Nos próximos meses vocês lerão previsões catastrofistas de queda de 3% a 6% do PIB.
Aí temerão pelos seus empregos, comida dos seus filhos etc.
Calma!
Boa parte dessa futura queda no PIB será devido à queda do lucro das empresas.
Acredito que poucas empresas terão lucros em 2020. Portanto, queda de 100% que entra no PIB com a devida ponderação.
Ou seja, serão os capitalistas malvados que irão sofrer 100% de queda na renda, não vocês.
Teremos ainda aquelas empresas com prejuízos colossais. Ou seja, queda de 200% até 300% do lucro anterior.
Além de nada receberem, esses capitalistas malvados precisarão arrumar 200% ou 300% de recursos para “cobrir os prejuízos”.
Outra queda que capitalistas menores e a classe média alta terão será devido aos cortes de aluguéis, que entram no PIB como renda.
Vários capitalistas já tiveram que reduzir os aluguéis em 50%, o que é bem maior do que os 3% negativos na manchete.
O restante dos pequenos capitalistas nem esses 50% receberão, mas isso é considerado uma renda mais bem distribuída.
Terceira queda no PIB serão os juros auferidos pelos mesmos capitalistas que deverão cair mais 0,5% em 2020, e como eles emprestam aproximadamente duas vezes o PIB têm mais 1% de queda somente aí.
Ou seja, essa queda de 6% no PIB é uma excelente notícia para aqueles que querem um Brasil mais justo e igual.
Os intelectuais da Unicamp, que irão manter 100% de seus respectivos PIBs estaduais e federais e ainda terão aumentos estatutários que Guedes nem está conseguindo negociar, estão inclusive tranquilos e propondo um imposto de 5% sobre fortunas, para manterem seus privilégios de sempre.
Enquanto o setor produtivo, aquele que gera emprego e impostos, irá perder uma fortuna ou se endividar outro tanto.
Excelente a leitura
Bom dia
Senhor Stephen, gostaria de perguntar sobre uma notícia sobre a Casa da Moeda estar imprimindo dinheiro para pagar o benefício emergencial, pois esse tipo de ordem governamental foi catastrófica nos anos 80, imprimir moeda sem o devido lastro ( ouro em geral) gera desvalorização e seria mais um item a deixar a nossa economia já cambaleante, mais débil ainda.
Agradeço a atenção. Gosto de suas crônicas, são sempre instrutivas.
Professor agradeço pelo comentário, totalmente verdadeiro.
Professor gostaria de saber se pode responder a pergunta do leitor André Vinicius e se poderia ajudar a entender como as empresas vão ter prejuízos tão elevados e não repassarão em parte para seus produtos e “funcionários” no caso de demissões.
Outra dúvida diz respeito ao modelo econômico adotado pelo Plano Pró-Brasil, não gerará inflação descontrolada? Desculpe minha ignorância nesses temas, mas como advogado não tenho essas respostas. Obrigado