Por Que a Argentina Fracassa Por 100 Anos Seguidos?

Quando meus filhos me ensinaram a jogar Civilization, uma das melhores formas de entender como governar um país, eu aprendi algo assustador.

O meu país, ou eu, fizemos uma única besteira.

Demorei a perceber, e meu país definhava.

Pior, nos próximos 200 anos de simulações e dezenas de tentativas para corrigir a situação, não consegui reverter a tendência de deterioração.

Aquilo foi uma verdadeira aula de Administração Irresponsável das Nações.

Não detectar um erro grave com a rapidez necessária, e aí ele entra em metástase e contamina o resto.

Me lembrei imediatamente da Argentina.

Aprendi aos 38 anos, que uma única besteira ou um diagnóstico mal feito pode sim destruir um país, para sempre.

No meu artigo sobre tipos de países, o pior tipo não é aquele que não consegue diagnosticar corretamente os seus problemas, como o Brasil.

É aquele onde um intelectual diagnostica o problema errado, e em vez de estagnação, o país literalmente anda para trás.

Como a Argentina, celeiro do mundo em 1900, segundo metrô do mundo, segundo PIB per capita do mundo, e que entra numa decadência contínua por mais de 100 anos, como no jogo Civilization.

Esse intelectual famoso nasceu em 1901, e com uma única ideia mal concebida, em parte por ódio ideológico, convenceu a Argentina de deixar de ser o celeiro do mundo que era.

Convenceu a Argentina a partir para a industrialização, e pior, uma industrialização mal pensada, mal administrada, e mal orientada.

E que influenciou também muitos da América Latina, e especialmente o Brasil, seguirem o mesmo rumo errado da substituição das importações, como a melhor forma de industrializar um país.

Não é, é inclusive a pior, que levou nossa indústria para trás. Hoje representa 12% do PIB, e 4% das empresas rentáveis.

(Eugênio Gudin, era um dos únicos contra, e para impedir nossa industrialização, foi que ele tramou e conseguiu a extinção de todas as nossas Faculdades de Administração, a favor de Faculdades de Economia.

Economus eram os administradores das fazendas da oligarquia, como em Ministério da Fazenda.)

Esse intelectual argentino é idolatrado até hoje, só porque ninguém parou para pensar.

Somente ele.

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