Você pede desculpas ao seu marido, mas ele continua brigando.
Você traz flores para sua esposa, só que ela não o perdoa no ato.
Infelizmente, ação e reação instantâneas só acontecem na física.
Na Psicologia, nas Finanças e na Economia sempre existe um intervalo demorado entre ação e reação.
Não saber avaliar corretamente o intervalo de reação de sua esposa, de seu chefe ou de uma política econômica tem sido a principal causa dos conflitos entre seres humanos.
Não saber ao certo esse intervalo causa enormes problemas.
Primeiro, nunca se consegue avaliar se:
1) suas políticas fracassaram, ou se
2) erraram nas estimativas do intervalo de reação, ou se
3) erraram na dose da ação interventora.
Quando uma política econômica ou social não dá os resultados esperados, os que a implantaram invariavelmente se defendem pedindo mais tempo.
É sempre assim, nunca aceitam que erraram na política.
Aí temos o famoso “mais do mesmo”.
Ou aumentam a dose em vez de abandonar a ideia por inteiro, elevando, por exemplo, ainda mais os juros, dando maiores subsídios, aumentando ainda mais os gastos públicos, e assim por diante.
Foi dessa forma que nossos juros foram subindo, subindo, subindo, em vez de se mudar a política econômica.
Só quando a política está prestes a arruinar o país é que se muda a equipe e sua nefasta política.
Mais para reduzir a possibilidade de este tipo de erro precisa conhecimento e experiencia…esse e o problema das equipes economicas.
Só que as equipes econômicas ou da administração como um todo não são escolhidas no Brasil por competência e sim por interesses políticos. Com poucas exceções como exemplo a escolha do Meirelles para presidir o BC, algumas escolhas chegam a parecerem uma piada.
Brilhante professor!