Erros Médicos – Muitos Comentários

Meu artigo sobre erros médicos, onde eu defendo os médicos, foi bastante comentado mostrando os preconceitos e o crescimento da indústria de processar médicos, razão pela qual decidi defendê-los.

Gostei deste comentário de um médico:

Qualquer que acredite que o médico nunca possa errar por favor comece a recitar as mais de 400.000 doenças diferentes conhecidas atualmente.

26 Comments on Erros Médicos – Muitos Comentários

  1. E aqui estou comentando mais uma vez. Assunto espinhoso para mim, que já perdi irmã, tia e outros por imprudencia e/ou negligencia médica.
    Volto a dizer, sou contra a indústria de processos, de todas as áreas. Processos deveriam ocorrer com o objetivo maior de inibir práticas que provoquem o mal (seja a um ou a diversos indivíduos), não para se tornar fonte de renda.
    Agora, em MINHA opinião (que não precisa ser a de mais ninguém, é claro), esse foi um dos piores comentários que foram feitos naquele post.
    Esse jovem estagiário (sim, residente é um estagiário) deveria saber que eu, por exemplo, não fiz medicina, por isso não preciso saber nome ou sintoma das 400 mil doenças. Nem ele precisa saber de todas. Mas, se ele especializar em pneumologia e não reconhecer em um exame a mancha no pulmão do paciente (como aconteceu com uma tia, descobriram o tumor dois anos depois e, quando viram os exames anteriores, constataram que houve imperícia do médico anterior) então tá danado…
    E, se o autor acima está com inveja do valor que um advogado ganha, deveria ter feito advocacia, não medicina!
    Eu escolhi ser administradora de marketing, pois amo minha profissão. E escolhi trabalhar no terceiro setor, mesmo ganhando menos que no mercado privado, pois acredito que ali estou fazendo diferença na sociedade. São escolhas, baseadas nos meus valores e nos meus limites, não no próximo.
    Ainda acredito que, se muitos médicos optassem por admitir seus erros, suas falhas humanas, muitos processos seriam evitados. Falta humildade, Kanitz. Falta bater no peito e dizer: “caramba, errei!” e buscar de alguma forma melhorar as coisas ou simplesmente evitar futuros erros. Muitos não admitem os erros e isso que torna a coisa insustentável.
    Abaixo reproduzo o comentário que eu mais gostei daquele post…
    “Eduardo said…
    Gostei muito do artigo acima escrito e fiquei impressionado com o conteudo dos comentarios. No meu ponto de vista, o autor se refere as injusticas que sao cometidas a alguns medicos que sao julgados pela sociedade antes mesmo de um julgamento oficial.
    O ERRO DEVE SER PUNIDO. Sou medico e acho que o erro deve ser punido. O erro medico e diferente de uma atitude que tomamos embasados estatisticamente. O erro medico e constituido por NEGLIGENCIA, IMPRUDENCIA ou IMPERICIA. Esses tres tipos de erro devem ser(e sao) punidos. O que nao podemos querer e que os medicos sejam Deus e que consigam curar todos.
    Faco parte da classe de medicos mais processada hoje em dia no mundo (os obstetras) e posso afirmar com muita seguranca que muitos dos processos realmente deveriam existir, mas uma grande parcela faz parte de uma industria criada no Brasil onde o rico (medico no caso) deveria prestar toda a assistencia financeira ao pobre coitado(paciente) que sofreu um infortunio. Nao somos Deus, somos falhos, erramos. E mesmo quando nao erramos nossos resultados podem ser imperfeitos pois o ser humano, inclusive o paciente, e falho.
    Acho que esse tipo de comportamento faz parte de um caminho sem volta. Pelo menos por enquanto. As pessoas tendem a aceitar e repetir esses jargoes: Todo policial e ladrao. Todo advogado e safado. Todo politico e corrupto. Todo medico e mercenario.
    Espero que um dia isso mude ou pode ser que cada dia da semana tenhamos que discutir sobre uma profissao ou sobre uma opcao de vida.”
    Faltou humildade ao comentarista que vc citou, Kanitz. Sobrou no comentário do Dr. Eduardo. E os dois defendem seu texto. Não é bacana isso?
    Abraço,
    Adriana

  2. Há um grande problema em alguns temas, não só este, posso citar, ainda, como exemplo, o aborto e outros, igualmente polêmicos. Nenhuma culpa é expurgada com o erro dos outros. Podemos fazer o mundo inteiro errar, mas nada irá aplacar nossa culpa, ainda que ninguém mais dê crédito a este conceito, nossa alma sofre com este. Negá-lo, transformar o mal em bem, mesmo que por decreto, nada resolve.
    Ninguém está falando de um médico que, por estresse, lapso, ou qualquer bom motivo tenha errado. O que parece passar “batido” nestes debates são os valores pelos quais se trabalha, estuda e se estabelecem políticas de saúde.
    Estes valores constituem o pior erro médico. Esperança e ansiedade não são produtos comerciáveis. Estamos criando uma sociedade que tudo pode comprar e saúde se tornou apenas mais um bem, quando não é.
    Se alguém quer ganhar dinheiro com mercadoria, vire engenheiro ou algo assim, não estou dizendo que medicina deva ser um sacerdócio, mas hoje saúde é um produto de balcão.
    Se as relações médico/paciente se dessem em outro nível, os resultados seriam buscados para muito além da relação dinheiro (para o médico) x saúde eterna (para o “cliente”).
    Se o que move um médico é dinheiro (e “longe de mim” dizer que todos agem assim) então é justo recorrer ao “código do consumidor”.
    Este é o verdadeiro erro, o resto, bom… Errar é humano.
    E sim, há uma indústria do crime e da contravenção, onde o sistema jurídico trabalha por dinheiro e por muito dinheiro, mas este é outro bom tema.

  3. Kanitz,
    Não perca o foco. O corporativismo da categoria dos médicos é muito mais forte que seu blog e defende os médicos de maneira muito mais eficiente, inclusive em todas as situações que não deveria.
    Há muito de ‘reação’ nesta onda de processos contra médicos.
    Nossa sociedade se manifesta muito pouco contra as inúmeras ‘incompetências’ sejam elas de médicos, advogados, políticos, engenheiros,etc e estes estão muito bem ‘encastelados’.
    Volte para a administração…
    Marco

  4. Super concordo com o Marco Perin.
    Se existisse um exame como o da OAB, mais de 90% dos médicos seriam reprovados e estaríamos mais seguros.
    Os médicos são os profissionais com uma das maiores médias salariais do Brasil.
    O médico não precisa saber todas as 400.00 doenças existentes hoje, basta que ele acerte a doença do seu paciente, nem que para isso ele precise investigar, se informar, fazer todos os exames possíveis, pedir ajuda aos amigos de profissão.
    E fiz faculdade junto com os alunos de medicina numa bem conceituada faculdade pública. Acreditem: é mais difícil entrar pra medicina do que se formar nela.

  5. Perfeito Adriana Torres
    Minha obstetra descolou minha placenta em um exame de toque e acelerou o parto, sendo que minha filha ainda estava com 36 semanas!!! Minha filha nasceu em um parto muito difícil porq a bolsa não estourava. Nasceu antes do que devia.
    Porq a médica fez isso? Negligencia, imprudência, imperícia? Graças a Deus, minha filha é saudável e o assunto morreu. Mas guardarei pra sempre, na memória, o que essa senhora me fez passar. E saiu impune.

  6. Cris Bispo,
    É bom que tenha comentado sobre este fato, dividido de maneira pública.
    Por que CERTAMENTE houve uma informação torta, em algum momento.
    Nenhum exame de toque, por mais traumático, agressivo e brutal, tem a chance de causar, por si só, descolamento de placenta. E é parte do exame físico, indispensável de qualquer bom médico obstetra.
    Uma “googleada” basica já traz alguns links úteis:
    http://www.digimed.ufc.br/wiki/index.php/Descolamento_Prematuro_da_Placenta
    http://www.medcenter.com/Medscape/content.aspx?bpid=103&id=1197
    Lamento MUITO o ocorrido, imagino o transtorno, o estresse e sua justificada revolta. O que pode ter diversas, diversas causas (mau atendimento, mau pre natal, comunicacao errada ou insuficiente).
    Menos, “descolamento prematuro causado por exame de toque”

  7. Pois é, ninguém espera que o médico tenha de conhecer 400.000 doenças, assim como ninguém espera que o advogado conheça as outras milhares de normas jurídicas vigentes (basta que conheça as de sua especialidade, ninguém pede mais do que isso); convido apenas aos que querem um pouco mais de input para reflexão que se disfarcem de estudantes e passem algumas horas em qualquer faculdade de medicina, especialmente nas horas de “lazer” de nossos futuros doutores para que se entenda a qualidade do material com que é feita grande parte de nossa classe médica; praza a Deus que algum dia efetivamente se criem exames ou outros métodos de admissão à qualidade de médicos para que as faculdades de medicina e seus clientes deixem de ser simples salsicharias;

  8. Parabéns Luís Fernando! Seu comentário colocou o dedo nessa ferida. Estou certo de que são nessas salsicharias que se processam, também, culturas como a soberba e o endeusamento da classe, como se fossem ingredientes indispensáveis ao exercício da profissão nesse país.
    Lamentável mesmo para nossos cidadãos que tanto dependem desse serviço.
    Adm Henry J S Troglio

  9. Ei! Preciso dos médicos! E eles precisam do meu dinheiro!
    É assim na indústria! E a medicina virou isso, uma indústria.
    Acontece que a indústria deve ter parâmetros de atuação. Acho que por isso inventam os ISO.
    O que questiono aqui são os parâmetros dessa indústria.
    Vou falar nos obstetras, pois são hoje, pelo menos no Brasil, o primeiro ser humano a ter contato com os novos seres humanos que chegam, por causa do enorme número de cesarianas que acontecem. Questiono a necessidade de acontecerem! Questiono essa indústria por apavorar e amedrontar as mulheres e llhes enfraquecer os músculos utilizando uma analgesia que as dirige para uma cesariana. Questiono alguns dos métodos dessa indústria ganhar dinheiro. Me parece um case de marketing, aquele da pasta de dentes que ensina como nao fazer.
    Na Australia, uma amiga que queria marcar a data de sua cesariana foi encaminhada
    para um psicólogo para entender porque queria fazer uma cirurgia…
    Mas esse é o caminho que escolhemos para nós, seres humanos. Pelo menos alguns de nós são seres humanos. Na grande maioria, e Me incluo nesta, somos parte do rebanho.
    Grande abraço!

  10. meu amigo, sacerdocio é para padres. Medicina é sim uma profissao, e obviamente um meio de ganhar dinheiro. Vamos parar com esse tipo de estupidez. Falar do que poe pao na mesa dos outros é muito facil. Eu sou medico, trabalho dia e noite inclusive em finais de semana, natal, carnaval, reveillon, semana santa, e por isso mesmo mereço ganhar o que ganho. Estudei 3 anos de vestibular, 6 de faculdade e mais 3 de residencia para conquistar isso. Quer uma profissao que mais estressa do que aquela em que voce vê as pessoas sofrendo, escuta apenas sobre problemas e muitas vezes nao pode fazer nada?
    Amigo, longe de mim ir para o trabalho pensando em apenas salvar vidas. Vou pensando em pagar conta de agua, luz, telefone, escola de filhos, aluguel, igual ao senhor, que escolheu ser “sacerdote”. Penso sim no dinheiro e conto com ele em todo final de mês.
    É bem verdade que voce pode praticar a medicina ganhando muito dinheiro e tratando as pessoas bem, o que nao exige nem um pouco de DOM ou SACERDOCIO. Apenas comprometimento com o trabalho, comum a qualquer profissao.
    É obvio que o medico vai errar, nao poucas, mas muitas vezes, mas tenho certeza que um medico que erra mas demonstra respeito e dedicaçao ao paciente vai continuar sendo bem tratado por ele e sua familia. Sao raros os casos em que tudo está bem documentado, e as partes bem informadas, que terminam em processo.
    e vem cá… nao sao os medicos que funcionam mal, mas o sistema que os impoe condicoes de trabalho ridiculas, cobrando produtividade e esvaziamento das filas dos hospitais que estao cheios porque o governo nao conscientiza a populaçao quanto a forma correta de usa-lo e nem se interessa por qualificar seus profissionais. Afinal, nao é a politica do LULA? O IMPORTANTE É TODO MUNDO COM DIPLOMA?
    E ultima: um medico que é obrigado a atender cerca de 50 pessoas por dia, 250 por semana… calcula aí qual a possibilidade de errar.
    Existem medicos omissos, padres pedofilos, advogados de porta de cadeia, engenheiros que derrubam predios, policiais que extorquem, politicos que roubam e santos do pau oco.

  11. voce fala como se ela tivesse descolado a placenta por querer, como vingança ou sei lá!
    impressionante…
    é assim que os medicos sao tratados, e é por isso que eles tratam, cada vez mais, as pessoas com rispidez, cheios de dedos e cautela.
    ja tentou conversar com a medica? perguntar porque isso aconteceu? se ela sabia de algum risco disso acontecer com o exame do toque? ja pediu ela pra mostrar se vc tem algum exame feito antes que proibia o toque? pois é… mais facil acusar.

  12. Leonardo, se você prestar bem a atenção, estamos de acordo, concordo com tudo o que você disse.
    O erro não é falhar neste e em outro caso, eu vejo o erro no sistema, os bons médicos devem ter todas as condições para trabalhar bem e se há uma profissão que merece uma boa remuneração em função do tempo gasto nos estudos são vocês.
    Veja que minha crítica é contra uma sociedade em que ter muito dinheiro se tornou sinal de reconhecimento profissional, e não deveria ser, uma professora, pobre do interior, mas, feliz com o resultado e a atenção dada aos seus alunos, merecia tento respeito e valorização quanto a presidente da república. Sim, quero médicos sem preocupações com contas a pagar, quero-os morando bem, mas não dou a mínima para um médico, advogado ou seja, lá que for que precisa trocar sua BMW todo ano. Esta sociedade em que ser jogador de futebol é melhor que estudar e ser alguém útil à sociedade.
    Leia o que escrevi com atenção, sem pré-conceitos. Não disse que medicina é um sacerdócio, sem bem que a vinte anos atrás era isto o que ouvia dos próprios médicos.

  13. Fiz faculdade de Biologia em universidade pública no RJ e, lá, tínhamos aula com os alunos de medicina. Piada!
    O reitor cobrou dos professores pq os alunos de Biologia tinham notas mais altas e os professores resolveram a questão aplicando provas diferentes, sendo que as dos estudantes de medicina eram mais fáceis. Pronto. Notas melhores. Olha o absurdo!!!

  14. Desculpa, mas você está desenformado. Descolar a placenta em exame de toque é uma prática comum entre os médicos quando o bebê está passando das 42 semanas e não nasce.
    E o exame de toque é desnecessário e os melhores médicos não praticam mais. Só fazem o exame na hora do parto e não antes.

  15. Das duas uma: ou foi por querer ou foi por erro. Os melhores médicos nem fazem mais exame de toque. Desnecessário e inútil.
    Quando fiz um monte de perguntas sobre o parto, ela disse que não lembrava, que fazia muitos partos.
    Se informe antes de sair falando besteira.

  16. Concordo com a Mariele. Os advogados são aqueles 10% que passaram na prova da OAB.
    Quem faz o Exame de Ordem e não é aprovado, continua sendo Bacharel em Direito.

  17. Cris,
    Não precisa me ofender, com “provavelmentes”, só por que não aceito bovinamente, 100% dos argumentos que você aqui escreve.
    Não é “desenformado”, mas gostaria que me contasse, já que pelo menos nesse assunto, se espera que esteja super-informada, como é que o exame de toque, parte integrante e indispensável do exame ginecológico, passa a ser “ameaça à gravidez”, e que “Os melhores médicos nem fazem mais exame de toque. Desnecessário e inútil.”, por que é o avesso do que se ensina justamente nas tais “melhores faculdades” com os catedráticos de boca cheia e bem formados…
    Agora que você situa melhor, parece que se tratou de uma gestação onde o trabalho de parto não começava, mesmo estando já com 42 semanas.
    Será que você não está confundindo “descolar a placenta” com “romper a bolsa amniótica” ?
    A posição da placenta não tinha sido determinada durante o pré-natal ?
    Ela estava fixada junto ao colo do útero?

  18. Jr,
    Assino embaixo, quando aponta uma doença tipicamente brasileira, que é o excesso de cesareas.
    Inclusive, mesmo com estímulos para que a mãe opte por parto normal, existe um exagero das indicações.
    Mas acredite, não é nenhuma conspiração maléfica de médicos sacanas. Tentamos ter parto normal, mas na sala de espera do consultório médico, foi possível constatar que pareciamos de “outro planeta” ao expressar essa opinião.
    Minha sobrinha, filha da minha irmã, nasceu nos EUA, com um parto normal, demoraaado, mais de 12 horas de trabalho de parto – e imaginava o quanto isto seria difícil de ver aqui no Brasil.
    Lamento muito concordar, quando comenta que medicina virou indústria. Virou sim. Vende-se produtos como “grandes centros de diagnóstico” com as “mais modernas máquinas e exames”, vende-se “próteses importadas”, substitutos articulares e stents cardíacos com preços altíssimos. Nos dobramos à pressão de industrias, não só convênios, mas também aos fabricantes de medicamentos e materiais de alto custo. E nem posso me conformar, ao perceber que isto é quase regra em todas as outras carreiras também.

  19. Quem regula a abertura de novas escolas, mesmo sem condições para formar bons profissionais ?
    Mesmo à revelia de tudo quanto é conselho profissional ?
    Existe muita politicagem na abertura de escolas, já que além de status, é também uma grande fonte de dinheiro.
    E excesso e má distribuição de profissionais (que deixam de se interessar por especialidades “de risco” e menos lucrativas), acabam deixando essas áreas ainda mais expostas, pois literalmente “sobram” para profissionais que tiveram menos opções.
    É terrível mesmo!

  20. Li seu texto a respeito do erro médico, pois, além de gostar de me manter informado a respeito dessa área, vou fazer vestibular para medicina e o artigo em questão possui ótimos argumentos para ser utilizado na redação. Porém, respeitável Stephen, antes de qualquer outra coisa, sou Farmacêutico e não me senti muito confortável quando a professora de português parou a leitura e me olhou sem jeito, após ler a parte que diz: “O risco de nos tratarmos com um SIMPLES FARMACÊUTICO e de nos tratarmos com um médico formado…” Bem… talvez tenhas esquecido de que para ser farmacêutico o aluno faz vestibular, entra numa faculdade e, no mínimo, estuda 5 anos. Ou seja, é um PROFISSIONAL FORMADO! E, por sinal, muito importante na hora de decifrar os “Hieroglifos” escritos pela maioria dos médicos (talvez uma das maiores causas de erros de medicação), além de identificar diversas aberrações em muitas prescrições, sejam elas legíveis ou não. mas, acima de tudo, o farmacêutico é o profissional que sente prazer em ouvir as queixas das pessoas, que se sente honrado em poder ajudar (leve o tempo que levar) e que possui, de longe, os melhores conhecimentos em farmacologia. Portanto creio ser um profissional merecedor de respeito e reconhecimento. Você pode me perguntar: mas então por que você quer ser médico? Fácil… não é por dinheiro, por status, nem por sempre ter tirado 10 na escola (motivos mais que corriqueiros para a escolha dessa profissão), mas sim, por vontade de fazer mais pelas pessoas, por poder, juridicamente, ouvi-las num lugar adequado para isso (um consultório), prescrever o tratamento adequado com letra legível e sem levar em consideração as “recomendações tendenciosas” de certos representantes de laboratórios, prestar atenção às suas condições financeiras para não exigir que, para o tratamento de verminose, por exemplo, um carroceiro compre Annita, um medicamento excelente, mas que custa caro e impacta, e muito, o orçamento dessa pessoa e pode ser substituído por outros tão eficazes quanto, porém com preço bem mais acessível (aliás nunca soube se essas atitudes médicas é fruto de preguiça, insensibilidade ou troca de favores mesmo) . Enfim… quero fazer mais do que “UM SIMPLES FARMACÊUTICO” pode fazer. Mas, dos milhares de simples farmacêuticos brasileiros, posso garantir, a maioria esmagadora, dentro dos limites judiciais e inerentes às profissões de saúde, sabe o que faz e faz bem feito. Com nosso jeito SIMPLES e paciente, com nosso vasto conhecimento farmacológico, SIMPLESMENTE contribuímos, sobremaneira, para o bem estar da população e, portanto, somos imprescindíveis à saúde pública.

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