Por que na hora de votar escolhemos sempre “o menos pior”?
Por que na hora de votar nunca comentamos “está difícil escolher, todos os candidatos são excelentes e competentes”?
Porque não criamos uma cultura administrativa no Brasil, ao contrário dos demais países.
Onde prevalece a cultura de promoção por desempenho, do treinamento constante de recursos humanos, da valorização da excelência, da meritocracia.
Nossos intelectuais, Leandro Karnal é um exemplo, ridicularizam as histórias de sucesso de nossos empreendedores, dos exemplos cantados em verso em prosa por autores de livros de administração.
Podemos exagerar e incomodar alguns com todas essas histórias de sucesso, mas o que ninguém percebe é que essas histórias revelam os segredos do sucesso, que deveriam ser guardados a sete chaves, mas não.
Nunca cessa de me surpreender quantos empresários, se cutucados, revelam para pessoas totalmente estranhas o segredo de sucesso de suas empresas.
Foi pensando nisso que criei para a Editora Abril, 40 anos atrás, a edição Melhores e Maiores, que revelava todo ano o segredo do sucesso das nossas melhores empresas.
Minha coluna “O Segredo do Sucesso” era a mais lida da edição, mas não por intelectuais de esquerda, somente por liberais e jornalistas de direita.
Ou seja, uma parcela ínfima da população.
Hoje esse tipo de jornalismo e literatura é uma exceção. “O Segredo do Sucesso” foi descontinuado com minha demissão.
Isso porque a esquerda brasileira odeia o sucesso dos outros.
Sucesso para eles é destruir valores familiares, é queimar pneus, é pintar edifícios de vermelho, é impedir alguém de falar.
Quando voltei de Harvard achei que meu caminho estava feito, sendo um dos primeiros brasileiros a lá estudar e que seria certamente peça valorizada. Ledo engano.
Me trouxe mais inveja de macho e uma perseguição velada, do que benefícios materiais.
Achei que receberia convites para ser professor nas mais diversas Universidades brasileiras a preço de ouro.
Não recebi uma única oferta, e hoje sei o motivo.
Somos um Governo dos Piores porque não procuramos ativamente os Melhores, até os perseguimos.
Muitos dos meus colegas brasileiros de Harvard voltaram para os Estados Unidos onde a excelência é valorizada.
Somos um País dos Piores porque culturalmente não prestigiamos os melhores, os mais competentes, os que mais empreendem.
Onde estão os Prêmios “Cientista Do Ano”, “Professor do Ano”, “Policial do Ano”, “Equipe Médica do Ano”?
Onde estão os Prêmios “Aluno do Ano”, “Campeão Nacional de Matemática do Ano”?
Sumiram, acabaram, e assim, de pior em pior, implantamos lentamente o governo dos incompetentes, dos apadrinhados, dos amigos de confiança, dos parentes distantes, dos medíocres e dos espertos da Quarta Classe.
Excelente!!!
Pura verdade!!!
Olá professor!
Sou grande admirador de seu trabalho de longa data, desde 2001 quando ingressei no curso de administração de empresas. Concordo em quase tudo com o Sr. professor.
Só acho que nosso problema não seja de esquerda, direita ou centro. O Brasil de precisa de bons administradores e eficiência. Menos impostos e mais qualidade no gasto público com governança.
Valorizar os melhores.
A começar por mim mesmo.
Ser melhor hoje do que fui ontem.
Não há como melhorar o coletivo se o indivíduo não se superar primeiro.
Essa ideia dá calafrios na esquerda, intelectualmente desonesta.
ura verdade. a meritocracia não existe mesmo. na minha vida de professor, caNSEI DE VER ÓTIMOS COLEGAS DE MAGISTÉRIO BUSCANDO OUTROS CAMINHOS JUSTO POR FALTA DE VALORIZAÇÃO E RECONHECIMENTO. CERTA VEZ PROPUS QUE O SALÁRIO DE PROFESSOR DEVERIA SER PROPORCIONAL AO SUCESSO DOS ALUNOS. QUASE ME ESMAGARAM.
NÃO INTERESSA, EM NOSSA CULTURA, TORCER E ACOMPANHAR O SUCESSO DOS OUTROS
QUERIA UM DIA ver uma escola se dirigindo a seus ex alunos para saber o que eatá dando de certo com eles, se o diploma OS FEZ CRESCER OU ALGO QUE O VALHA. O SUCESSO DOS OUREOS NÃO INTERESSA. ESQUISITO, NÂO?
AMILTON LUIZ VAle
Nos cargos públicos, regiamente pagos, o que conta é o Q.I. (Quem indica).
O pais precisa ser uma república de verdade. Para isso, o primeiro passo é melhorar a qualidade do voto. Quer dizer acabar com o voto obrigatório….
Considerando estarmos em um pré eleitoral, início este simples comentário discordando do propósito do autor em discriminar a esquerda. Essa conduta traz a evidência a enorme e covarde influência de uma mídia que, por sua vez, em nenhum momento, com certeza, se acha preocupada em dar valor a competência, destacando, assim, a excelência, ou, como diz o autor, acolhendo os princípios da meritocracia. Basta ver que no pleito passado teve candidato, de direita, que defendeu a teoria da meritocracia… No entanto, a sua estória política não mostra a verdade desse seu falar. Assim, é evidente que o sucesso será alcançado, através de ou por pessoas que se acham melhor preparadas. No entanto, interesses outros, que se acham a evidência, são priorisados, pela classe política, como temos assistido. Enfim, pretender impor a esquerda essa conduta de não reconhecer ou considerar os princípios da meritocracia, só desvalorizou o tema proposto, em razão da falta de isenção do autor, considerando o caráter técnico do assunto.
Vez por outra, ouço comentários de alguns ” figurões” da mídia televisiva, sobre a incompetência do povo, em escolher seus representantes; atribuíndo-o a culpa pelo estado em que se encontra o País. Acusam, como se tivéssemos candidatos capazes:(honestos, cultos, bem intencionados…). Infelizmente observando o procedimento de muitos deles, convenci-me de que se trata mais de mal caráter do que de incompetência. Já que esses “figurões da mídia” entende e sabem em quem votar, desafio-os a se unirem, e colocarem a cara a tapa, indicando qual o melhor candidato para aprumar esse gigante.
Subscrevo integralmente tudo o que foi dito neste artigo. E está correta a percepção de que esta mentalidade é decorrente da esquerdização do país; afinal, a ideologia de esquerda nada mais é do que a ideologia da inveja.
Concordo com toda a matéria, ela é lúcida, clara e expõe a realidade criada pela esquerda que tudo faz para tornar o país mais medíocre no sentido lato, submetido aos seus planos de domínio.
Penso que, os nossos políticos, do presidente até o vereador, são o reflexo nú e crú daquilo que somos como indivíduos cidadãos brasileiros. Valorizamos o medíocre, o jeitinho brasileiro impera, quanto mais ruim mais valor se tem, abominamos o esforço pessoal, cartelizamos os preços de tudo que se pode comprar, sobressai-se o “salvei o meu, o resto que se dane”, somos o “país da cerveja ruim com a carne gordurosa de terceira no churrasco vendo a mediocridade de nosso futebol de domingo”. O mais importante é a furdúncio e a nossa cervejinha no fim-de-semana. Esquerda e direita no Brasil é a mesma coisa, só muda naquilo que eu não concordo com o outro. Kanitz, obrigado pela reflexão e o toque momentâneo de lucidez, pois cada vez mais se preocupamos em sobreviver do que realmente viver. Creio que devemos refletir e repensar nossas atitudes com textos como este, que nos levam a repensar o “nosso” senso comum. Kanitz, não se preocupe em ser perfeito, simplesmente seja alguém que busca a luz no meio de tremenda escuridão. Fica dica! Obg Kanitz!!!! Que DEUS sempre te dê lucidez e sabedoria no meio da escuridão!
Prezado professor e demais leitores.
O problema da excelência na realização das coisas da vida, principalmente no âmbito da gestão pública, é uma realidade. Mas, não é exclusividade no Brasil e nem da esquerda. Já morei na Europa e eles têm excelência em muitas áreas e nem tanto em outras. Em relação a exclusividade (ou predominância) do problema à esquerda, tb não é verdade. É certo que torna-se mais grave na administração pública, dado sua especificidade institucional. Para quem estuda administração, temos visto histórias de sucesso tanto na administração pública como na privada.
Só pra provocar, Dória, se lançou como gestor, meritocrático (apoiado pelo professor) e, poderia ter provado sua competência administrando São Paulo. Preferiu (ou revelou-se) repetir as práticas oportunistas dos políticos tradicionais.
Professor ótimo artigo. Infelizmente o maior e mais grave problema do Brasil é o tamanho do estado, enorme e ineficiente e que gera pouco valor para a sociedade, apesar de uma enorme carga tributária. A esquerda realmente tem muita culpa na atual situação do Brasil e, não só no Brasil. A esquerda não constrói, só destrói valores como o professor muito bem pontuou.
Temos sempre os piores porque o voto no Brasil é obrigatório. Como bem lembrado no cometário acima precisamos acabar com essa obrigatoriedade e anular todas as eleições que não tiverem um mínimo de 90% de comparecimento !!!!!PENSE NISSO PROFESSOR KANITZ.
dizer que os problemas brasileiros de hoje, é por causa da ideologia de esquerda, é de uma desonestidade impressionante. Parece que o país, começou em 2003. E que antes, éramos um país de 1º mundo. Parece que desde 1808 até 2002, tínhamos uma vida de Suecos, e tudo piorou desde então. Nada mais tolo.