No Brasil, eles são substituídos por ex-ministros que escrevem justificando seus erros no governo e sobre como se deveria “administrar” o estrago que deixaram.
Em pleno século XXI, temos pouquíssimos administradores com uma coluna fixa na grande imprensa brasileira.
Todo jornal brasileiro tem seu caderno de economia.
Por que não criar os cadernos de engenharia, de sistemas, de advocacia ou de administração para poder ouvir as outras profissões que têm contribuições a dar sobre os problemas do país?
No rol dos alunos famosos da Harvard Business School há dezenas de ministros que serviram ao governo.
George W. Bush foi meu calouro em Harvard, onde ele aprendeu a defender a indústria americana como ninguém, algo que Fernando Henrique Cardoso obviamente não aprendeu em seu
curso de sociologia.
O problema de Bush é que Harvard não nos ensina a fazer guerra, matéria em que Saddam Hussein e Osama bin Laden são professores.
Ele poderia, confesso, ter tido algumas aulas de relações exteriores.
Nunca tivemos no Brasil um presidente formado em administração nem que tenha sido presidente de uma das 500 maiores empresas privadas antes de dirigir todo um país.
Criticaram Lula, mas ele poderá ser o primeiro presidente a ter pelo menos trabalhado numa das 500 maiores empresas privadas do Brasil, as Indústrias Villares. Mas esquecemos disto ao eleger a Dilma.
Vamos torcer para que o próximo presidente e os próximos governadores não se atenham somente a seus amigos de campanha ou a pessoas sem experiência nem formação em administrar enormes
organizações.
Vamos rezar para que sejam escolhidos para o primeiro escalão do governo executivos de primeira e ministros com experiência administrativa, que tomem decisões não por critérios políticos, mas por critérios de custos e eficiência.
Kanitz, não há um exemplo melhor para citar? Bush não é exemplo de nada.