VEJA — No seu livro e nas suas palestras, o senhor tem pregado uma nova junção para o Estado. Que junção é essa?
KANITZ — A tarefa do Estado não é produzir bens e serviços para a população, mas sim certificar-se de que alguém os está produzindo em condições satisfatórias.
Se ninguém quer instalar rede telefônica no Chuí, aí, sim, o Estado deve tomar a iniciativa.
Mas quando, em consequência desse benefício, o Chuí começar a crescer, o Estado deve vender aquela estatal com lucro, para em seguida cuidar de outra coisa.
Não é justo que os usuários de telefone de São Paulo subsidiem a rede telefônica do Chuí, via Telebrás, em nome de uma função social.
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O Senhor é contra a existência da Petrobrás como estatal?