[pullquote]O endeusamento do PIB e do pleno emprego como meta política é a causa do aquecimento global, da destruição da ecologia, do desmatamento florestal, da poluição global e do crescimento exponencial do lixo.[/pullquote]
You must be logged in to post a comment.
Copyright © 2020 | Blog do Stephen Kanitz
Excelente artigo.
Acredito que, mesmo do ponto de vista dessa economia “estreita”, focada apenas no PIB e no pleno emprego, o investimento em produtos de alta durabilidade pode sim valer a pena. Afinal, o dinheiro investido a cada 2 ou 3 anos em determinados eletrodomésticos e artigos tecnológicos poderia ser direcionado para outros produtos da mesma classe (uma segunda ou terceira televisão, um freezer ao invés de comprar uma geladeira) ou ainda para atividades como turismo, entretenimento… coisas que manteriam o dinheiro circulando, bem como o índice desejado de PIB e emprego.
No entanto, o “esforço” necessário para se fabricar produtos mais duráveis implica, em grande parte das vezes, na compra de patentes e no investimento em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. E esse tipo de investimento ainda é visto como “custo” pelo governo e pelas empresas no Brasil – embora eu reconheça que a situação melhorou nos últimos anos.
Certamente, os economistas deveriam fundamentar melhor os seus conceitos, mas não acredito que, de uma forma geral, a Índia escute os economistas certos e nós os errados. Parece-me que a situação é um pouco mais complexa e que o Brasil precisa adotar uma cultura de geração de patentes, parceriais com universidades e importação de conhecimento aplicado (trazendo cientistas e engenheiros de fora para cá), a fim de montar centros de P&D dentro das nossas empresas. Por aqui, infelizmente, os estagiários e trainees das grandes empresas são doutrinados com normas corporativas/corporativistas e boatos do ambiente de trabalho, isso quando não estão sendo utilizados para tirar xerox e buscar quitutes na confeitaria do bairro.
Na faculdade havia visto uma ideia parecida no livro do Guerreiro Ramos, o qual dizia que o PIB não mensurava a riqueza dos países, mas apenas as transações comerciais, ou seja, se um bem o um serviço fosse produzido e utilizado, mas não comercializado, não entraria no PIB. Não se considerava propriamente o conceito de valor.
A tua explicação, para a produção de bens ou para atividade primária, é muito mais clara, objetiva e simples.
Como não vi isso na faculdade?