[pullquote]Como Prever Falências foi minha tese de Livre Docência.[/pullquote]
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Este é um resumo da minha palestra no Congresso do Movimento Brasil Livre, entrada franca, dia 29 de Novembro. Fui ovacionado de pé, o que significa que os jovens gostaram.
Uma das mais difíceis questões em que sou chamado a opinar é para avaliar se uma empresa se tornou irrecuperável ou se ainda daria para “salvá-la”.
“Como Prever Falências” foi minha tese de Livre Docência.
Quando chego à conclusão que os problemas da empresa se acumularam a tal ponto que não dá mais para recuperar, os sindicalistas querem me matar, os diretores da empresa idem, e logo contratam outros profissionais para contra-atacar.
Aí surgem os Arautos da Esperança.
Aqueles que dizem que a partir de 2018 as coisas vão melhorar, que uma injeção de capital tipo CPMF resolve; e que mudanças estruturais salvarão a empresa, como “orçamento base zero”, e assim por diante.
Dilma, Levy, Armínio Fraga, Delfim, os Mais Mises, todos já saíram a público prometendo esta falsa esperança ao povo brasileiro.
Só que eles se esquecem de dizer que a dívida total do Estado o torna irrecuperável.
Quando uma empresa é irrecuperável, a posição socialmente ética e responsável não é sair a público dando esperanças falsas.
A posição socialmente correta é formalizar o óbvio, e decretar a sua falência.
Enganar trabalhadores, credores, acionistas e clientes para que esperem mais três anos ou vinte, prometer que uma nova diretoria ou que um novo partido resolverá o problema é dar uma esperança falsa e imoral.
A empresa, neste caso o Estado Brasileiro, quebrou, e há muito tempo.
Aliás, todos vocês já sabiam disto.
O que vocês não sabiam é que o correto é decretar e formalizar o óbvio, a falência.
É permitir que trabalhadores refaçam as suas vidas numa outra empresa mais promissora, com um novo CNPJ, e não despedi-los daqui sete anos, quando já estarão mais velhos.
É vender as máquinas para que tenham melhor uso, e devolver aos credores parte das dívidas, salvando-se o que puder.
Vários estados americanos já decretaram falência, é reconhecer o óbvio.
O Brasil privado é viável minha gente, e muito.
É o Brasil Estatal que faliu, e precisamos formalizar juridicamente esta falência.
Despedir todos os funcionários é traumático, despedir toda a “diretoria estatal” também, mostrar aos credores de títulos públicos que perderão a metade ou mais, e aos acionistas que perderão tudo, requer coragem.
Mas todos estes investidores de títulos públicos já sabem que o Estado está quebrado, especulam no timing.
A data do balanço seria 31/12/2015. Ou se vocês demorarem, 31/12/2020.
Vamos simplesmente formalizar o óbvio.
Por visão, gostaria que muitos dos serviços públicos fossem privados. O medo, é a tradicional falta de fiscalização brasileira. Nada é fiscalizado. Quando tem, é muito deficiente para um país tão grande. Além disso, historicamente, temos essa prática enraizada (só mostrada ultimamente), do conluio entre Estado e Empresas. O estado finge que fiscaliza, e as empresas fingem que cumpre as normas. Samarco está aí, recente na nossa memória…
um outro exemplo típico, Posto de Gasolina. Basta um simples teste pra constatar que os postos de combustíveis brasileiros, ou adulteram os combustíveis, ou adulteram a bomba, para entregar menos combustível que o marcado. Ontem mesmo vi mais uma reportagem!
.. pois é, quebrado pode estar mas não é o que parece.
senao vejamos: temos 350 bilhoes de dolares aplicados em titulos americanos rendendo 0,5% de juro ao ano. acreditem !!! alguem sabe da SELIC ?
temos 350 bilhoes de reais em depositos compulsorios paralizados no bacen rendendo alguma coisinha para os pobres banqueiros .
mais parece que os senhores envolvidos não conservam entre si, ao inves de fazerem a limonada o quanto antes.