A forma pela qual o nosso Executivo escolhe os seus “executivos” é um dos maiores escândalos administrativos do país.
E jamais identificado pelos nossos intelectuais e jornalistas, nem comentado pela Quarta Classe enganadora.
Nós da Direita Socialmente Responsável escolhemos os melhores profissionais possíveis para o cargo. Sempre.
Usamos nosso Departamento de Recursos Humanos para fazer indicações, ou Head Hunters, e gastamos horas motivando possíveis candidatos, até dando um salário maior.
A Esquerda não pensa assim.
Todos os salários têm de ser iguais, seja para o Ministro da Fazenda, seja para o Ministro da Pesca.
E têm de serem preenchidos por amigos.
Gente de confiança.
Companheiros de luta.
Mesmo que não sejam formados em administração, ou tenham pelo menos 20 anos de experiência.
Eu trabalhei no Ministério do Planejamento 30 anos atrás, e conheci um programador do Palácio do Planalto.
Ele cuidava de um computador de mesa conhecido como “Quem Indica”.
Lá tinha os 20.000 cargos de confiança, número já elevado na época, com o nome, cargo, quem o indicou, porquê e o nome do partido.
“Dos 20.000 cargos, 10.000 foram indicados pelo Ulysses Guimarães, 3.000 pelo Presidente Sarney e 7.000 por vários caciques políticos.”
Aí culpam o Sarney, supostamente de Direita, pelos idiotas que a Esquerda de Ulysses Guimarães indicava.
Como o economista Bresser “Joãozinho Maria” Pereira, para Ministro da Fazenda.
Foi Ulysses Guimarães quem vetou Tasso Jereissati que teria sido o primeiro administrador, formado pela FGV, e que já havia aceito o Ministério da Fazenda convidado por Sarney.
Mas Ulysses quis colocar seu amigo Bresser Pereira, um dos piores Ministros da Fazenda que já tivemos, empatado com Guido Mantega.
Não é assim que se Administra Responsavelmente Nações.
Mostra o nível de atraso do nosso “QI Administrativo” porque isto não gera indignação entre nossos formadores de opinião.
O triplex do Lula, um imóvel que não estava no nome dele, deu muito mais indignação, do que o “Computador Quem Indica”, que está lá até hoje no Palácio do Planalto.
Veja hoje a notícia da Revista Exame.
“Têm início hoje as exonerações de pessoas ligadas a políticos da base que não acompanharam o governo na votação da reforma trabalhista.”
“Segundo o jornal O Globo, a retaliação começou na sexta-feira, com um indicado do deputado Uldurico Junior (PV-BA), exonerado do Ibama no Estado.”
Quando esse indicado do deputado tomou posse, a própria Exame nada comentou o absurdo que é administrar um país desse jeito.
Nem ninguém.
Se vocês querem ter argumentos para lutar contra esse absurdo leiam esses meus artigos de 20 anos atrás.