Os militares, diga-se de passagem, foram os únicos que tentaram corrigir este monstruoso erro democrático.
Por que a Revolução de 1964 não fechou o Congresso, criando um partido único e dando R$ 48.000,00 de salário para os 500 “membros do partido”, como na Rússia, China e Cuba? Um mensalão às claras.
Os militares mantiveram o Congresso porque queriam criar uma democracia de dois partidos somente, um de oposição e um de situação, o MDB e a ARENA.
Eles queriam que nossos políticos aprendessem a viver num regime democrático onde a oposição jamais aceitaria um mensalão nem uma comissão, porque eles são o partido de oposição, e não um dos 35 partidos aliados.
Os militares, no início pelo menos, queriam uma democracia funcional, com dois partidos atuantes.
Um partido conservador, aquele que acredita em pequenas mudanças, mas continuadamente. E um partido de esquerda, aquele que quer mudar tudo que está aí, e fazer uma única revolução para depois nada mais mexer.
O problema de partidos conservadores está na definição de pequenas mudanças, e quão frequentes. Podem ser pequenas demais e muito pouco frequentes.
Um partido de esquerda em oposição é a melhor forma de manter o partido conservador atuante, com mudanças frequentes o tempo todo.
E, um partido conservador em oposição é a melhor forma para obrigar uma esquerda a continuar a fazer mudanças depois da “revolução”.
Um partido de oposição é excelente, 34 partidos aliados uma desgraça.
Infelizmente, os militares brasileiros foram totalmente boicotados pela ala que queria um único partido, sem oposição.
Foram estes que deram força aos militares mais radicais e gerou o AI5 e o fim da nossa democracia de 2 partidos, que não conseguimos implantar até hoje.
Portanto, não é o mensalão o verdadeiro problema.
O problema são aqueles que querem um partido único neste país, sem Supremo Tribunal, sem liberdade de imprensa.
E aqueles que querem 35 partidos aliados ao governo, desfrutando benesses sem fazer nada.
Os únicos que queriam somente 2 partidos eram uns poucos militares que já morreram, e que todos os nossos intelectuais e membros da velha imprensa querem que sejam esquecidos.
Agora você sabe o porquê.
Citando o livro “Falsa Economia” de Alan Beattie:
“Nessa época, o Parlamento era dominado pela elite detentora de terras, mas alguns dos parlamentares estavam mais abertos à persuasão, e Sir Josiah distribui dinheiro generosamente entre os mais flexíveis. As contas de 1691 da Companhia das Índias Orientais trazia um notável item especial de £11.372, usados em um ‘serviço secreto’, um eufemismo para ‘propinas’.”
Só isso jé serve de contra-exemplo. Concordo com o financiamento público das campanhas, pois é melhor gastar com isso do que ver os congressistas devendo favores e aprovando leis que prejudiquem o povo causando um prejuízo maior do que os custos de campanhas e de manutenção do Congresso.
“Cada povo tem o governo que merece.” (provérbio popular)
Os “políticos” roubam, desviam, mentem, enganam, e o povo continua votando neles!
Quem está errado, nossa democracia ou o povo?
Prof. Kanitz.
Penso que este seja mais um dos muitos defeitos do Presidencialismo. Não creio que seja solucionado com o financiamento público de campanha. Acho que precisamos é adotar o Parlamentarismo e abolir todos os resquicios de socialismo que estão impregnados na nossa sociedade.
E porque você acha que o Parlamentarismo vai resolver o problema? Não percebestes que sempre se acena com uma nova proposta “que vai arrumar tudo”? A bola da vez é o “Parlamentarismo”, remédio para todos os nossos males…
… ou seja, todos discípulos de Lampedusa.
Para mim, Gilmar Mendes criou a crise no Supremo. DEvemos tentar descobrir porquê Gilmar agiu. Ou achas que a Veja também é uma boa revista…
Adotar parlamentarismo para se tornar um país anencéfalo diante de uma crise como está ocorrendo agora, além de gastar muito dinheiro com eleições anuladas porque não conseguem formar um governo de coalizão.Será que vale o risco?
Revolução de 1964? hein???? alôouu??? ahh, você está falando da DITADURA MILITAR! ok.
Wagner, Boa pergunta!
JottaElle, financiamento público de campanha já!