Ou, ele pode ser alguém com dificuldade de relacionamento, razão pela qual foi ele o despedido em primeiro lugar, e não o seu colega incompetente e puxa-saco.
Isso pode parecer que estamos “culpando a vítima”, o que é considerado politicamente incorreto, mas, em ciência, é necessário seguir em frente.
Mas vamos parar para pensar.
Talvez o problema é que as soluções neokeynesianas como seguro-desemprego, estímulos fiscais e econômicos não funcionam, como de fato muitas vezes ocorre, quando o que precisamos são estímulos psicológicos.
Em vez de mais medidas econômicas, os desempregados, uma parte deles pelo menos, precisa de “coaching”, terapia psicológica, aprendizado de técnicas sociais, e assim por diante.
O problema é que ele, o desempregado, não se coloca disponível para ser contratado; ele conhece menos pessoas do que a maioria da sociedade.
Em todo caso, antes que saiam me criticando, especialmente se você é um destes desempregados, explique então porque a pesquisa CNT não aponta 100% de respostas, se sabemos pelo IBGE que “somente” 10% dos brasileiros estão desempregados, e a maioria das pessoas, em média, conhece muito mais do que quatro pessoas sem emprego.
E diga também: por que ninguém da CNT percebeu algo errado nas respostas se todo mundo sabe que somente 10% das pessoas estão, de fato, desempregadas, tornando a pesquisa desnecessária?
Algo para se Pensar.
Discordo das conclusões.
A pesquisa não é sobre desemprego.
As perguntas enunciadas são sobre desemprego CAUSADO PELA CRISE MUNDIAL. Ora, eu posso saber que Fulano, Sicrano ou Beltrano estão desempregados. Mas não sei a causa disso (quando muito, vou saber a causa mais próxima – a empresa está com prejuízos; e não a causa remota – a empresa está sendo afetada pela crise econômica mundial). Se você me perguntar se conheço alguém desempregado, direi que sim (um número próximo de 100% das pessoas dirá). Agora, se me perguntar se conheço alguém desempregado EM RAZÃO DA CRISE MUNDIAL, direi que não conheço, pois não consigo determinar a causa mais remota do desemprego dos meus conhecidos (daí o resultado próximo de 40%). Abs.!