Os jornais publicaram estudo de dois professores de economia afirmando que a carga tributária no Brasil é de 35,07%.
Fizeram tantos erros, que se torna uma arrogância intelectual colocar 35,07%, mostrando precisão científica que não existe.
Eu fico cada vez menos tolerante ao ter que apontar erros crassos, todo dia, de profissionais que não têm “skin in the game”, mesmo assim nossa sociedade os venera.
A maioria desses intelectuais esquecem que 23% dos impostos são sonegados.
O que significa que a “carga tributária” é de 47% e não 35%.
Se pagássemos todos os impostos que a lei nos obriga, pagaríamos 47%, essa é a Carga Tributária Legal.
Mas o governo só arrecada 35%, mas vão chegar lá.
Uma bela diferença!
Há anos venho alertando sobre isso.
Mostra que há muito chegamos no limite da Curva de Laffer, mas tem mais.
Como ninguém no Brasil entende o mínimo de administração, com a diferença entre “regime de caixa” e “regime de competência”, a coisa piora.
Esqueceram que temos milhares de Fundos de Investimentos, bilhões de Fundos Imobiliários, cujos ganhos de capital referentes a 2018 serão somente pagos no futuro.
Esqueceram que 4% da riqueza acumulada e poupada em 2018 serão impostos sobre herança no futuro.
Que bilhões de impostos referentes a 2018, somente serão detectados e cobrados no futuro.
Que esses 7% de deficit do governo em 2018, gastos via dívida do governo, serão pagos com impostos no futuro.
Que o FGTS de 8% sobre 45% do PIB é uma forma de confisco governamental, que mereceria menção e algum tratamento contábil.
Some-se a isso mais 2% do PIB que nos custam os contadores que perdem tempo, dos advogados tributaristas que ganham fortunas, e 40% do tempo da nossa Justiça lotada com questões tributárias.
Quem tem esses dados são o IBGE, IPEA e Banco Central. Eu só posso dar uma estimativa de que a Carga seja algo mais parecido com 59% (47+7+1+2+1+1), do que 35%.
Essa “reforma”, feita pelos mesmos intelectuais de sempre, será um verdadeiro desastre, gerará muito mais incerteza com relação ao futuro do que a Reforma da Previdência.
Será o fracasso do Governo Bolsonaro e de seus três filhos que poderiam assessorá-lo melhor.
Será o fracasso da FIESP, ACSP, Fecomercio, que acreditam nesse tipo de profissional para achar as soluções necessárias.
Ah… esqueci, bota mais 1% de juro sobre todos os impostos que são pagos antecipadamente.
O terceiro artigo mais lido de Kanitz é “Como escrever um bom artigo”.
Aí, o Kanitz vem com essas pérolas:
a) Generalização – “Como ninguém no Brasil entende o MÍNIMO de administração,”
b) Pessimismo – “Será o fracasso do Governo Bolsonaro”. (Governo que Kanitz apoiou nas eleições e que queria inclusive que o NOVO abrisse mão pra Bolsonaro ganhar no primeiro turno).
c) Piada sem graça. “…seus três filhos que poderiam assessorá-lo melhor.” kkkk
d) Mais pessimismo. “Essa “reforma”, feita pelos mesmos intelectuais de sempre, será um verdadeiro desastre, gerará muito mais incerteza com relação ao futuro do que a Reforma da Previdência.”
Infelizmente parece que a genealidade do autor (propor saídas, criticar de forma objetiva, explicar para as pessoas ) foi subtituida por reclamar de “tudo que está aí”.
Concordo com o Samuel Barbosa. Este artigo do Professor Kanitz só faz reclamações e não aponta saídas. E o governo Bolsonaro não vai fracassar. Aliás, já está sendo um sucesso. A propósito, deixei os seus contatos com a Bia Kicis. Espero que o sr possa contribuir com soluções para o governo. Seria interessante procurar a Bia. Ela ficou interessada em conversar com o sr.
Rio de Janeiro, 3out2019.
Caro Stephen Kanitz.
Uma observação : 23% dos tributos são sonegados por elisão fical ou sonegação por causa da complexidade do manicõmio tributário, (altíssimo custo da legalidade), como citou Alfredo Becker…e falta considerar que os agentes estatais não pagam tributos, embora haja o desconto nos contracheques deles, o que é apenas uma ficção contábil, (como mostrou Murray N. Rothbard em seu Man, Economy and State) pois quem paga os salários deles via tributação são os trabalhadores privados. Forte abraço.
Samuel gostei do teu ponto de vista, também acho que o professor Kanitz poderia ajudar mais, acompanho suas colunas, sei que é uma pessoa muito capaz e capacitada, assim como sabemos que ele sempre procurou ajudar, colaborar mas não teve muito espaço, porém agora que tem ainda mais tempo, seria muito importante tentar novamente, este governo tem se mostrado diferente, sem dúvidas dos anteriores, quem sabe não encontrará maior ressonância para colaborar….
Leiam os posts antigos. A solução é: administrar é coisa para administrador, se possível empresário, não para economista.
Complementando é o tal de “skin in the game” ser o bacon e não a galinha no sanduíche. Raciocinou?