O Plano Real completará 20 anos em julho, e a imprensa tucana mais uma vez irá alardear o Plano Real como a grande conquista do PSDB e do Brasil.
Nenhum jornalista econômico ou colunista econômico mencionará os grandes erros do Plano Real, que nos afetam até hoje.
Erros que dezenas de pessoas vêm apontando sistematicamente desde 1994.
1. O Plano Real aumentou o imposto de renda sobre lucros reinvestidos nas pequenas e médias empresas de 25% para 42 a 65%, dependendo da inflação.
Um erro monumental considerando que o Brasil, supostamente, iria crescer em seguida ao Real, e as empresas necessitariam de muito capital para financiar o futuro crescimento.
O imposto de renda sobre lucros reinvestidos deveria ser zero. Em dois a três anos estes lucros reinvestidos estariam gerando 40% ao ano de ICMS, IPI, PIS, COFINS. Pior, até hoje a maioria dos economistas e jornalistas econômicos sequer sabe que o imposto de renda nas empresas é de 42 a 65%, e não vou explicar aqui pela enésima vez.
2. O Plano Real aumentou o imposto de renda sobre ganhos de capital de 15% para 42 a 65 % dependendo da inflação, novamente, quando o Brasil precisava de todo capital possível para investir no crescimento que sucederia o plano de combate à inflação.
Pior, devido a este aumento todos os investidores realizaram rapidamente em 1994 os seus ganhos a uma alíquota menor, tirando uma bela porcentagem do capital deste país em circulação.
Enquanto o setor privado transforma receita em capital e investimentos, o Plano Real transformou capital e investimentos em despesas. Lembre-se que o PSDB é um partido de esquerda, e viu com bons olhos a taxação absurda do capital e da acumulação do capital para fins de investimento, por estranho que isto pareça para nós progressistas.
3. O Plano Real aumentou o imposto de renda sobre juros de 20% para 30 a 50%, aumentando assim o custo dos empréstimos, justamente quando o Brasil precisava de financiamento para o crescimento.
Pior, esta alíquota se tornou incerta, amurando a incerteza da renda fixa, e portanto aumentando o juro real.
Ou seja um enorme tiro no pé, e é de se questionar como nada disso foi noticiado ou comentado pelos milhares de economistas que temos.
Pior, a maioria sequer sabe a que estou me referindo porque eles vivem num mundo nominal e o mundo vive no mundo real, qualquer contador ou administrador sabe isto.
4. O Plano Real congelou o patrimônio contábil dos bancos brasileiros ao nível histórico de 1994, um erro monumental.
Congelaram os limites impostos pelos acordos da Basileia, justamente quando o Brasil precisava crescer.
Tínhamos, até cometerem este erro, um sistema dos mais modernos do mundo onde os bancos poderiam emprestar 12 vezes seu patrimônio corrigido anualmente pela inflação.
No resto do mundo, o critério era 12 vezes corroído pela inflação, o que levou os bancos a criarem os derivativos tóxicos, os subprimes, como forma de contornar esta besteira.
Incrivelmente introduziram no Brasil a regra americana de 12 vezes o patrimônio corroído pela inflação, congelamento que perdura até hoje.
Por isto os bancos brasileiros mudaram o seu negócio, concentrando-se mais em serviços do que empréstimos, única forma de contornar a mesma besteira. O Brasil não cresce não devido ao PT, mas devido a estes erros infantis do Plano Real.
5. Os economistas do Plano Real usaram a média de preços dos últimos três meses em URV como sendo os novos preços corretores na nova moeda, o real.
Todos os preços públicos foram convertidos por esta regra simplista.
Esqueceram dos ajustes dos ativos e passivos monetários, dos ganhos e perdas com inflação que deixariam de existir, razão da preocupação do Presidente da TV Cultura em que FHC consultasse contadores de custos, ao qual me referi no artigo anterior Plano Luca Pacioli – O Paper Que Resultou no Plano Real
Este erro obviamente gerou uma nova distorção nos preços em reais. Desestabilizaram os preços relativos a curto prazo, como os demais.
Não tenho os dados necessários para esta afirmação, mas suponho que foi o que gerou o erro de precificação do dólar inicial, um problema de fato complicado, e que geraria a crise cambial anos depois.
6. O Plano Real determinou a proibição das empresas de contabilizarem corretamente sua contabilidade. Uma total contradição interna no Plano, que como vimos no O Paper Que Resultou no Plano Real a essência do Plano Luca Pacioli foi mostrar que um país precisa de uma contabilidade forte como precondição para por fim à inflação.
“Não é a moeda de um país que precisa ser forte. É a contabilidade que deve ser forte e precisa. Todo país requer um sistema de referência confiável, que permita aos indivíduos registrar e comparar preços. Não que nossos economistas não soubessem disso, mas achavam que a única saída era lutar por uma moeda forte, o que traria como consequência uma contabilidade forte.”
Hoje as empresas são proibidas de publicar seus resultados verdadeiros, seus lucros reais, ativos reais e patrimônios reais, este já abordado no item 4.
Irônico para um Plano chamado Real, obrigar as empresas a contabilizar tudo em termos nominais e não reais, como era feito.
Hoje, todos os demonstrativos financeiros publicados pelas empresas brasileiras são falsos, não espelham a realidade financeira das empresas.
7. Voltamos assim ao passado, para um sistema financeiro em bases nominais, e não reais.
Todos sabemos que o juro nominal é uma ilusão monetária, algo que Pedro Malan, André Lara Resende e Gustavo Franco sabem exatamente o que significa, e como é imoral porque engana o pequeno investidor.
Juros nominais também distorcem o imposto de renda que se tornará incerto, como o juro real se torna incerto, aumentando o risco de operações de renda fixa, e com as consequências abordadas em 1,2 e 3.
Em 2000, Malan lançou o Global Bond 40 com juros nominais, fixos de 13% ao ano por quarenta anos, sem ter a menor ideia de qual seria a inflação americana em 2002, muito menos em 2022. Hoje, a inflação americana é zero e estamos pagando a maior taxa de juro real do mundo lá, e não aqui. Pagamos agora 13% de juros nominais a mais, em vez de 0% de juro real. E o Plano é chamado de Real, e nem pensaram nisto.
8. A inflação continua, o real hoje vale 1/5 do que valia, R$ 100,00 de 1994 valem R$ 22,40. Tudo porque a inflação continua superestimada. Continuam usando os preços a prazo, sem trazer o valor à vista antes de colocar nos índices de atacado. Continuam usando preços de amanhã, para calcular o índice de hoje. No Livro “O Brasil Que Dá Certo”, que foi entregue a Pedro Malan, FHC, Ciro Gomes então Ministro da Fazenda, terminava com o capítulo, com o subtítulo “Porque a Inflação Voltará Apesar do Plano Real”. Era uma republicação do artigo A Superestimação da Inflação, a Razão do Fracasso dos Planos de Estabilização.
Vou parar em oito erros para não parecer um chato ranzinza, mas são oito erros que merecem discussão ou senão uma CPI, e não se pode comemorar vitórias sem mencionar os erros que perduram há 20 anos.
E é também necessário refletir como a nossa imprensa tucana – a Miriam Leitão que escreveu todo um livro sobre o Plano Real, o Clóvis Rossi da Folha, o Celso Ming do Estadão, e assim por diante – escondeu tudo isto do povo brasileiro por 20 anos, porque há 20 anos estes erros perduram.
Menos a Veja, por incrível que pareça considerada tucana, mas não o era naquela época.
http://veja.abril.com.br/070704/ponto_de_vista.html
http://veja.abril.com.br/020305/ponto_de_vista.html
http://veja.abril.com.br/090604/ponto_de_vista.html
http://veja.abril.com.br/030500/ponto_de_vista.html
Algo para se Pensar
E por que, durante os 12 anos do PT isso não foi corrigido? Entendo que em algum tempo estes e outros problemas estruturais são normais por diversas questões, mas persistir no erro e culpar a gestão anterior, de 20 anos atrás, é um problema sério de vontade política.
Corroborando com o que escreveu o Edson Oliveira, realmente resta a pergunta por ele formulada, infelizmente sem resposta. Estranho ainda mencionarem o nome de Antoninho Marmo Trevisan (vide Trevisan Auditoria) como indicado ao FHC sem que nunca fosse procurado. O PT, pelo visto, incorreu no mesmo erro. Pode ter ocorrido em pior se consultou o prestigiado e competente contador e dele nada aproveitou. Diga-se de passagem, o que mais temos visto eh o uso da Contabilidade, neste caso a criativa. Outro dia o Guido Mantega chamou empres’arios, jornalistas e tantos outros com visao cetica em rela’c~ao ao atual “status quo” de pibinhos e infla’cao crescente de “nervosinhos”, como se fosse o papai sabe tudo. Tenho que considerar neste caso descrentes ao inv’es de nervosinhos. No mais, vejo como oportuna a discuss~ao at’e aqui. Sou de opini~ao que eh uma forma de contribuir para consolidar senso critico e contributivo.
Professor: Foi difícil sair do atoleiro em que se encontrava há anos. Sem dúvida foi um momento mágico na administração pública. Porém os ajustes, correções e administrações com seriedade, com responsabilidade foram abandonadas e hoje temos o Brasil que temos. Um país duvidoso. Uma pena. Faltou administrador.
Prof Kanitz, ha um item q gostaria de comentar. nao sei se seria o nono da lista ou ficaria melhor em outra coluna.
trata-se da nao quebra da reindexaçao de preços e salarios. anualmente todo preço publico e mesmo de contratos de concessões tem aumento pautado na inflaçao do IPCA ou mesmo do IGPM. ou seja, nao se prima pela produtividade ou pela contabilidade de custos e sim pela acomodação da reposiçao automática, facilitando a vida dos gestores.
Esta é a grande contradição do marxismo. A história mostrou que os ganhos de produtividade , mais valia, são repassadas ao consumidor no livre mercado, mas revertidas para o estado no socialismo.
Caro Prof. Kanitz,
Creio que tua eterna luta contra a falta de visão dos economistas para as questões de natureza contábil por vezes contamina tuas análises, como no caso do presente artigo, supervalorizando a técnica contábil em detrimento de outros valores que foram inicialmente preservados.
Nenhum plano de estabilização da moeda foi perfeito, porém o Plano Real foi o menos imperfeito e os últimos 20 anos mostram isto!
Com certeza teríamos corrigido estes pequenos erros (pequenos em função dos benefícios que o Plano Real trouxe), se nosso governo não tivesse sido invadido há 12 anos por um bando de incompetentes perdulários que diariamente desrespeitam nossa sociedade.
Muito além de Luca Pacioli, há aqui uma autêntica corrosão moral, esta sim, destruindo nosso valor, sensivelmente mais grave que estes “8 erros”.
Falhas contábeis podemos admitir, são corrigíveis – falhas de caráter não! Estas não tem remédio!
Abraço!
Destruir o sistema contábil de um país não é exatamente um pequeno erro. Nem reintroduzir o nominalismo, e destruir o sistema de financiamento deste país.
Esta eterna luta de vocês em minimizarem o estrago que causaram para este país é que é o problema.
Como se comentava nas empresas na época, “o estrago que um economista do governo faz, nem 1000 empresários privados consertam.
Prof. Kanitz,
Lamento ter causado esta reação intuitiva – não sou economista nem “tucano”. De qualquer forma, fica claro o raciocínio dos “8 Erros”.
Grato!
Apesar de saber que, em geral, as iniciativas acabam sendo minadas de alguma forma nesse país, vejo com bons olhos as exigências quanto à contabilidade pública, que segue na direção de, cada vez mais, ter os moldes da privada e padronização mundial. Quem sabe ajuda. O Brasil faz de conta em quase tudo, ficando só na obrigação. Mas, com o tempo talvez tenhamos implantada a contabilidade pública e a transparência que estão no discurso legal.
Pensava que o Plano Real tivesse abolido a indexação. Sou corretor de imóveis em Manhattan e fiquei estupefato ao saber da existência do INC – Índice Nacional da Construção – que incide nos contratos de compra de imóveis no Brasil. Com uma economia tão indexada, a inflação vai voltar, com absoluta certeza. Ninguém sabe quanto vai custar o imóvel quando estiver pronto, fiquei indignado com essa estúpida idéia! Só mesmo no Brasil.
Caro Prof. Kanitz, o senhor pode estar certo em suas afirmações, ignorar os próprios erros (no caso o pessoal do FHC&PSDB) é um erro ainda maior. Contudo, o Plano Real trouxe (de volta?) uma estabilidade que não se conhecia antes e deve ser louvado por isso. Infelizmente Lula&PTralhas estiveram e estão destruindo tudo isso. Receio que viverei minha velhice como vivi a minha infância, na mega-hiper-estúpida inflação.
O PT já está no poder há quase 12 anos, mais que os 8 anos do PSDB. Não dá mais para culpar o passado por tudo, os que estão no poder tiveram tempo de sobra para corrigir e não fizeram, são mais culpados hoje que os economistas do PSDB. Antoninho Trevisan passou pelo governo Lula, porque não convenceu o governante de plantão sobre esses erros? Luiz Furlan, com toda sua experiência no setor privado, tinha suas idéias podadas pelo burocrata Gushiken. Distorções economicas provocadas por acadêmicos de economia bem intencionados existem em todos os países, não só no Brasil. Faço um desafio: Aponte um país que tem uma carga tributária perto de 40% do PIB que possui um crescimento robusto no mundo? Você pode falar que a carga tributária é alta porque falta uma boa admnistração dos recursos públicos, eu concordo com isso também. Porém com os nossos impostos, com o nosso estado assistencialista obeso, não se gerará crescimento sustentado mudando apenas algumas regras contábeis.
A critica é interessante,mais ainda sim fica no ar uma pergunta. Como o FHC iria fazer para alojar uma parte da cambada de vagabundos de estatais demitidos merecidamente de empresas privatizadas? Como o governo iria fazer para manter a sua estrutura estatal em pé sem aumentar impostos? O dinheiro das bolsas governamentais viriam de onde que não fosse via impostos ou inflação? E se o governo resolvesse fazer como deveria ser,isto é,privatizar todas as estatais,reduzir o numero de orgãos estatais burocraticos e salarios,você acha que essa cambada que trabalha nessas empresas estatais ou orgãos burocraticos iriam querer largar a teta? Então………..
O Plano
Real
Naquela
época, O Brasil estava na m…. .3 ministros da fazenda em 7 meses.FHC foi
intimado para ser ministro da fazenda.Eu estava trabahando no computador
,quando vi pela TV, uma enquete dado Lula 50,0 % para a presidencia.Foi neste momento
que eu pensei ,”que m…. de país eu fui nascer.Meus olhos estavam ardendo por
causa do video 14”,mas minha menta estava 100%.Fechei os olhos e comecei a desenvolver
a lógica do plano real.Bom , 2 dias depois ,indo FGV-rj para pegar dados de
outros paises acabei matado a charada da inflação no Brasil.Pensei em mostrar
aos pessoal da PUC-rj , mas logo me veio na cabeça ,”vão me enrolar “..Por
coisas da vida, O pai do Flavio Meira Penna foi embaixador na Polônia, Suiça e
ONU, e estava aposentado e morando em Brasila.Foi neste momento que eu pensei
“Ai esta o canal,FHC -ONU”.Depois de algumas semanas O Flavio começou a fazer
varias perguntas sobre o plano,do tipo 1-“O que voçe quer dizer período
trasitório de 3 a 4 meses . 2- O governo precisa cortar 20% dos gastos. Foram +
de 50 perguntas até dez 94.Quando eu perguntei para o Flavio .”O cara esse
plano é meu .Ele respondeu ,Leusin ,voçe não pediu sigilo e outra, eles querem
que voce vá para Brasília,eu recusei.Eu só voltei a ter contato com o Flavio em
1997,por telefone ,quando ele trabalhava
no JB –rj.A primeira fala dele foi “demorou”.Foi combinado de almoçar no outro
dia, oque não aconteceu ,por que ele ligou para Brasilia e a ordem era “ O
Leusin não pode aparecer”. Eu ´so fiz uma única pergunta “O Presidente e o
Malan sabiam das nossas conversas. Ele respondeu “ Leusin, sempre foram os
maiores interesados”.A partir então ,eu passei a mandar cartas registradas ao
Presidente FHC .Tipo,out-98 ia haver a
desvalorização do Real.FHC foi a TV falar dos problema no proximo governo.Outra
carta,Mar-99 ,R$ 2,15, como deveria proceder para colocar o dólar a
1,75.Arminio Fraga ganhou o crédito.Arminio deu um empreginho a minha sobrinha
”Cintia”no Fundo dele , adiministrado pelo primo..Eu falei para o meu irmão que
não gostei disso. Outra carta 2001 ,a Argentina estava com problemas meses
antes da derocada. .Mas era querida do FMI. O Brasil saiu íleso.Outra carta
“Apagão Eletrico”, nessa eu exagerei, dei um exporo.Na minha área Engenharia
Elétrica .Bom, em mar 2002 ,o pessoal do PT ficou sabendo ,quem eu era .E me
usaram também.Voltando ao plano real,eu falei ao Flavio “Dá pra fazer FHC
presidente”.Eu fui questionado depois “Tem certeza FHC, Presidente.Eu falei
,mole 45% ,2* turno.Eu errei , foi no 1*.E tem muito mais.bye.
Acho fácil demais meter o pau no plano real agora, depois que essa iniciativa cheia de erros nos tirou de um inflação de 2072%
Talvez fosse melhor não ter feito nada afinal. Vai saber.
Hoje nós temos o que? Uns 400 Erros do PSDB uns 400 Erros Do PT talvez mais uns 500 Erros do PMDB.
É muito erro para tanta frente politica.
Realmente algo a se pensar…
Hal-Nacho Loser, entre as melhores práticas de gestão temos uma questão chamada constância de propósitos, isso é que não foi feito. Tivemos o Plano Real, que como todo plano, necessita ter seus erros corrigidos e incorporadas melhorias.
Na realidade o povo brasileiro se acomodou, ou o que é pior, acreditamos que tenha sido uma solução dos tucanos, quando sabemos que foi no governo do Engenheiro Itamar Franco do PMDB, que se cercou de bons economistas, mas não estão entre eles oportunistas políticos, como o ex-presidente Cardoso ou mesmo Ciro Gomes, que disputaram a paternidade.
E tem mais, apresentar uma correta análise, não é meter o pau. Isso somente pode ser dito por alguém que não valoriza boas práticas de gestão, seja na economia, como na administração.
Existe uma briga eterna pela paternidade do plano Real. Foi o Itamar, foi o FHC. o Ciro estava envolvido… Mas um plano desse porte não se faz com uma única pessoa. Isso é óbvio, o que , torna essa discussão sem sentido.
Não posso crer que o Plano Real tenha sido um erro. E para falar em gestão: O que aconteceu é que não houve uma gestão correta do funcionamento do plano pelos governos posteriores.
Pela primeira vez vejo uma análise sobre o real custo de impostos sobre a poupança (investimentos) no Brasil. Inúmeras vezes tenho comentado a cerca do absurdo do imposto sobre o ganho de capital e juros. Mas ninguém entende. Como disse o Kanitz, vivem no mundo nominal. Entre os analistas financeiros mais sofisticados, vários adoram a NTNB. O instrumento que deveria proteger contra a inflação, paga mais imposto na medida em que a inflação sobe. Mesmo com as taxas de hoje, com uma inflação ao redor de 24% ao ano, o ganho real de uma NTNB é ZERO. É o governo o grande ganhador.