Só esse mês tive as seguintes experiências nessa linha:
1. Entrei em três lojas que vendem Apple, a Fast Shop, Iplace e uma outra, e não tinham o modelo de Notebook que eu queria.
2. Entrei numa loja tendo visto um casaco, mas não tinham o meu número.
3. Idem com um par de sapatos.
Os caras alugam pontos caríssimos em Shoppings, anunciam fortunas para me atrair para a loja, vou exatamente como querem, acho um produto que estou disposto a comprar, mas aí “desculpe, não temos em estoque, por falta de capital de giro”.
4. A Globo Net depois de três meses finalmente veio consertar o acesso, descobriram que era o aparelho, mas não tinham um aparelho para repor por falta de capital giro. Viagem perdida.
Achar que a economia somente irá reaquecer se houver “demanda” ou “investimentos”, é um dos erros que todos no governo Bolsonaro estão fazendo.
Nesses casos particulares, havia demanda.
Keynesianos ignoram esse fato porque não entendem como empresas funcionam, ou segundo eles, a “oferta” funciona.
Nesse caso a “oferta” está lá, segundo eles, o que falta é “demanda”. Primários, todos.
Keynes esqueceu de escrever que na maioria das vezes o que falta é demanda para os números e modelos que eles têm estocados, e não o que a população ou pelo menos 20% quer.
Essas lojas já pagaram os aluguéis, os funcionários, os anúncios bem feitos porque me levaram até a loja, tudo jogado fora por falta de estoque e capital de giro.
No caso do computador e do sapato, comprei em Nova York seis meses depois.
Quando não há Capital de Giro Próprio suficiente para satisfazer 100% das necessidades, somente 80% ou até menos, o PIB cai 20%.
Preciso desenhar?
Quando não há acréscimo de Capital de Giro Próprio, não há como o PIB crescer.
Ele fica estagnado.
É assustador que todo brasileiro saiba o que é “deficit fiscal”, “metas de inflação”, até “lutam por um BC independente”.
Mas por falta de exposição à ciência da administração, a maioria das pessoas não sabe os princípios básicos de administração ao ponto de nada saber de capital de giro próprio.
É muita incompetência.
Se eu nesses dois anos não convenci ninguém dos 20.000 cargos de confiança, dos 560 deputados, com exceção de Carla Zambelli, eu é que devo estar falando grego.
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