Não existem restrições nem cortes para pesquisas no Brasil.
Os recursos para o financiamento de pesquisas é praticamente ilimitado.
Chama-se Venture Capital.
Existem milhares de investidores, eu inclusive, que estamos dispostos a financiar projetos de pesquisa que tenham potencial em ajudar a humanidade.
Tem todos os tipos de financiadores, para cada estágio, chamado de Mezanino, Second round, Financiamento original, Private Equity, etc…
Nunca fui abordado por professores de RDIDP, dedicação integral a docência e pesquisa, para discutir formas de transformar essas pesquisas em produtos para a população que paga o ICMS da USP.
Fui professor por 30 anos na Faculdade de Economia e Administração, mas nunca fui procurado pelos professores da Química, Física, Engenharia, Psicologia, Ciências Sociais com uma ideia nova e como conseguir recursos para financiá-la.
Zero.
Fomos invadidos, sim, várias vezes pelos alunos da FFLCH, a mando de seus professores, que nos acusam até hoje de sermos Produtivistas, e não eternos críticos da sociedade como eles.
Nunca vi a USP sediar um Congresso de Venture Capital, ou convidar gestores de Fundos para um USP Day.
Fernando Henrique Cardoso fez o contrário, criou aquele famoso Seminário Karl Marx, disseminando o ódio aos Engenheiros Têxteis de 1870.
Aqueles pesquisadores que inventaram os teares mecânicos, e que aumentaram dramaticamente a produtividade do Proletariado.
Razão pela qual temos hoje camisetas por R$ 2,00, e ainda sobra dinheiro para contratar professores da USP.
O Estado não pode financiar pesquisas científicas porque o Estado não é uma pessoa física.
Capaz de avaliar e assumir os riscos de quais pesquisas darão certo e quais pesquisas darão errado.
Funcionários públicos sempre lidam com o dinheiro dos outros, e por ética administrativa não podem assumir os enormes riscos envolvidos em financiar pesquisas.
Tem dinheiro de sobra, mas vocês sempre foram contra.
O Brasil mudou, mas vocês ainda não perceberam?