Essa é a crença que domina Brasília, BNDES, nossas empresas familiares, nossos políticos, enfim.
Assim nos tornamos o país menos competitivo do mundo, isso depois de 70 anos de políticas públicas.
Deveria ser óbvio que estamos fazendo algo errado, mas não é.
Vou dar mais um exemplo.
Nem sabíamos que não somos competitivos.
Quem fez o estudo foi uma faculdade de administração suíça, a IMD, que pediu ajuda no Brasil.
Nós nem desenvolvemos ainda o conceito de “benchmarks“, passo número 1 para qualquer diagnóstico, os médicos que o digam.
Primeiro passo para saber quão “não” competitivos ou doentes estamos.
Quantos dados comparativos de países você já viu em que não se tem o dado para o Brasil, a oitava potência?
Apesar de gastarmos fortunas com o IBGE e IPEA?
Economistas me acusam de estar com inveja deles, mas não é nada disso.
Fico triste por ter conseguido ser influente nesses 50 anos de luta de um princípio inicial de Administração, os dados de eficiência.
Sabendo dessa lacuna, meu primeiro projeto na vida foi criar um dos primeiros benchmarks amplamente divulgados no Brasil.
Criando a edição de “Melhores e Maiores” 50 anos atrás, e mostrando os benchmarks das melhores a serem seguidas.
O próprio título da edição já era uma importante quebra de paradigma, pensava eu.
“Melhores e Maiores”, e não o conhecido “Maiores e Melhores” que muitos ainda a ele se referem, vide o Google.
Naquela época o dogma era lutar pelo “share of market“, e não por vantagens comparativas que eu defendia.
Mas até hoje os presidentes do BNDES acreditam no paradigma “que as Maiores serão as Melhores”, vide JBS e as campeãs nacionais, 50 anos depois.
É justamente o contrário, minha gente.
Para mim não é nenhuma surpresa que somos os menos competitivos do mundo.
E continuaremos a ser, até mudarmos nosso critério de que qualquer um pode administrar tudo o que quiser.
“Basta ter um sonho”, não é mesmo?