O Poder dos Homens G

“Será pior do que 1929”, berrava o publicitário Nouriel Roubini, assunto que ele mais entende, encantado com sua súbita notoriedade, correndo de entrevista em entrevista.

“Será igual a 1929”, afirmava o outro G Paul Krugman, quando o correto teria sido o silêncio.

O desemprego nos Estados Unidos não chegará aos 24% de 1929 nem 4.000 bancos quebrarão. (texto publicado na Veja em 2008, e de fato não chegou nem perto dos 24%)

E, mesmo que 4.000 bancos quebrassem, o dinheiro hoje estava em fundos DI, e não em contas remuneradas.

Os fundos DI e de investimento estão no nome dos cotistas, e não dos bancos.

Os Homens G conseguiram, com suas previsões, provocar uma corrida aos fundos de investimento, e não aos bancos, como em 1929.

As fotos do publicitário Roubini rodeado de mulheres são sintomáticas de alguém que quer ser associado aos alfas, ao contrário das fotos de Hank Paulson e Sheila Bair, do FDIC (a agência federal de seguro de depósitos), tentando conter o estouro da manada.

Como nessas horas nossos instintos são parecidos com os dos animais, Homens Tipo G contaminam gente inocente.

O homem Tipo P e a maioria das mulheres têm coisas mais importantes a fazer no meio de uma crise, como cuidar das crianças e das finanças em perigo, do que dar entrevistas.

Não se culpe por ter se deixado levar por homens que você achou que eram mais inteligentes do que você.

A crise caminhará para o fim quando os Homens Tipo G cansarem de correr.

Na próxima crise, tenha mais cuidado com o poder de persuasão e sedução dos homens que querem aparecer.

Aplique seu dinheiro com homens ômega mais velhos, preferencialmente avós experientes, gente que não se abala com crises, pois já as viu acontecer muitas vezes.

Ignore solenemente os homens alfa, daqui por diante.

Eles são um atraso evolutivo e estão em extinção. Vire a página, mude de canal.

Ouça mais aquele homem ômega que você tem em casa, aquele que não se desesperou, correndo e berrando “fogo” numa casa de espetáculos.

Confie naquele que lhe deu apoio e proteção, naquele que se preocupa com os retardatários e que ficou ao seu lado.

Eles são os verdadeiros “machos” da história da humanidade, o resto é balela e encenação.

UA-1184690-14