[pullquote]A escolha de heróis diz muito sobre a cultura de um país.[/pullquote]
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Eu sei que Santos Dumont é um herói nacional e que todos foram ensinados a venerá-lo como acabamos de fazer nas nossas olimpíadas, mas lembre-se de uma coisa muito importante.
A escolha de heróis diz muito sobre a cultura de um país.
Por que escolhemos Santos Dumont?
Por que não escolhemos tantas outras pessoas excepcionais que poderiam nos servir de exemplos, como a Irmã Lina, que ninguém no Brasil conhece? Justamente por isso.
Santos Dumont se tornou herói porque um capitalista francês criou o prêmio Deutsch de la Meurthe de 50.000 Francos franceses para o primeiro que produzisse um avião que contornasse a Torre Eiffel, em Paris, França.
Santos Dumont, que viveu todo esse tempo na França, aceitou o desafio como dezenas de outros franceses.
O motor do 14 Bis era francês, os ajudantes eram franceses, o local era a França, e quem noticiou o feito foi a imprensa francesa.
Nossa imprensa, que nem sabia deste tal concurso, somente se deu conta de Dumont depois de declarado o vencedor.
A única coisa que Santos Dumont não pode controlar foi o país em que nasceu.
Ou seja, nossa elite improdutiva e incompetente enganou você, se apropriando de um francês e dizendo que foi o Brasil que inventou o avião.
Dumont é fruto da cultura francesa, e não da cultura brasileira.
Cultura que incentiva empreendedores criando desafios e prêmios “para o primeiro que fizer x”.
Que desafio lhe foi colocado e qual é o prêmio?
E ninguém no Brasil se inspirou em Santos Dumont, tanto é que dois anos depois a França possuía 30 companhias aéreas e o Brasil nenhuma.
Foram os Estados Unidos, e não o Brasil, que acabaram tomando essa indústria dos franceses, criando o mito dos Irmãos Wright.
Santos Dumont é nosso herói porque não temos heróis e nossa elite incompetente se apropria.
E não temos heróis porque temos uma elite de intelectuais, jornalistas, políticos blefadores, enganadores, e você é mais uma vez a vítima.
Dediquei minha vida para criar prêmios, como o Prêmio Melhores e Maiores, o Voluntário do Ano, o Prêmio Bem Eficiente, com muito custo pessoal.
E posso dizer que temos muitos heróis sim, mas que nunca valorizamos.
Coinsiderando este raciocínio, Ayrton Senna seria o quê? Carro inglês, motor japonês, pneu italiano etc. etc…..
Que morreu na frente das câmeras com uma escuderia inglesa e motor francês.
No Brasil, jamais Dumont teria recursos “tecnologicos”, literatura farta e povo voltado para uma Arte (Avioes seria uma arte) com o desejo de ajuda-lo a criar o 14 bis. Com seus recursos de familia, foi para frança realizar seu sonho e o concurso fez o aprimoramento. Como no Brasil ate hoje ocorre, nossos cientistas vao para o exterior para desenvolver tecnologias e aprimorar os estudos. Muitas patentes ficam com os gringos mas o Min. da ciencia e tecnologia continua cortando verbas para nosso desenvolvimento. O empreendedor era Brasileiro, o sonho era brasiileiro mas aqui, 120 anos depois, continuamos a NAO incentivar nossos herois.
Acrescentaria ainda que, Santos Dummont só se estabeleceu em Paris devido herança do pai Henrique Dumont, Latifundiário de Ribeirão Preto, que explorou muitos escravos nas suas fazendas. Desculpe-me por macular a imagem de um herói nacional, mas seu 14 bis só decolou devido a riqueza produzida pelo sofrimento e trabalho de muitos negros.
Nos EUA, os descendentes da aristocracia latifundiária americana ainda são associados à exploração dos escravos, mas aqui no Brasil são até heróis!
Entendo, mas nâo é isso o que está em discussão!
Curioso que na França ensinam que Clement Ader inventou o avião em 1890, quinze anos antes de Dumont, e não divulgaram por ser um segredo militar.
A história de Dumont nos ensina muito sobre o jeito do brasileiro e do norte-americano encarar a vida se a gente pensar fora do patriotismo bobo: Dumont nunca ganhou um tostão com a suposta invenção do avião. Sua máquina posterior e obra-prima, Demoiselle, foi transformada em projeto público e gratuito por Dumont, para o bem da humanidade.
Do outro lado do atlântico, os irmãos Wright só pensavam em dinheiro e processavam por violação de patentes quem tentasse construir aviões sem pagar royalties.
Santos Dumont se matou. A Curtiss-Wright existe até hoje e tem ações à venda na bolsa de valores.
É isso aí! Tanto os Wright, com Dumont, se utilizaram de vários experimentos anteriores, para conseguirem seus feitos! Os EUA são mestres em propaganda e impor seus conceitos. Até a fama de grande ‘inventor” de Thomas Edison é cheia de questionamentos, pois, simplesmente Edison não era inventor, mas sim um grande Comerciante e um dos primeiros “Empreendedores” de sucesso, mesmo tendo perdido várias disputas com Westinghouse, seu principal concorrente. Os dois, pagavam os verdadeiros “cientistas/inventores” da época, para desenvolverem produtos, e ficavam com as patentes. Um deles, Nicola Tesla (este sim, gênio inventor), nascido no Império Austríaco (hoje, Croácia), que desafiado por Edison, inventou vários componentes para transmissão da eletricidade à longa distância. Tomou um “cano” de Edison, e assim foi trabalhar para Westinghouse, derrotando Edison e desenvolvendo o uso da eletricidade, como temos até hoje.
Depois, Tesla foi trabalhar para o governo dos EUA, onde vários estudos seus, permanecem em absoluto sigilo, dando margem à vários rumores e conspirações…
Nesse caso só é brasileiro os índios, o resto é forasteiro.
Olha… A necessidade das pessoas verem defeitos, e erros é incrível! O mais incrível é que o sujeito nunca fez nada alem de comentar vidas alheias ( o que em outras palavras seria fofoca rs..) e precisa talvez destes argumentos para diminuir sua própria frustração de não conseguir ser famoso. Outro usa a escravidão para apontar mais um defeito ou demérito.. Todas as pessoas que tinham condições financeiras antes da abolição tinham escravos no Brasil não só a família Dumont. Porque será essa necessidade em desmerecer feitos alheios? Será que estas pessoas precisam apontar defeitos alheios para tentar numa forma desesperada esconder ou se esquecer dos seus? Mais um exemplo foi as olimpíadas, um numero expressivo de pessoas na redes sociais, jornalistas, todos criticando, apontando e buscando defeito em tudo.. Na sexta feira o mundo ficou maravilhado com a abertura feita no Brasil, e não contente este Sr tinha necessidade de em vez de apreciar a beleza que foi a abertura, perder seu tempo em escrever e o nosso em ler uma crítica tão desnecessária? . Se estas pessoas parassem um pouco de só falar mal dos outros, de procurar e criticar erros alheios, de apontar defeitos, não só a vida delas melhorariam mas o mundo melhorava…
Parabens!!!
Leia o texto novamente. A tal “crítica”, não foi a Santos Dumont… Mas sim, como nós brasileiros lidamos com nossos problemas e desenvolvemos soluções. Como reverenciamos uns, e defenestramos outros, sem analisar bem o conteúdo.
Somos mestres com adquirir um novo aparelho, e jogar fora o manual. Quantos de nós, já leram o manual de seu automóvel? Achamos mais fácil perguntar ao frentista, que, via de regra, também não leu o Manual daquele automóvel e repete o que falaram pra ele…
Engraçado que a maioria absoluta respondeu exatamente sobre Dumont… Será que fui eu mesmo que não soube interpretar ?
Brasil! Dumont! EMBRAER!
… em recente viagem, a trabalho, na França, minha visitou um museu basicamente so com a historia de Santos Dumont. Fiquei pasmo, pois por aqui pouco se sabe deste Brasileiro, de Guarujá. que pena !