Stephen Kanitz é administrador (www.kanitz.com.br)
Revista Veja, Editora Abril, edição 2040, ano 40, nº 51, 26 de dezembro de 2007, página 22
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Os italianos chamam de “brasiliano” as pessoas nascidas no Brasil (e eventualmente tb a lingua portuguesa, muitos apesar de saberem que se chama portoghese, gostam de especificar dizendo “brasiliano”).
Muito interessante o ponto de vista. Nunca tinha parado para pensar sobre a origem do termo “brasileiro”.
No fundo acho que é preciso inventar um novo sistema: esse consumismo desenfreado e as diferenças sociais aberrantes não são saudáveis. Nem no Brasil, nem em outros lugares do mundo. Espero que a idéia venha aí do Brasil, um país que está se reinventando e felizmente, melhorou muito nos últimos anos (pelo menos as consequencias desse novo potencial a gente sente aqui na Italia, onde sim vivem italianos, mas o “ano” não é garantia de sociedade perfeita).
Aliás, se posso ser honesta, o Brasil baba muito ovo para os EUA, um país onde o valor das pessoas é medido pela quantidade de dólares que elas produzem e por quantas coisas inúteis os cidadãos conseguem consumir no menor tempo possível.
Quem sabe as novas idéias podem surgir aí do Brasil, nesse momento de otimismo e vontade de mudar?
Até a próxima,
Abs
Barbara
Barbara,
Com relação aos Estados Unidos você esqueceu, ou omitiu, alguns dados de grande importância.
O valor das pessoas é medido pela quantidade de dólares porque se atribui isso à capacidade de trabalho e de inteligência criativa.
Outro dado muito importante, talvez o que marcamais a diferença entre eles e nós brasileiros, é que lá, a MENTIRA é algo extremamente condenável e que levou um presidente ao impeachment.
No Brasil, a mentira é considerada ESPERTEZA, tendo chegado ao ponto de um presidente mentir diariamente, atribuindo a si e ao seu governo, políticas governamentais positivas executadas por governos anteriores.
E se escondendo na mentira para negar atos de corrupção, ou dizendo ignorar o que se passava ao seu redor, mentindo e mentindo a cada dia.
Eu penso na distribuição de renda onde o empresário, se produtor, paga bem para que se produza.
Devemos começar hoje a tentativa de mudar a imagem que o mundo tem do Brasileiro ou Brasiliano, não importa o termo, nos gabamos de tirar vantagem em tudo ou vivemos uma ilusão de felicidade quando conquistamos algo sem sacrifício, é comum ouvirmos a seguinte frase, “não fiz nada hoje no trabalho” com um sorriso no rosto de quem parece ter conquistado algo espetacular, vergonhoso…