[pullquote]Ele tem uma personalidade complexa, como todo gênio[/pullquote]
Tempo de leitura: 1 minuto
Donald Trump e eu temos um bom amigo em comum.
Ele é brasileiro, e Trump o adora. Eles conversavam uma vez por semana antes da campanha.
Liguei para nosso amigo em comum para saber mais deste Trump candidato.
Perguntei se ele era de fato louco.
“Louco é quem se baseia numa imprensa americana vendida para se informar. Trump é brilhante. É um gênio.
Claro, ele tem uma personalidade complexa, como todo gênio, mas o segredo é saber como essa personalidade opera. Eu sei.”
Perguntei se ele era honesto.
“Mil vezes mais honesto que a crooked Hillary, que ganhou por palestra que não fez, recebeu doações duvidosas na Fundação Clinton, lembra até alguém no Brasil.
Te digo algo que poucos sabem. Trump tentou por 30 anos construir um hotel na Rússia, um dos países mais corruptos do mundo.
Não foi adiante porque ele não concorda em corromper.”
Perguntei sobre sua falta de experiência política.
“Trump é extremamente leal, e preza lealdade. Assim que os políticos descobrirem essa sua característica, vão apoiá-lo, pode crer.”
Vou sugerir ao Temer tornar meu amigo cônsul em Nova York, ou até embaixador.
Acho que no caso do Trump o que está em pauta não é sua inteligência ou sua honestidade, que não é de se duvidar. O problema é seu sexismo, sua xenofobia, seu extremismo em alguns assuntos, etc. Isso pode tornar seu possível governo muito instável.
Bom, pelo menos o Temer é honesto e probo, né?
superficial
Não duvido que tudo o que o seu amigo disse seja verdade, Kanitz, mas penso que o Trump é desequilibrado, aspecto que considero decisivo para a escolha de um chefe de estado.
Confiaria o arsenal nuclear americano ao Trump?
Excelente pergunta. E uma dúvida cruel, apesar que confiaram aquele botão ao Bush pai e Bush filho. E também ao Obama.
Quase nunca opiniões de amigos são isentas. Penso que a opinião desse amigo próximo do Trump se encaixa perfeitamente nessa frase. Talvez Trump seja mesmo um gênio – Um daqueles que só atendem os pedidos que beneficiem a si mesmo, como quando por várias vezes, solicitou falência, quebrando a muitos enquanto roubava o dinheiro deles. Kanitz, pra alguém que se importa com o social, dar manchete favorável pra esse que só mira em seu próprio umbigo é no mínimo incoerente.
Stephen, é muito interessante termos esta outra perspectiva sobre a personalidade – enfatizo, a personalidade – do Donald Trump, especialmente se isso nos chega fora dos canais do mainstream. Agora, isso não é suficiente para que se faça um melhor juízo de valor sobre o projeto político que ele apregoa a plenos pulmões ao mundo todo.
Vale a pena perguntar ao seu amigo se o Trump realmente vai querer transformar o mundo num barril de pólvora, se ele realmente é tão superficial e preconceituoso nas questões relacionadas a gênero, raça, religião, etc. Isso interessa, e muito.
Não é suficiente que ele seja probo, embora seja fundamental. É necessário que ele tenha o plano politico-administrativo eficaz e a devida visão de mundo, que, até agora, levando em conta justamente o que o mainstream consegue nos entregar aqui no Brasil, me faz pensar que ele é completamente tresloucado!
Cordiais saudações.
Professor Kanitz se redimindo das bobagens que escreveu sobre Ciro Angu do Gomes…
“Vou sugerir ao Temer tornar meu amigo cônsul em Nova York, ou até embaixador.”
Posso estar redondamente enganado, mas esta frase me parece dar totalmente o tom deste texto e a mensagem que ele quer transmitir.
O que está em jogo, não são os negócios de Trump, e sim uma linha de comportamento, onde está em jogo, um mundo globalizado, onde os EUA é o ator principal. Logo, o seu relacionamento com diferentes culturas, religiões, mercados e políticos, será determinante pra o sucesso ou não de seu governo, caso seja eleito. Mas, pelo que vem mostrando durante sua campanha, é de que terá conflitos com os Latinos, Muçulmanos, negros e mulheres, além de o poder de gerar a destruição da Terra… Espero mesmo que estejamos enganados!
O Ricardo seria um ótimo embaixador nosso nos EUA. Seria muito bom para o Brasil… Tem todo o meu apoio.
Excelente Sr. Kanitz! Tenho o costume de, quando ouço certas mídias emitindo opinião sobre pessoas ou situações, tomo pelo contrário. E já constatei que alguns dos meus desinformantes prediletos já transformaram Trump no diabo e Hillary em santa.
Gênio por quê? Por que um amigo dele disse isso? Está faltando fundamentar um pouco essa afirmação. E você, Stephen, que acha do Trump?
Esse texto, mais uma vez, me faz ter certeza de que minha avó estava certa quando dizia que não há ninguém tão ruim que não tenha uma qualidade e ninguém tão bom que não tenha defeitos. Cabe a nós perceber os defeitos com os quais podemos lidar. Trump é inegavelmente um gênio dos negócios, confiaria a ele a administração de minha fortuna, se a tivesse, seria até mesmo sua sócia com muita satisfação. Contudo, o preconceito, racismo, homofobia e misoginia fortemente presentes em seu discurso o tornam carta fora do baralho quando o assunto é ocupar o cargo político mais importante do mundo, que requer que o ocupante tenha minimamente algumas habilidades: empatia, resiliência e flexibilidade são algumas delas.
Não sei porque tantas acusações de xenofobia e nacionalismo contra Trump. Acredito que ele simplesmente quer ser o presidente dos EUA e não do mundo inteiro, como outros já tentaram. Não vi em nenhum momento ele demonstrando aversão a pessoas ou coisas estrangeiras. Quanto ao nacionalismo deveríamos tê-lo como exemplo e pensarmos mais em defender nossos interesses. O que mais vemos são políticos individualistas. Quem dera se houvessem pelo menos uns poucos nacionalistas como ele no nosso congresso.