Edward de Bono foi meu guru por muitos anos, cujos livros me ajudaram a pensar.
Um dos erros que cometemos é o Erro de Materialidade. Identificamos um problema, mas somos incapazes de atribuir o quanto ele é importante.
Muitos leitores perderam o âmago da questão no meu post sobre a IBM por não fazerem esse teste.
Mostrei que a IBM vende mega computadores e não usa corrupção.
Mas a maioria dos comentaristas se perderam, ao discordarem de mim dizendo que a IBM teve um caso, sim, na Argentina.
E ponto final.
É assim que a Quarta Classe raciocina.
É tudo branco ou preto e não existe o cinza.
“Todo esquerdista é altruísta, todo direitista é egoísta”, são essas análises simplórias que tomaram conta desse país.
Agora vejam o que funcionários da IBM escrevem, algo que os atuais engenheiros da Odebrecht, OAS, e JBS são incapazes de fazer.
Persio Gomes
Trabalhei vinte e cinco anos na IBM Brasil.
Nós tínhamos, como um dos valores básicos, a ética em tudo que fazíamos.
Durante minha carreira na IBM vi alguns casos de desvios, inclusive o mencionado caso do Banco La Nacion, na Argentina.
Houve uma reação forte dentro da IBM e todos os envolvidos foram mandados embora.
Como diz um dos comentários: ” tolerância zero”.
Manuel Rodrigues
Orgulho. Fui RAC /RSOM, nunca me senti constrangido ao exercer minha atividade. Que maravilha!
Adriana Queiroz
Concordo. Trabalhei na IBM e na Microsoft. Eficiência e ética.
Alfredo Behrens
Li um par de comentários procurando pelo em ovo.
Acredito que a IBM tenha errado aqui e acolá, mas o âmago do argumento do Stephen Kanitz não é cantar loas à IBM, mas ilustrar que quando o produto é bom e escasso não é necessário gastar muito no custo de vender.