Não temos intelectuais de Direita no Brasil.
Verdade seja dita.
Cite 40 nomes de intelectuais brasileiros de Direita, como tem a rodo os Socialistas, Comunistas, Trotskistas e Fascistas pró Estado.
A maioria dos nomes que vocês pensaram, nesse momento, lamento dizer não são exatamente de Direita.
Não quero desmerecer Olavo de Carvalho, Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi, Arnaldo Jabor, mas eles não são os representantes do conservadorismo, do progressismo da Direita nem do liberalismo brasileiro.
Devemos muito a eles sim, justamente por serem todos eles ex-comunistas, ex-trotskistas, ex-socialistas que se desencantaram com o PT.
E nos prestaram um enorme serviço dedando as mazelas de seus ex-companheiros.
Foram os primeiros a relatar o mau caratismo de seus ex-colegas.
Olavo, Azevedo, Mainardi e Jabor eram na realidade os “inimigos dos nossos inimigos”, por isso nós os adoramos na época.
Mas agora os tempos são outros, e eles não são mais os gurus que precisamos daqui para frente.
Perdoem-me os olavetes, os jabors encantados, os antagonistas enganados, mas precisamos transcendê-los, se quisermos melhorar esse país.
Olavo de Carvalho nunca foi o guru da Direita como retrata a imprensa.
Seu rompimento com Bolsonaro, mandando seus pupilos abandonarem o governo e voltarem a estudar com ele, é muito emblemático.
Esse é meu único ponto desse artigo, que acho que precisava alertar.
Não serão os Olavos, os Antagonistas, os Jabors que nos mostrarão o caminho daqui para frente, embora tenhamos uma dívida imensa com todos eles.
Temos um enorme vácuo que precisa ser preenchido, que a Esquerda não tem.
Os intelectuais de Esquerda e os jornalistas de Esquerda estão todos aí minando o governo Bolsonaro.
Eles continuarão promovendo o atraso econômico, única forma deles sobreviverem e tentarem se eleger em 2022.
Minha opinião sincera é de que precisamos criar algo novo.
Precisamos destilar nossos valores já existentes, e divulgar o que já temos, made in Brazil.
Por isso que defendo tanto o Comunitarismo, que em minha opinião tem a cara do brasileiro.
Somos individualistas, família, solidários, fazemos amigos entre vizinhos com enorme facilidade, somos bairristas, somos enfim um povo que preza sua comunidade geográfica, mais do que sua etnia, sua classe social, seu país ou Estado Centralizado Fascista.
Somos liberais, mas do tipo que pensa na família e nos outros e não somente nos seus próprios interesses.
Não somos Conservadores porque nesses 500 anos criamos muito pouco que vale a pena Conservar.
Sejamos mais brasileiros, adotemos uma ideologia mais brasileira do que o Socialismo, Fascismo, Liberalismo, Conservadorismo.
Temos uma ideologia nossa ainda a criar.
Uma ideologia brasileira, da descentralização, da pequena cidade humana, da felicidade e da cooperação mútua, sem fofocas e delações.
Ótima análise.
Nem sempre concordo com as opiniões aqui publicadas, graças à Deus, sou livre para fazer minhas escolhas, competência que o tempo e a idade me legou. Vou tirar meu chapéu para esta análise profunda e verdadeira, parabéns pelo artigo. Nossa intelectualidade combativa foi para o ralo abraçada ao “pseudo esquerdismo” que aqui se instalou. Temos uma direita sem brios e ainda anestesiada perante os desafios de fazer algo novo e diferente, cheio de originalidade em termos de política que traga avanços. Fazer política não é como torcer em um jogo de futebol, temos muita coisa para decidir ou mudar ao invés de apostar em que ganha ou perde no atual quadro no nosso país.
Me explique uma coisa então Professor: de onde sairão esses novos intelectuais; das universidades brasileiras? Olavo de Carvalho é a única pessoa que está trabalhando seriamente para restaurar a alta cultura no Brasil. Ele mesmo já disse dezenas de vezes que não é e nem pretende ser guru de nenhuma direita no Brasil, mas apenas restaurar a cultura brasileira. Sobre os seus alunos deixarem os cargos no governo, acredito que o senhor não tenha acompanhado o canal dele no YouTube….mas o motivo é simples: a única forma de fazer frente à militância organizada da esquerda é criar uma militância organizada de direita, em vez de se proteger atrás de cargos no governo. Respeito e não me canso de repetir que o senhor deveria estar na equipe econômica do governo (desde sempre). Mas em matéria de estratégia política realmente vejo que não é o seu ponto forte. Olavo de Carvalho acertou as previsões sobre os últimos trinta anos na política brasileira, graças aos quarenta anos dedicados ao estudo das ciências sociais e políticas. E compará-lo com Arruinaldo, Mainard e Jabor é uma demonstração de quem não leu um único livro do Professor.
Que tal começar pelo “Aristóteles em Nova Perspectiva: Introdução à Teoria dos Quatro Discursos“? É uma boa maneira de começar a entender o pensamento de Olavo de Carvalho.
O capítulo 1 está disponível no site dele:
http://www.olavodecarvalho.org/livros/4discursos.htm
Um forte abraço e continuo na esperança de vê-lo um dia integrar a equipe econômica do governo brasileiro.
Geralmente concordo com boa parte do que escreve em seus artigos professor Kanitz. Tem muitos insights originais. Mas este, em particular, é fraquíssimo, apressado em sua análise e superficial. Misturar Olavo de Carvalho, Jabor, Mainardi e Azevedo? Não tem cabimento. É um disparate. Olavo de Carvalho é um filósofo com vários livros de filosofia, geopolítica e história publicados. Vários deles reeditados e best sellers. Os outros indivíduos citados são blogueiros que publicaram livros de ocasião. Olavo é um pensador citado por luminares como Jorge Amado, Wolfang Smith, Ives Gandra Martins, dentre outros. Olavo não rompeu com Bolsonaro. Pelo contrário. O apoia fortemente. Tanto é que foi agraciado com a comenda do Rio Branco pelo próprio presidente esta semana. Isso demonstra que o sr não tem acompanhado realmente o que está acontecendo na política brasileira ou suas fontes são pouco confiáveis. Sugiro se informar pelo Terça Livre, Flávio Gordon, Alexandre Garcia e Daniel Lopez (aqui https://www.youtube.com/watch?v=DqIMMaX1orQ).
Progressismo de direita é um oxímoro. Progressismo é identificado com a eaquerda.
Não é uma questão de esquecê-los, mas de criar um ambiente para a síntese, espaços e redes de discussão e formação. Em tempo, você não mencionou o Partido Novo, o possível Partido Conservador nem os movimentos de Ruas (MBL, NasRuas, etc).
Excelente Comentário Claudio Calmon.