Todos os filhos do Olavo de Carvalho o adoram, e acham que a filha que escreveu aquela carta pública é uma ingrata.
“Uma ingrata com a mãe, com o pai, com os amigos, com a tia que a criou, a todos” , diz seu irmão Davi de Carvalho.
Não sei por que Olavo se separou da sua primeira esposa, mas eu sei, e já escrevi sobre isso, filhas raramente perdoam.
Por isso uma carta 40 anos depois do fato deveria ter chamado a atenção negativamente do jornalismo brasileiro.
Se eu tivesse entrevistado Heloisa de Carvalho Martins Arribas, eu pelo menos teria feito a seguinte pergunta.
“Mas por que, mesmo assim, você decidiu manter o sobrenome do seu pai, não é algo estranho?”
Na época, Olavo de Carvalho era de esquerda, amigo de José Dirceu e Rui Falcão.
Colocar uma arma na cabeça de uma pessoa é algo que Dirceu e Dilma faziam.
Portanto, foi um tiro no pé a imprensa condenar seu comportamento na época.
Olavo foi um dos primeiros a apontar a existência da Quarta Classe, que obviamente não o perdoa.
Olavo, a minha sugestão seria escrever essa carta:
“Minha Filha,
Eu felizmente mudei, você e seus amigos não.
Mas te perdoo.
Seu Pai, Olavo.”