Ela era do campo “ensinar a pescar”, grande opositora da filantropia e do assistencialismo.
Recusou por oito anos nossos convites para entregar o Prêmio Bem Eficiente, para as 50 Melhores Entidades Beneficentes deste país, convite das 50, não meu.
Me acusava publicamente ser um “elitista”, por mostrar as melhores, as eficientes, os padrões de excelência.
Sua Educação Solidária tinha tanto dinheiro inicialmente quanto o Bolsa Família, mas todo o dinheiro ia para os professores e tias, que gastavam os seus salários nos shoppings da cidade.
Favelados saíam com “conhecimento”, mas continuavam pobres.
No Bolsa Família, o dinheiro era doado, mas era gasto na própria favela gerando um comércio e e um efeito multiplicador de atividade interna.
Se FHC tivesse cuidado do social e não sua esposa, sem poderes para tal diga-se de passagem, e sem mandato, ministério, a história para o PSDB teria sido diferente.
Devido a estas páginas amarelas meu nome ficou associado erroneamente ao PSDB, que pelo acima fica claro que não bicamos.
Esta comparação entre Bolsa familia e Educação solidaria e peculiar e talvez nao percebida pelos criticos dos programas de distribuição de renda. Alias os criticos geralmente não são imparciais.
E é importante observar que os desejos de consumo se alteram com a aquisição de conhecimento, conceder o bolsa familia e obrigar o filho a estar na escola parece ser mais adequado a estrutua deste pais.
Mas quando voce fala de renda percapta, conforme dados do FMI (11) Brasil de USD12k .
Preciso confiar no que leio.
Abraços
Esta sua opinião é extremamente reacionária. Conduz a mendicancia permamente criando dependencia dos menos favorecidos com o estado e desta forma perpetuando no poder governos paternalistas nem sempre eficientes e/ou honestos, que hoj é infelizmente o caso do Brasil. Assistencialismo é uma ferramenta caracteristica das ditaduras sejam de esquerda ou direita. “Ensinar a pescar” é essencial.
NEY, preste atenção, o artigo das páginas amarelas é de 1994, portanto a renda per capita citada é daquela época e não de 2011.
Jorge Derviche, a proposta do sr. Kanitz (e é apenas uma proposta e que ‘pode’ dar certo) é criar capitalismo entre os que não estão inseridos nele para que isso evolua naturalmente, e com essa evolução de comércio e produção esses indivíduos tenham a necessidade de aprender “a pescar” a que você se refere.
(obs.: isso é só discussão teórica sujeita a maiores detalhes e erros)
Parabéns, pelo texto. Concordo plenamente.
A tragédia tucana foi ter se deslumbrado completamente com as ideologias neoliberais.
Por isso deixaram a questão social para a primeira dama.
Não entenderam o erro no passado e demonstram que não estão dispostos a aprender com o erro.
Querido KANITZ. Eu sempre soube que não havia nada em comum entre VC e eles. Desde que comecei a frequentar seu espaço foi isto que chamou minha atenção, especialmente. Espero que continue a dar seu testemunho e a incentivar o BRASIL e os brasileiros com esse carinho que lhe é tão peculiar. Grande abraço.
Kanitz, estou chocado! Nao sabia deste seu posicionamento. Se já o admirava, hj sou seu fã de carteirinha! Como e que se ensina a pescar alguém que esta com fome? Que nao tem o que comer? E claro que e a distribuição de renda direta com a contrapartida do cidadão cuidar dos filhos que fez o pais crescer, melhorar! A pratica provou! Quantos tiveram assistência e puderam, sem ajuda do estado, pagar escolas pros filhos?
Kaniz, quando li esta entrevista em 1994 resolvi que estudaria administração a partir de 1996 (conclui o segundo grau em 95). Hoje acabo de reler a entrevista completa no Acervo Veja e gostaria que você fizesse uma nova projeção, nos mesmos moldes, para os próximos anos. Gostaria muito que ampliasse um pouco mais também sua visão de turistificação do Brasil e quais as oportunidades e ameaças na implementação desta visão. Por último, a quantas anda a criação do Partido Bem Eficiente? (eu continuo sugerindo mudar o nome para Partido do Desenvolvimento Sustentável).