Pai Rico, Filho Nobre, Neto Pobre

 
Mais uma empresa familiar foi para o brejo.
Na era da informação, onde pessoas precisam ser atualizadas constantemente é de se perguntar por que a maior Livraria foi à falência?
Numa era onde todo profissional, médico, engenheiro, administrador tem que se manter atualizado pelo resto de suas vidas, é de se perguntar por que a maior Livraria do Brasil foi à falência?
Primeiro, basta perceber que essas profissões eram mal servidas pela Cultura, médicos e engenheiros compravam esses mesmos livros quando iam a congressos internacionais.
O forte eram romances e literaturas, que competiam com a Globo, Netflix, etc.
Segundo, como toda empresa familiar, o dono manda, e a maioria nunca aceita mudanças.
Me lembro de comentar com Pedro Hertz como ele iria se adaptar à Amazon, e ele me respondeu que a Amazon jamais daria certo.
Achei estranho, mas o especialista nesse ramo era ele e não eu, e por um período de tempo acreditei.
Esse é um dos grandes problemas do Brasil.
Somos o único país do mundo que ainda não fez a transição da empresa familiar para empresa profissional, que não é uma transição fácil de se fazer, por sinal.
Especialmente quando a Lei dos Economistas de 1945 mandou extinguir todas as Faculdades de Administração existentes, privando o Brasil de quatro milhões de Administradores formados necessários para essa transmissão.
Isso deveria ter sido uma das questões abordadas na última campanha presidencial, especialmente pelo Novo.
E não a independência do Banco Central, tão defendida pelo Amoêdo, que no fundo é mais poder para essa classe que destruiu o Brasil.
 

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