A Democracia do Administrador

É isto mais ou menos que acontece hoje na China, embora muitos consideram o regime de ditadura de esquerda. Não é.

As escolhas para presidente são feitas por um Conselho de Administração.

E o acionista, faz o quê? 

Primeiro, votamos no Conselho de Administração.

Mas o mais importante é que temos o poder de derrubar o Presidente quando acharmos conveniente.

Não existe este mandato de quatro anos.

Todo Presidente pode ser demitido a hora que uma Assembleia Extraordinária quiser.

Não é impeachment, é simplesmente mudança de opinião. 

Eu chamo isto de democracia negativa, temos direito de destituir quem não desempenhar a contento.

A qualquer momento, algo curiosamente negado na maioria das “democracias”.

Isto é bem diferente do impeachment, onde o Presidente tem de ter cometido um crime bem definido.

Existe uma outra arma que muitas vezes é usada, que é o takeover.

Às vezes, o Presidente se mancomuna com o Conselho de Administração, e a empresa vai de mal a pior, como é o caso da Argentina.

Nestes casos, grupo de investidores externos compram as ações da empresa a preço de banana e destituem o Conselho de Administração.

Algo que hoje não ocorre mais com Países.

Nenhum país vizinho pode invadir e destituir um governo corrupto, a salvação sempre tem de vir por dentro, o que nem sempre é possível, vide Cuba.

A única coisa que as empresas não têm é um judiciário próprio, mas a maioria tem um código de ética.

Onde basta o Presidente pagar um jantar para uma amiga que será destituído, como na HP. Algo que não ocorre numa “democracia”.

1 Comment on A Democracia do Administrador

  1. Compartilho da mesma opinião, isso já vem se tornando rotina prezado Kanitz….
    Também sou Administrador, com muito orgulho! e quero agradecer todas as suas ações de fortalecimento da nossa profissão…
    Você já faz parte do sistema CFA – CRA’s?

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