Da Série: Raciocínio Enxuto, a Chave Para o Futuro
Observem esse artigo do atual Reitor da USP e do Coordenador do Centro de Inovação.
Observem qualquer artigo escrito por nossos intelectuais, artigos supostamente bem pensados que nos levam a refletir sobre soluções novas, ideias novas, propostas novas.
Percebem o que falta?
Total ausência de tabelas e gráficos.
Total ausência de estatísticas comprobatórias.
Às vezes, nem um único número é apresentado como argumento.
Como esses intelectuais querem então nos convencer?
Com palavras.
Com belas palavras.
Com frases, belas frases de efeito, com ordens, com injunções, com Fake news e Fake analogias.
Esse artigo, em particular, me chamou a atenção porque trata de educação na era digital, quando nem adota os princípios da era anterior, a era científica.
Por isso o sonho de FHC e José Sarney, dois políticos poderosos do passado, era o de ingressarem na Academia de Letras, e não na Academia de Ciências, que nenhum desses senhores pertence.
E nós caímos como patos.
Aceitamos frases cuidadosamente lapidadas como constatações científicas.
Em vez de cultivarmos o Raciocínio Enxuto, chave para o futuro, cultivamos o Raciocínio Torto, convoluto, o jogo de palavras.
Eu não leio mais textos que não tenham uma tabela, um gráfico, uma estatística, uma média, uma correlação ou um número sequer.
Recomendo meus seguidores a fazer o mesmo.
Fecho os olhos e ouvidos e passo por cima, como fez Ulisses, para não ouvir o canto das sereias, um conselho já conhecido 3.000 anos atrás.
Maldito Paulo Freire!
Não vejo nenhuma tabela ou gráfico nesse texto. Vou parar de lê-lo.
Esse é o ponto central! Deming dizia, “ Em D-us eu confio, os demais tragam me dados!”
Tem um livro “A influência das cores na propaganda”, não tem uma foto ou cor tudo é texto em preto e branco.
Parabéns professor. Brasil, país das excelências que nada sabem.
O sistema educacional brasileiro foi um dos primeiros, senão o primeiro, a experimentar a ocupação de espaços e consequente destruição da alta cultura com as propostas do comunista Antônio Gramsci, de quem Paulo Freire era fiel seguidor. Adicione a ‘teoria crítica’ de Herbert Marcuse(Escola de Frankfurt), daí temos o vetor resultante de destruição da inteligência e promoção do lupemproletariado(criminosos, minorias), contra quem, nenhuma narrativa contrária deverá ser tolerada.
Embora eu respeite o texto, creio ser um tanto quanto inexorável. Não sei qual o percentual de literatura produzida em toda a história da humanidade sem ter feito utilização de dados concretos, numéricos, estatísticos, com explanações por meio de tabelas e gráficos. Talvez nesse blog que tanto admiro haja boa parte de seu conteúdo sem a utilização desses expedientes. Sem embargo, essa imensidão de obras criadas pelos nossos pensadores serviram e continuam servindo de base intelectual para o desenvolvimento social. Destarte, no aludido texto, a proposta fora de uma reflexão conceitual. Elucubração esta que figurará em um evento de abarcamento internacional. Forte abraço!