódio contra aqueles que progridem de fato e mostram o exemplo.
Vejo com tristeza a decadência do nosso jornalismo que deixou de ser progressista.
E se tornou autoritário, como se fossem os únicos autores da História.
São esses sonhos dos outros que estão destruindo o tecido social da Europa, dos Estados Unidos e do Brasil.
Se não voltarmos a valorizar aqueles que fazem o Brasil progredir, e parar de dar ouvidos àqueles que somente sonham, iremos tornar esse país um laboratório de experiências em seres humanos, destruindo os sonhos de todos nós.
Ninguém mais sonha com um Brasil melhor, por que não?
Por causa daqueles que somente sonham e nada testam nem realizam.
Pra variar, mais um EXCELENTE artigo do Prof. Kanitz!
Parabéns!!!
Quanta lucidez em um mundo de pessoas iludidas por falsas promessas de governos hipócritas e uma imprensa que não evolui, apenas odeia e destrói!
Professor Stephen ótimo artigo. Parabéns.
Leonel Brizola e Darcy Ribeiro sonharam e colocaram em prática um excelente, e possível, modelo de educação no Rio de Janeiro. Mas políticos corruptos e empresários, que hoje se dizem “de bem”, trabalharam para acabar com tudo. A direita canalha, tem inveja quando algumas realizações da esquerda, dão certo!
Stephen, ótimo artigo: lúcido e corajoso.
So nao entendi a revolucao dos castros no Brasil? Nao seria Cuba?
Em que mundo utópico vivem os brasileiros que acham que a esquerda socialista-comunista presta? É certamente o regime mais genocida que existe…
Ótimo artigo Stephen!!!
Excelente artigo. Lúcido e encorajador.
Perfeito. Esquerdistas se apossaram até das palavras “progressistas” e “liberais”, desvirtuando-as, por isso acho ótimo usarmos isso: verdadeiros progressistas e verdadeiros liberais somos nós, os conservadores
Nada melhor que a luz do sol e da verdade contra o obscurantismo.