[pullquote]Nossos Presidentes loteiam cargos no Executivo para cooptar o Legislativo: é um tiro no pé, uma prática anti administrativa e antidemocrática[/pullquote]
Um deputado do PSDB, reclamou do fraco desempenho do segundo mandato de FHC, ao próprio FHC.
Eis o que FHC respondeu:
FHC: “Paulo, quantos Ministros eu tenho? Quantos Ministros do meu governo foram de fato indicados pelo PSDB, para que eu pudesse fazer meu próprio governo?
Eu indiquei somente o Pedro Malan na Fazenda, Paulo Renato no Ministério da Educação, e José Serra. São muito poucos para eu poder mandar, e como você sabe, eles nem sempre me obedecem, especialmente o Serra.
Eu não mando nem no Executivo, muito menos no Legislativo e Judiciário.”
Quando reclamamos que um governo não fez isto e não fez aquilo, esquecemos que nossa democracia é tênue, porque temos mais de 50 partidos políticos e o partido no qual votamos não tem maioria para “fazer um bom governo”.
O erro administrativo que cometemos é esquecer que a falta de “maioria” é no Legislativo, e não no Executivo.
Lotear cargos no Executivo para cooptar o Legislativo é um tiro no pé , uma prática anti administrativa e antidemocrática.
A função do executivo é “executar e administrar” as lei que já existem.
E não arrumar um jeito para que leis novas possam ser criadas com o apoio da oposição.
Lotear cargos entre partidos de oposição é conflito de interesses.
Quem cria uma lei não pode eticamente executá-la.
O executivo deve ser executado por executivos profissionais, com larga experiência em administração e execução. TODOS escolhidos pelo partido eleito, e o partido eleito será responsável pelos seus fracassos e de seus Ministros.
Muitas vezes se critica o governo PT- PSDB etc, ou de outros governos inclusive este, por causa de um Ministro que sequer era do partido.
Isto porque não amadurecemos administrativamente.
Nossos Presidentes acreditam que farão um melhor governo se fizerem composições com membros de outros Partidos, para aprovar mais leis, e estes Ministros obedecem ainda menos.
E elaborar leis não é função do Executivo.
Imaginem uma empresa onde o diretor financeiro obedece a um partido e o diretor de compras obedece ou é indicado por outro. Isto não existe num país que respeita a Ciência da Administração.
Se o Legislativo sem cargos no Executivo fizer chantagem e não aprovar nenhuma lei, problema do Legislativo que será julgado por isto.
Nós temos leis suficientes para o Executivo executar, e a maioria ainda “não pegou” nem foi regulamentada.
Algo Para Se Pensar.
Uma das propostas do Partido Bem Eficiente é mudar este procedimento.
Todos os Ministros serão do Partido Bem Eficiente, com formação e experiência mais do que comprovada em Administração.
Se o Legislativo quiser fazer chantagem, não aprovar o orçamento, não passar nenhuma lei, chamaremos o blefe.
Pois é… já que as condições atuais são as mesmas, só faltou para ele explicar o fato do governo do PT funcionar e o do PSDB não…
Já tem os Arruda da política (que na maior cara-de-pau ainda vem com aquele argumento débil do panetone para se safar.Desculpa imbecil de deixar vexado Maquiavel.Discipulozinho medíocre!) e como se não bastasse tem também essa bagunça institucional do qual Kanitz nos faz lembrar.”Que país é este?” como pergunta a música.
Kanitz atenta que Fernando Henrique, assim como Lula, cedia às pressões da famigerada política da troca de favores.O próximo presidente precisa, então, de mais um atributo essencial para um governante: a coragem. A coragem para fazer valer seus projetos em prol de um “Brasil melhor” e deixar de lado essas vergonhosas práticas clientelistas que não é de hoje,(como mostra Machado de Assis) permeia toda a cultura -não só a administração-de nossas precárias instituições.
(Que ninguém pense que sou lulista, por favor. Acho que se Fernando Henrique é tido pela imprensa como uma espécie de “princípe dos políticos”, para o povo, Lula é “o Salvador da Pátria”.)
É bem possível que essa idéia de “fazer valer propostas” não seja tão simples assim. Caso o próximo governante tenha -de verdade-a vontade e a energia para reformar o país nos seus mais graves problemas institucionais, só poderá fazê-los aos poucos, imperceptivelmente, e só algumas coisinhas, porque é logico que o legislativo e muitos políticos canalhas irão se empenhar (e muito!porque para isso “eles” trabalham mesmo!) para não deixar de jeito nenhum.
Isso tudo acontece porque os eleitores -por variadas razões-não tem consciência ou condições econômicas para votar criticamente. Enquanto não chegamos à esse patamar de país de eleitores-cidadãos, ficaremos à mercê dos Arrudas,dos falsos democratas, dos DEMOcratas, dos mensaleiros, dos Sarneys e dos Collors da vida.
O problema é histórico. Quem compreende um pouco de processo político sabe que se não houver uma reforma política, não aquela que só trate de financiamento de campanhas, mas que estabeleça cláusulas de barreiras, (para evitar o aparecimento de siglas nanicas, que só existem para favorecer aos interesses pessoais de políticos),de voto em legenda ou misto ou distrital, por exemplo.
Só com formação de bases sólidas no Legislativo e o povo compreender que uma só andorinha não faz verão.
Aí talvez as coisas mudem.
Não existe salvador da pátria.
Estes problemas existem desde o governo do JK, que para se eleger foi obrigado a criar uma aliança entre o PSD e o PTB e outros pequenos partidos, problema que continuou com o Jânio, que na tentativa de modificar o sistema, arriscou uma renuncia na expectativa de voltar em outro contexto,(não tão democrático), com o Jango,aumentou com o Sarney, com o Collor com FHC e agora com Lula.
Quando tivermos um legislativo forte, onde não haja necessidade de alianças amplas, contemplando um arco político que vá da esquerda até a a extrema direita, então as coisas poderão melhorar.
A realidade é que para que tenhamos políticas públicas continuadas, os ministérios não podem ficar a vontade dos partidos,em que os ministros nomeiem seus afilhados para cargos de confiança, temos é que acabar com esta aberração, que só existe em países como o nosso.
Política é para ser feita no Legislativo, o dever do Executivo é executar as políticas traçadas pelo Legislativo, sejam os funcionários de qualquer ministério administradores ou não. Mas que sejam cobrados pelo seu desempenho.
O PT funciona??? O que é que ele criou? O único mérito do Lula (e não do PT) é não ter detonado a base que o FHC deixou!!! O maior impecilho do governo FHC foi o proprio PT!! E funciona na base de quê? Aloprados, dinheiro na cueca, mensalão, realmente, nunca na historia desse pais se viu tanta safadeza num governo só!!
Cara Maria Said, os números são óbvios, mas vou exemplificar já que tem gente que acha tudo a mesma coisa…
O PT manteve parte da política econômica do FHC, sim, ou seja, a taxa de cambio flutuante, superávit primário e as metas de inflação, mas não toda. O PT não privatizou e não quis a receita do estado mínimo para o Brasil, pelo contrário, valorizou as estatais e contratou milhares de funcionários. O PT não arrochou os salários e não achou que aumentos significativos do salário mínimo quebrariam a previdência, de novo fez o contrário do PSDB, o mínimo teve um aumento real de cerca de 60% desde 2003. O PT apostou na educação pública, são dezenas de universidades, centenas de escolas técnicas e milhares de professores contratados, já no governo anterior…
Sobre os escândalos nem vou falar, claro que o PT está inserido na política brasileira e tem que jogar dentro de suas “regras” se quiser ter chance, de qualquer forma vou citar apenas dois fatos, o Marcos Valério é cria do PSDB (tem processo na justiça) e segundo o TSE o DEM (aliado incondicional do FHC) é o partido com mais condenações na justiça…
Estou resumindo bastante para não ficar muito longo o post, mas esses são só parte dos “pequenos” detalhes que fazem o Brasil dar certo agora, no meio da maior crise mundial desde 1930, e não nos governos do PSDB. Se poderia escrever várias páginas sobre cada um dos assuntos listados, porém o espaço é curto…
Resumirei então, tem governos que concentram renda e travam o mercado e governos que distribuem renda e fazem o mercado funcionar, não por acaso o Brasil passou quase imune à esta última crise graças a força do seu recém (re-) criado mercado interno.
Interessante, a discussão de Natal com Maria (curiosa associação, nessa época).
Sou contra e a favor, ao mesmo tempo, e tenho opinião menos focada, mas mais básica – válida ou não, como qualquer opinião.
A parte executiva do Governo, para mim, é como o zelador do meu condomínio. Deve fazer as coisas funcionarem, aquelas que não dependem dos condôminos, e fazer que as regras da convenção sejam respeitadas. Por isso é chamado de Executivo.
Qualquer tentativa do Executivo de alterar a Convenção deve ser, primeiro, proposta por um condômino, ou seu preposto, e aprovada em Assembléia. Se o Executivo “compra” um condômino/preposto, para mim é um problema de ética – dos dois lados.
Voltando ao Governo. O que se vê é o Executivo comprando apoio, com todo tipo de moeda, de cargos a enchimento de cuecas e impunidades.
A discussão se é esse ou o anterior o culpado é bizantina. As raposas já tomam conta do galinheiro. Alguém aí conhece um político – qualquer dos poderes – que ficou mais pobre depois de eleito?
Papai Noel não existe, para os que ainda não perceberam.
Democracias devem ter um sistema polí
tico viável, no Brasil não é possível, os deputados não representam ninguém só os que patrocinaram finaceiramente suas campanhas.
As democracias eficientes tem voto distrital, elas evitam a proliferação de partidos fisiológicos e fazem com que cada deputado e eleitor saibam exatamente quem é o representante e quem são os representados, isto faz toda a diferença.
No Brasil Janio Quadros quiz governar sem co Congresso, e deu no que deu, Collor quiz roubar sem a participação do PMDB, e também não foi bem na sua propositura.
O actual sistema não funciona!
Caro José Carlos G. Ribeiro, discordo da tua afirmação que essa seria uma discussão bizantina, uma discussão bizantina não leva a nenhuma conclusão e geralmente acontece quando não se tem dados confiáveis para apresentar, não é o caso da comparação entre os Governos do PT e do PSDB, onde os números existem, são confiáveis e são claramente favoráveis ao primeiro.
Concordo que a questão ética deva ser trabalhada em primeiro lugar, mas não podemos esquecer que uma questão de base e que os políticos que elegemos são, sem dúvida, reflexo do pensamento médio do nosso povo. Acredito que estamos crescendo nesse ponto, mas demoraremos muito para chegar num ponto que a discussão seja puramente técnica e o conflito de interesses financeiros não se sobreponha à razão e ao bem comum. Aliás, não conheço sociedade no mundo onde isso ocorra em maior ou menor escala.
A peleja nos USA no momento é porque um partido no momento na oposição não concorda com as propostas da então “situação” ,tem a coragem de paralisar serviços essenciais mas não ficam ao meu ver com esse toma la dá cá em busca de ministérios e favores nos escalões.São somente dois paritdos e pronto.Nosso mega super power pluralismo já passou em muito da conta.Nesse modelo que aí está tudo vira comércio de influência e favoritismo.Essa praga de favorecer partidos ,se espalha em todos os escalões ,vide que há pouco tempo tínhamos, ou ainda temos não sei, um diretor de garagem.É de morte isso….
É isso Rogerio, O povo tem que mudar (algo chegando às raias do impossível). Mas como fazer? Educação e Cultura. Os governantes, desde sempre mantém o povo na imbecilidade(de muitas formas), vejamos como são as atitudes dos sinistérios envolvido. Olhemos para suas ações(algumas até IMORAIS). TALVEZ meus bisnetos terão dias melhores. VOTE: 000+CONFIRMA.
Djalma,
Você realmente acredita que anular o voto é a melhor solução? Se uma pessoa instruída como você está abrindo mão do seu direito de escolha, o que sobra para a grande maioria da sociedade que não tem a educação e cultura que você comenta?
Abraço
Apreciado Alexandre, Não estou abrindo meu direito de escolha, só quero escolher bem! Acredito mesmo em outra solução, por duas razões: 1ª A ‘qualidade’ dos oferecidos é lamentável. 2ª e principal para mim, forçará que venham novos candidatos. VOTE: 000+CONFIRMA. Aquele abraço.
Seus artigos são excelentes, sempre relatando o que ocorre na política brasileira e o que deveria ser feito para o Brasil ser bem administrado.
O Partido Bem Eficiente vai realmente existir?
KKKK. Bem eficiente? pra que? ou melhor pra quem?
Sugestão: parlamentarismo à Westminster, não necessariamente monárquico?
Resumindo: os presidentes cedem ministérios em nome da governabilidade, mas esses mesmos ministérios o impedem de governar.
Espero que o presidente eleito no ano que vem já chegue no Planalto com esse artigo lido – e introjetado.
Outro problema também é que a cambada que está no executivo não está nem um pouco preocupada/interessada em governar. Quer apenas se ‘manter’ no poder e com isso, gozar das bene$$e$ : O povo, ora o povo, que se exploda. Então,temos um executivo sem liderança de fato e um legislativo ‘comprável’. VOTE: 000+CONFIRMA.
Assisto a alguns especialistas de diversas áreas comentando sobre problemas diversos em programas do tipo “Em Pauta” ou “Entre Aspas”, ou mesmo em outros programas. Por mais que esses especialistas falem e justifiquem os problemas da área em questão, tenho dificuldades em NÃO relacionar as chagas que infectam o país à nossa falta de compromisso. Perdemos a noção do que é ser compromissado com o dever próprio de cada um.
Na grande totalidade da população brasileira, preocupamo-nos mais com o interesse próprio do que com o bem comum. Nada de errado em buscar o interesse próprio, é saldável, mas há uma barreira, há um limite a este individualismo e esse divisor é o “alheio”. Se prejudica o próximo, pronto, aí está a linha divisível!
Há uma ganância desmedida por dinheiro, por enriquecer a qualquer custo. Isso torna-se tão claro quando vemos, dia após dia, reportagens divulgando um número infindável de escândalos financeiros e administrativos na esfera pública.
O que dizer do sumiço de seis vigas de aço retiradas do elevado Perimetral, que pesam 20 toneladas cada uma, pertencentes à prefeitura? Faltou compromisso de quem era responsável por guardar essas vigas, faltou compromisso de quem era responsável pelo projeto, faltou compromisso de muitos em muitas áreas, compromisso com o dever inerente a cada um!
Assim também é na esfera política: falta compromisso com o dever de cada um em sua respectiva área, seja municipal, estadual ou federal.
O compromisso de um vereador em qualquer município, além de fazer leis, é desenvolver o município, é elaborar projetos sociais que deram certo em algum lugar, copiá-los, adequá-los e implementá-los, da melhor forma possível e da forma mais barata possível, afinal, o dinheiro é público!
Mas a ganância individual fala mais alto, sufoca o compromisso para o qual cada profissional foi efetivado em algum cargo! Tem-se que obter alguma forma de vantagem!
Não devemos imaginar esses “descompromissos” somente nas esferas mais altas não. Lá é somente o reflexo do que se passa aqui embaixo, lá é só o acúmulo dos muitos deslizes que cometemos aqui, no pouquinho em pouquinho.
Cada imposto de renda que se mascara é a falta de compromisso com o tributo devido, cada veículo profissional que se usa em assuntos particulares é o descompromisso com empregador, cada sinal vermelho que se avança no trânsito é o descompromisso com o direito do outro de trafegar calmamente em sua vez!
Estamos assim, destituídos do compromisso com o que é certo, destituídos do descompromisso com a moral, com as leis, com as regras!
Por mais que aqueles especialistas que aparecem nos programas televisivos tentem apontar o que está errado, não consigo NÃO nos ver como um povo descompromissado com o que é certo!
Brilhante, parabéns ;realmente é a única coisa que falta:COMPROMISSO
Obrigado, Rudolf Oehling!
Cada um é dependente de quem o promove. O PT é subordinado ao socialismo internacional assim como o Lula, Dilma e demais socialistas são subordinados ao PT que é o braço operacional. O que esta em jogo é o socialismo, o Brasil, para eles está em segundo plano, serve de teatro de operações. A estratégia é montada no Foro de São Paulo pelos Castros, as FARCS e dirigentes petistas juntamente com outros radicais de esquerda para implantação do socialismo na América Latina. Esta anarquia administrativa que o Prof. coloca muito bem, faz parte do jogo socialista para desestabilizar as estruturas sociais existentes e possibilitar o controle político e econômico dos países. Claro que não pensam num modelo cubano ou soviético para o Brasil e outros. Mas um socialismo baseado no pensamento de Antonio Gamsci, que privilegia os direitos individuais, o domínio político dos governos e o controle da economia por meio de altos impostos, legislação anti liberal e distribuição de benefícios do tipo bolas, cotas, isenções de impostos e empréstimos subsidiados.
Análise muito acurada…
Acurada não… PATÉTICA.
Mais um olavete…
Político bom é político morto!!!
Kanitz, os presidentes, governadores e prefeitos podem mudar a cada 4 anos, mas quem governa o país é o funcionário público que vc vê na repartição pública ao longo de toda a sua vida , esta turma é o que existe de mais errado, viciado e corrupto em todos os governos .
Pode ser o João ou a Maria governando que tanto faz.
Imagine vc ter garantia de emprego eterno sem ter nenhuma contrapartida, não funciona.