De tempos em tempos, um médico comete um erro ao tratar uma personalidade famosa.
O médico é massacrado em público, condenado e julgado muito antes do julgamento legal, por pessoas que não estudaram Direito nem processo jurídico.
Mas por que ninguém comenta os famosos Erros Pacientes?
Pacientes, o que quer dizer isto?
É assustador que ninguém tenha ouvido um termo destes.
Erros Pacientes é o contrário de Erros Médicos.
São os erros que nós cometemos, e aí sobra para o médico.
O fulano fuma a vida inteira, não faz exercícios, come como um cavalo, e aí tem uma complicação médica na mesa de operação, e sobra para o médico.
Uma operação que ele tiraria de letra, vira uma complicação.
E se ele erra na complicação, quem é o culpado?
Se não fosse a complicação, ele não teria errado.
Se você não comesse como um cavalo, você estaria vivo, nada a ver com a incapacidade do médico de se sair bem na “complicação”.
Quantas vezes já vi paciente escolher médico com base no preço?
Isto mesmo, o médico mais barato, sem verificar antecedentes, muito menos diploma.
E aí, espera que o médico mais barato tenha os mesmos índices de acerto que o médico caro, e que atende a metade dos pacientes do que o médico mais barato.
Isto não é um erro?
Um erro sim, só QUE desta vez do paciente.
Menos do que 0,1% das famílias brasileiras deixa R$ 30.000,00 guardado na gaveta para uma eventualidade médica grave.
A sociedade e o próprio governo vivem reduzindo as prestações dos seguros saúdes, e quem sai prejudicado são os médicos, laboratórios, e pasmem – os próprios pacientes.
Você tem de ser o primeiro a se preocupar para que o seu médico não cometa erros.
Cuidando da sua própria saúde.
Por exemplo, reduzindo stress, gordura, fazendo exercício físicos, mantendo seu corpo em forma, reduzindo as suas chances de precisar de um médico.
Muitos médicos erram porque são mal pagos.
Por isto, a maioria dos médicos cuida do dobro de pacientes do que deveria. Sem tempo para estudar, nem de acompanhar você de perto. Mas ninguém quer pagar o dobro.
O responsável final pela sua saúde e da sua família é você, não o seu médico.
Eu possuía uma cópia do Nelsons Pediatrics com o qual eu conferia os diagnósticos do nosso pediatra.
Ele já sabia da minha auditoria e ao sair dizia, “pode consultar das páginas 456 até a 470”, numa boa.
Errar é humano, e você depende do seu médico para corrigir o seus erros.
Cuide bem dele para que ele não cometa um erro cuidando de você.
Se todo mundo levasse uma vida mais saudáveis.
Muitos médicos morreriam de fome…
É claro que o governo sabe dos custo, por isto faz de tudo para todo mundo parar de fumar, praticar esportes, ir para academia. (quantas maratonas, corridas ciclisticas e outras semanas dedicadas ao esporte).
Médicos bom, cobram o dobro, o triplo e nunca faltam pacientes. E quem não tem dinheiro vai no público. E quem atende é aqueles médicos do SUS que nem toca no paciente.
Se pagar bem. Como a maioria ganha por consulta. Será mesmo que vão querer atender mesmo pacientes?
De qualquer forma quem paga a conta sempre será o paciente, alguns com dinheiros, outros com a vida, outros com seqüelas para o resto da vida. E por aí vai.
Wasabi,
Você, assíduo leitor e comentarista do blog, deveria, por uma questão de respeito ao Kanitz e a nós, demais leitores, se preocupar um ‘pouquinho’ mais com a língua portuguesa. Consegui contar 12 erros nessas suas poucas palavras.
Usando a mesma lógica do Kanitz, não é a quantidade do que fazemos mas sim a qualidade e o ‘como’ fazemos que importa e faz a diferença.
Marco Perini, tua arrogância e a tua falta de respeito me deixam muito mais envergonhada do que os erros de português cometidos pelo Wasabi.Em seu comentário sobrou “quantidade” de falta de respeito, e, faltou “qualidade” nos valores básicos de respeito ao próximo. Ambas condições indispensáveis para se viver em sociedade e para se ter o direito de igualmente de exercer a cidadania. Atenha-se às idéias, ao conteúdo, e, nesse caso, não a forma. Como “forma” de respeito ao direito de todos de expressar suas idéias. Cada vez mais este blog me decepciona, ou pelas “ideias” muitas vezes defendidas pelo Kanitz ou pelas “ideias” dos que comentam em seu blog. No mínimo lamentável e dispensável, considero seu comentário.
Kanitz,
Tudo bem que o termo ‘erro do paciente’ não é difundido. Mas basta ligar a TV para encontrar dezenas de programas que alertam para os diversos problemas decorrentes de uma vida desregrada, falta de exercícios, etc…
Toda revista de generalidades (veja e suas concorrentes, super interessante e demais, vip e similares) também tratam frequentemente do assunto. Até os jornais possuem matérias falando.
E em tudo o que vejo e leio sobre isso há uma condenação grande sobre os estilos de vida autodestrutivos. E, nunca soube de alguém que ganhou causa contra um médico que não conseguiu salvar um paciente com complicações. Mas já vi a condenação de atos irresponsáveis.
Aprecio muito as suas matérias, mas acho eu, que dessa vez, a análise foi um tanto superficial para um assunto que está “na moda”.
Abraços de um assíduo leitor de suas matérias.
A senhora Denise Silva é de uma sensibilidade e correção que estão faltando à maioria esmagadora das pessoas. Se 10% dos seres humanos agissem com essa coragem e discernimento nosso mundo estaria mais tranquilo, menos superficial, com mais saúde física e mental.Em relação ao artigo em si, agradeço como médico, alguém disposto a ver o outro lado.
Só tenho a agradecer pelo seu artigo
A pura e sincera verdade, nas magníficas palavras do Professor!
Parabéns!
Maravilho Artigo!
Cara Denise,
Acho que o excesso de condescendência que permeia nossa cultura valorizando mais a ‘boa intenção’ do que a boa execução acaba sendo responsável por inúmeros problemas que vivemos no dia a dia. Se não for assim, tudo é justificável desde um ministro que elabora um péssimo plano econômico, até o pedreiro que coloca a porta no lugar errado na reforma de sua casa. Todos tinham ‘muita boa vontade’ mas o resultado das ações faltam com respeito às pessoas diretamente envolvidas.
Posso ser um pouco rígido com alguns princípios, mas não arrogante nem desreipeitoso.
De qualquer modo estamos quites, eu também considero ‘dispensável’ seu excesso de condescendência
Formidável assistir a esse desfile arrogante de egos inflados. Parabéns aos calorosos combatentes por essa demonstração estupenda de civilidade. Em outras épocas teríamos espadas, suor, sangue e lágrimas. Marco Perini e Denise, gladiadores pós-modernos, e a platéia ao deleite, acenando com polegares em acordo ou desaprovação. É disso q precisamos, pão e circo. Viva!
Alguem me explica o porque ? So vejo argumentos Ad Hominem. Tudo por causa de um trol do Wasabi ? E ainda sobrou para mim ?
Eu fazia questao de deixar aberto os comentarios, vamos com calma.
Vou pedir desculpas em nome de todos, e vamos pro chopp.
Só tenho uma pergunta a fazer: Quantos mecânicos esqueceram ferramentas dentro de um motor de carro e quantos médicos esquecem ferramentas dentro do paciente?E olha lá, a maioria dos mecânicos não devem ter curso superior…!!!???
Numa antiga piada, um mecânico estava consertando o carro de um médico quando o dono do carro chegou e ficou observando seu trabalho. O mecânico pergunta ao médico se ele sabe que o motor é o coração do carro, se ele reparou que a oficina é como um centro cirúrgico, que a limpesa do local é impecável, e que os mecânicos utilizam instrumentos e trabalham com precisão.
O médico responde que sim, e o mecâcnico pergunta: Me explique, então, se existe similaridade entre nossas atividades, por que o senhor ganha 20 vezes mais do que eu?
E o médico responde: tente fazer tudo isso com o motor ligado.
Considero que erros médicos sejam idanimissíveis por tratarem de algo que não tem preço: a vida humana. Mas temos que considerar que o estresse é muito maior. O cérebro é o mesmo, mas submetido a pressões infinitamente diferentes, uma variável aconsiderável a interferir no processo.
isso ronaldo, continue culpando os medicos pelas desgraças…
E os parafusos mal apertados que fazem cair as rodas , a tampa do recipiente do óleo que não se recolocou e o óleo vazou, et. etc. etc.Em todas as profisssões há bons e maus, precisamos saber escolher. Não vale o preço menor.
Sem querer ser chato e já que estamos falando de médicos.
Alguém entende o que eles escrevem? E nem por isto ninguém pega no pé deles.
Em um país tão grande como o Brasil, reclamar porque outro brasileiro escreve errado. E olha que temos representantes ilustres como Lula e Tiririca.
Mineiro: O jeito de falar dos nosso companheiros é muito legal, pois eles adoram cortar as palavras e imendar com outras, fazendo abreviações engraçadas, além do inconfundivel Treem, que significa “coisa” e o Joia “legal”.
Rio: com o seu puxado Ch, S e X, pois são influenciados pelos originadores, os Portuguêses que falam igualzinho, oque maissssssssss posso falar sobre esse povo?
Paulistas: Os Paulistas mesmo puxam bem o R com um som bem abafado e engraçado, por mais que em São Paulo exista pessoas de todas as regiões do Brasil.
Os Gaúchos e Catarinenses onde a colônia européia tem forte sotaque é puxado o R. Em Pernambuco colônizado pelos holândeses o sotaque também teve sua influência. No Norte, colônizado pelos Portugueses que deixaram também a marca da sua cultura.
E agora algumas gírias pra vocês:
Paulistas: Mina, Mano, Puta (com sentido de Muito), Uê, entre outras
Nordestino: Visse(Pernambuco), Oxi(derivação do Oxente), Massa, Leso, Acolá (Ceará), Afolosar, Apartar, Avexado, Baitola, Cagado (com sentido de Sortudo), Cambada, Fulero, Quenga, entre outras.
ps: Coloquei muitas gírias porque é o Nordeste em geral, ok?
Rio: Aê, Boiola, Bolado, Coé, Goiaba (com sentido de destraido), Irado, e mais…
Gaúcho: Tchê, Báh, Barbaridade, Baita, Tri-Lagal, entre outras.
E para encerrar vou falar sobre meu sotaque:
Nordeste: Divide-se com o visse inteiramente pernambucano, ou o jeitinho preguiçoso de falar dos Baianos, mas nenhum outro sotaque é tão legal a ponto dos próprios tirarem onda como o meu Pernambuquês, o Jeitim de Matuto que é muito massa mermo!
Se quer reclamar dá língua, vai na academia de Letras e reclama de porém quem nunca escreveu um livro ocupando uma cadeira de hora.
Se bem que assim como a Física, não tem nada de novo faz um tempão. Bom mesmo era Rui Barbosa, Machado de Assis, Guimarães Rosa. Hoje de bom acho que só Paulo Coelho, mas não tenho vontade de ler.
Como tá muito chato isto. Vai uma piadinha.
Certa fez um estrangeiro veio para o Brasil, achando que falava o português fluentemente.
Nisto ele encontra dois caipiras fazendo café.
Um perguntou: pó pô pó? e o outro respondeu: pó pô.”
Pois é, pois é, pois é…
Justo quando não meto o pau nas suas idéias, isto acontece. Desta vez até concordei que parte da culpa é do paciente.
Mas sem stress. O que seria do mundo se todos pensassem da mesma forma. Afinal administrar é isto ver os pontos fortes e fracos e alocar os recursos excassos da melhor maneira possível. Mas para isto tem que ter no mínimo umas 2 pessoas que pensem diferente.
Caro Kanitz,
Considero muito ilustrativo o seu argumento.
Há uma máxima que diz ser inadmissível que se ocorram erros durante o ato médico…Commo se fosse possível eliminar a natureza humana do médico.
O mais moderno é trabalhar para que o sistema no qual o médico atua se aprimore, e detecte precocemente as situações que favorecem o erro. Então o foco passa a ser a situação contribuidora para o erro, como má remuneração, pouca atualização, poucos recursos materiais e tantas outras. Parabéns pela clareza do texto.
Me parece óbvio que por serem humanos, médicos também erram. Bons médicos erram menos e com consequências menos graves. Mas colocar tudo como questão de pagar mais é bobagem. Existe uma coisa chamada sistema (público) de saúde, que quando é bom ajuda a diminuir os erros médicos. Saúde é um direito, mesmo para quem não tem trinta mil na poupança. Ou não?
Ou seja, para que as pessoas não morram nas mãos dos médicos são necessárias várias coisas: cada um cuidar da própria saúde, um sistema de ensino que garanta boas escolas de medicina, uma boa estrutura de assistência médica, privada e/ou pública, e por aí vai…
Professor, no seu artigo o Senhor explica que “Menos do que 0,1% das famílias brasileiras deixa R$ 30.000,00 guardado na gaveta para uma eventualidade médica grave”. Mas é importante destacar a quantidade de famílias que não ganha issso em 1 ano inteiro de trabalho, inviabilizando tal poupança.