Para eliminar a corrupção teremos de redirecionar rapidamente as verbas de volta ao seu devido destino, para que sejamos uma nação que não precise depender de dedos duros ou genros que botam a boca no trombone, e sim de profissionais competentes com uma ética profissional elaborada.
Países avançados colocam seus auditores num pedestal de respeitabilidade e de reconhecimento público que garante a sua honestidade.
Na Inglaterra, instituíram o Chartered Accountant.
Nos Estados Unidos eles têm o Certified Public Accountant.
Uma mãe inglesa e americana sonha com um filho médico, advogado ou contador público.
No Brasil, o contador público foi substituído pelo engenheiro.
Bons salários e valorização social são os requisitos básicos para todo sistema funcionar, mas no Brasil estamos pagando e falando mal de nossos fiscais e auditores existentes e nem ao menos treinamos nossos futuros auditores.
Nos últimos nove anos, os salários de nossos auditores públicos e fiscais têm sido congelados e seus quadros, reduzidos – uma das razões do crescimento da corrupção.
Como o custo da auditoria é muito grande para ser pago pelo cidadão individualmente, essa é uma das poucas funções próprias do estado moderno.
Tanto a auditoria como a fiscalização, que vai dos alimentos e segurança de aviões até os direitos do consumidor e os direitos autorais.
O capitalismo remunera quem trabalha e ganha, mas não consegue remunerar quem impede o outro de ganhar roubando.
Há quem diga que não é papel do Estado produzir petróleo, mas ninguém discute que é sua função fiscalizar e punir quem mistura água ao álcool.
Não serão intervenções cirúrgicas (leia-se CPIs), nem remédios potentes (leia-se códigos de ética), que irão resolver o problema da corrupção no Brasil.
Precisamos da vigilância de um poderoso sistema imunológico que combata a infecção no nascedouro, como acontece nos países considerados honestos e auditados.
Portanto, o Brasil não é um país corrupto. É apenas um país pouco auditado.
É, no Brasil se controla mal, se pune mal, todos se lembram de seus direitos e esquecem de seus deveres..Quem quer, acha caminhos e os segue, quem não quer encontra desculpas e fica por isso mesmo. O Brasil discute as causas, discute as soluções e fica esperando, “sentado”, que a coisa mude.
Bem, quando se sabe que o cargo de Ministro de TCU é alçado através de indicação do Chefe do Executivo; que para ser Ministro do STF também depende do grau de aproximação do jurista com o Palácio do Planalto; que se nomeia Ministro da Previdência que não entende nada de previdêancia. Então!..
Concordo em 70 % do que foi colocado, mas um problema é que o Auditor também pode ser corrompido pelo sistema. Não que isso inviabilize a ideia, mas, apenas acho, que temos que criar um serviço de Auditoria, muito parecido como o nosso serviço de correios, o qual até alguns anos atrás, não sei hoje, era considerado o serviço público mais confiável do país.