Fico triste em ver tanto esforço de ONGs e cientistas políticos, sociológos e advogados em prol do Ficha Limpa, que na sua essência pretendem “controlar” a ética dos deputados ANTES das eleições.
Parecem desconhecer um dos primeiros princípios da Teoria das Organizações, que se aprende no primeiro ano de todo curso de Administração – “O Poder Corrompe”.
Mesmo fazendo todas as leis possíveis para que somente pessoas que nunca as infringiram sejam eleitas, nada disto garante coisa alguma, porque o poder corrompe.
Quanto mais poder, mais corrupção existirá.
“Poder absoluto corrompe absolutamente”, dizia Lord Acton, e já temos no Brasil um país onde o governo controla 65% da economia, 40% via multas e impostos, e mais 25% via estatais, bancos e inúmeras leis.
Deveríamos gastar tempo elegendo deputados que poderemos controlar DEPOIS das Eleições.
Primeiro elegendo deputados que não farão enormes dívidas de campanha, estimadas entre 1 a 5 milhões de reais. Como eles vão devolver todo este dinheiro? Via corrupção, porque deputado no fundo ganha pouco.
A segunda preocupação é eleger deputados que aceitam ser controlados pelos seus eleitores depois de eleitos. Algo que a maioria não quer – simplesmente somem depois das eleições, não prestam contas, e a maioria dos eleitores até esquece em quem votou.
Deputados que aceitam ser controlados estão divulgando os seus celulares no horário eleitoral, divulgam os seus emails para serem cobrados depois, e têm uma larga experiência em Mídia Social e Internet.
O Projeto Ficha Lima simplesmente irá eleger os deputados mais pacatos e conformistas da sociedade. Mandela, com uma ficha de 27 anos na prisão, nunca seria eleito presidente da África do Sul.
Portanto, vamos usar os conhecimentos da Teoria das Organizações.
O poder corrompe, e a saída é controlar os deputados depois de eleitos, via transparência, segui-los no Foursquare, nas leis que votam, pelo celular, emails, enfim, mostrando que não esquecemos em quem votamos, e que estamos de olhos neles.
Eu não votei no Mandic pelo seu projeto de Banda Larga, nem pelas suas ideias políticas.
Votei no Mandic pelo seu EXEMPLO, um deputado sem dívidas de campanha, que não teria medo de ser controlado pelos seus eleitores DEPOIS de eleito.
Perdemos uma oportunidade e tanto de testar como esta ideia do Mandic funcionaria na prática. Muitos não acreditaram no Mandic, achando que era golpe eleitoreiro, talvez, mas agora nunca saberemos a verdade. Tiririca foi um golpe muito maior, e ele está eleito com mais uns cinco a tiracolo.
Para aqueles que não votaram no Mandic, sinto muito. Nem testar uma ideia nova e promissora iremos.
Eu duvido que convençam o Mandic a se candidatar de novo, perdemos uma enorme oportunidade.
Kanitz,
Pertinente a sua observação, mas creio que não é porque precisamos controlar os políticos DEPOIS de eleitos, que a lei da ficha limpa perde sua relevância. A proposta dela é vetar a candidatura de pessoas que sabidamente se tem conhecimento de erros graves junto ao Estado.
Há algum tempo fiz uma postagem similar: Como saber o que o candidato vai fazer nos próximos quatro (ou oito) anos.
Bruno Saavedra
http://twitter.com/saavedra_adm
“O poder corrompe, e a saída é controlar os deputados depois de eleitos, via transparência, segui-los no foursquare, nas leis que votam, pelo celular, emails, enfim, mostrando que não esquecemos em quem votamos, e que estamos de olhos neles.”
No momento em que li isso imaginei um sistema onde se cadastra o celular ou e-mail do eleitor e qual político ele quer seguir. A cada movimento importante que o tal político faz uma mensagem é enviada para os eleitores…
Tecnicamente isso é possível de ser realizado, mas fico me perguntando se daria certo, já que a maioria dos brasileiros não está nem ai para isso, desde que o país esteja “funcionando” para ele.
Mas concordo plenamente com sua posição, porém o maior problema seria mudar a cultura do brasileiro de não ligar para coisas importantes e só se importar com futilidades.
peço licença para comentar sobre o comentario do colega tiago dos santos e sobre o paragrafo,”O poder corrompe.
Nos que somos politicamente corretos, ficamos tristes de ver que a maioria dos candidatos estão fazendo de tudo para assumirem o poder,são tratores e passam por cima de tudo e de todos e sabe por quê? Porque, eles estão vendo o lado deles, e se estiver bom pra eles está bom proa todo mundo.imagine pessoas assim no poder?
Kanitz,
O que corrompe é a IMPUNIDADE, se tívéssemos uma Legislação mais Enérgica em cima desse bando de Ladrões certamente eles pensariam duas vezes antes de encherem suas cuecas com o dinheiro suado do povo. Mas um ladrão de galinha vai pra cadeia enquanto que um Ladrão de dinheiro Público e traficante de INFLUÊNCIA segue Lepido e Faceiro. Hora além de sermos Obrigados a escolher uma laranja boa num cesto de laranjas PODRES temos ainda que FISCALIZAR atitudes que TEORICAMENTE seriam não MAIS QUE A OBRIGAÇÃO de serem sérias JUSTAS E TRANSPARENTES??? PARABÉNS À REVISTA VEJA QUE GRAÇAS A SUA MATÉRIA DERRUBOU A MINISTRA ERENICE GUERRA!!! A PROPÓSITO ALGUEM CONHECE UM POBRE QUE TENHA CONSEGUIDO EMPRÉSTIMO NO BNDES??? Pode tentar a Vida inteira, empréstimos do BNDES são para”EMPRESÁRIOS” do PORTE do senhor EIKE BATISTA!!! FORA CAMBADA DE CORRUPTO QUE DEIXAM CENTENAS DE MILHARES DE PESSOAS MORRENDO EM FILAS DE HOSPITAIS E QUEIMAM NOSSO DINHEIRO EM CAMPANHAS NO “HORÁRIO GRATUITO” QUE DE GRATUITO NÃO TEM NADA POIS DESEMBOLSAM MILHÕES AS EMISSORAS E TÊEM A CARA DE PAU DE DISEREM QUE NOS
SO PAÍS ESTÁ ELEVADO A CATEGORIA DE BOM INVESTIMENTO? SE FOR AS CUSTAS DA MISÉRIA DE TANTOS NÃO VALE A PENA, AO MENOS PARA A MAIOR ARTE DA POPULAÇÃO QUE É SEMI-ANALFABETA, QUE NÃO TEM ESCOLAS E TAMPOUCO HOSPITAIS! QUE A REVISTA VEJA CONTINUE DELATANDO ESSA CORJA DE ORDINÁRIOS, SANGUINÁRIOS E AGORA PERSEGUIDORES DA IMPRENSA LIVRE!
Nós como eleitores e cidadão temos a obrigação de acompanhar tudo que está sendo feito em nosso nome, e depois não adianta reclamar, pois nós demos a procuração para que façam o que tem que ser feito, em nosso nome, portanto, não adianta culpá-los, pois nós fomos os únicos culpados por isso, pois acostumamos ser preguiços nas questões políticas do Brasil, e o povo brasileiro, fica realmente deitado em berço esplendido esperando que algo aconteça, e na verdade entregamos nossa representação para alguém tomar conta. É como se vosse acreditar nas histórias da carochinha.
Quando é que vamos acordar como povo cidadão brasileiro e tomar conta do nosso país, pois é aqui que vivemos.
Nós como eleitores e cidadão temos a obrigação de acompanhar tudo que está sendo feito em nosso nome, e depois não adianta reclamar, pois nós demos a procuração para que façam o que tem que ser feito, em nosso nome, portanto, não adianta culpá-los, pois nós fomos os únicos culpados por isso, pois acostumamos ser preguiços nas questões políticas do Brasil, e o povo brasileiro, fica realmente deitado em berço esplendido esperando que algo aconteça, e na verdade entregamos nossa representação para alguém tomar conta. É como se vosse acreditar nas histórias da carochinha.
Quando é que vamos acordar como povo cidadão brasileiro e tomar conta do nosso país, pois é aqui que vivemos.
Professor Stephen Kanitz…, para efeitos didáticos, na especificação de rotinas/procedimentos do sistema/tecnologia(especialmente o acesso a cargos do legislativo/executivo/judiciário, em todos os níveis), penso que qualificaria significativamente o processo democrático, no Brasil e no Mundo se os próprios partidos políticos(incluindo suas próprias metamorfoses/dever de casa),incluíssem como atributo/critério o procedimento/rotina “fixa limpa” no momento da afiliação/homologação de pedidos de candidaturas, salvo melhores juízos/controvércias.
Um bom dia… se possível…
Senhor Kanitz… corrigindo… salvo melhor juízo/dicionário.. ficha limpa’… com x(ai/ai/ai)…só de estivesse querendo “falar” que deve ser um procedimento/rotina permanente/”todos os dias”/”noites”… e não apenas um espasmo … pois , a meu ver, este assunto é, antes de mais nada, uma questão de saúde/qualidade/integridade da informação/dados de entrada no sistema político democrático e suas representações nas arquiteturas/designs possíveis nas tecnologias que funcionam como “material didático”/ferramentas de suporte nos processos decisórios complexos, em todos os níveis/ambientes/momentos. Espero merecer desculpas pelo equívoco ortográfico…, pelo menos… OBRIGADA.
O PODER CORROMPE! Esta frase ouví de meu pai por inúmeras vezes ao longo da vida, quando divagávamos nas entranhas da nossa parca filosofia. Ouví também nas aulas de estudos sociais e filosofia no colégio agostiniano em que fiz meus estudos até o colegial. Também ao longo da vida em incontáveis vezes das mais diversas pessoas. É senso comum. Kanitz, essa sua insistência em colocar a formação em administração como a principal “sabedoria” já esta ficando ridículo.
Para se entender de política, basta ser um indivíduo de boa formação familiar, com preocupação no futuro das próximas gerações. Mais conhecimento; mais acertado o raciocínio e assim por diante.
No entanto a sua observação é perfeita quando diz que devemos eleger políticos que não se importem de cobranças durante os mandatos. Ainda deveria haver uma cobrança “contundente” em relação impunidade que graça no país. O ficha limpa, se for aplicado corretamente vai evitar a ação daquele político que aparece pelo trabalho no mandato, mas é corruptor e corruptivel.
Eu que que já passei bem dos sessenta anos, ouví muito nos anos 50 e 60: “Voto no cara porque ele é bom; rouba mas faz”. As empresas e seu donos ou administradores são “pegos” pela policia federal ou o fisco. Políticos e seus indicados só mesmo pela imprensa investigativa; isto não é pelo menos interessante?
Quando a mosca azul pica, não tem jeito.
O FICHA LIMPA NAO EXCLUI O CONTROLE APOS ELEITO. ELE APENAS ACRESCENTA NA GUERRA CONTRA A CORRUPÇAO.AO INVES DE CRITICAR,FAÇA A SUA PARTE E ACRESCENTA UMA FERRAMENTA PRA VIGIAR APOS ELEITO.
Como saber se VOCÊ está votando por interesse próprio:
– A escolha de meu candidato foi feita com base em conhecimento pessoal da família do mesmo?
– A escolha do candidato foi feita pelo parentesco?
– A escolha do candidato foi feita pela simpatia?
– Desconheço a formação técnica do candidato?
– Desconheço as leis que meu candidato propôs?
– Desconheço as leis que o meu candidato votou contra ou a favor?
– Voto em quem tem chance da ganhar?
– Voto em quem sabe “negociar” seus votos, pois do contrario, não obterá nada para meu Estado?
– Não sei exatamente porque voto em meu candidato, sigo o partido de minha família, apenas?
– Voto contra o partido tal?
– Apesar de meu candidato se aliar a pessoas e partidos reconhecidamente corruptos, gosto dele?
– Voto em X, porque odeio Y?
SE VOCÊ RESPONDEU SIM A VÁRIAS DESSAS PERGUNTAS, MELHOR REPENSAR SEU VOTO.
Kanitz, eu o respeito muito e sou um fã do que escreve, inclusive repassando para aquelas pessoas mais queridas.
Agora, comparar o Mandela com nossos Fichas Sujas, foi pegar pessado. Quase como a comparação do Lula dos presos politicos em Cuba com nossos bandidos na cadeia.
Não. A intenção não é eles serem controlados antes da eleição.
É controlar que eles não sejam eleitos novamente!
é algo que tem que ser feito em conjunto com o controle de depois da eleição.
Caro Kanitz,
concordo totalmente com a necessidade do controle social, previsto na Constituição Federal através de vários mecanismos de democracia participativa.
Sou voluntário do Movimento Nossa BH, que tem por missão a articulação de diversos atores na busca por comprometer sucessivos governos e a sociedade com uma agenda comum e um conjunto de metas que busquem a melhoria da qualidade de vida nas cidades.
São hoje mais de 30 movimentos semelhantes só no Brasil e duas das atividades mais marcantes são o acompanhamento do Orçamento Público e do trabalho dos legisladores.
A Ficha Limpa também foi apoiada por nós, por entendermos que será mais fácil controlar e dialogar com políticos que não tenham já provado sua improbibade, concorda?
A teoria da agência é clara: o principal deve criar mecanismos de controle do agente para que o oportunismo seja minimizado.
Você pode conhecer mais no post que fiz a respeito no meu site ou no site do próprio Nossa BH:
http://verd.in/iwv
http://www.nossabh.org.br/
Estamos agora em Rede – existe a Rede Brasileira e a Latino Americana.
Precisamos de pessoas como você para que esses Movimentos ganhem cada vez mais força e possam mobilizar todos os brasileiros!
Bora?
Abraço,
Adriana Torres
Senhor colunista:
Para controlar senadores, deputados e vereadores, nada melhor que o VOTO DISTRITAL, o que torma o eleito vizinho de seu eleitor, podendo facilmente ser reconhecido, cobrado e pressionado.
Com tal medida, os custos da campanha tambem desabam pois o território de influência se reduz.
Professor Kantiz,
…O Senhor Nelson Mandela… antes de fazer o que fez/ser o que é… passou (30?) anos na prisão e… além de estudar… fez “ludoterapia”…quebrando pedra magistralmente…e… se o filme “Invictus” foi fiél à HISTÓRIA… antes… “tornou-se capitão de sua própria alma”… Será que esta abordagem de “prosa” já é possível em reuniões/processos de “afiliação” partidária/representação política em nosso PAÍS???
Bom dia !
Só vai haver controle dos deputados e vereadores quando cada cidadão souber quem é o deputado e o vereador do seu distrito. Do jeito que está organizado o nosso sistema, passada as eleições ninguém sabe quem é o seu deputado, nem ele sabe a quem representa devendo obrigações só a quem financiou a sua campanha.
Nada vai mudar se o sistema não passar a ser distrital.
Kanitz
Eu não faria, nem farei jamais o que o Mandic fez. Que é pedir votos para essa gentalha que infesta este “paiz” miseravel.
Concordo com você Stephen. Mas devemos nos lembrar que muitos desses deputados JÁ FORAM ELEITOS em outras oportunidades, portanto a melhor feedback para eles seria não elegê-los e ponto.
Kanitz
1º A gente precisava escolher os candidatos e não votar em quem o partido nos empurra
2º Gostaria de ler suas sugestões d ecomo controlar os eleitos, e de como demiti-los se eu não estiver gostando do desempenho deles
Professor Kanitz
Saudações
Interessante abordagem sobre o custo das campanhas eleitorais. Um salário de deputado federal de R$26.000,00 / mês por 48 meses (4 anos) acumula um total de R$1.248.000,00. O incentivo das empresas é bem alto e o ditado popular “uma mão lava a outra e as duas lavam o corpo”, princípios morais devem ser resgatados e praticados por toda a sociedade.
Vivemos na era da informação e que esta tenha qualidade. Politicos que tenham transparência em suas ações devem ser exaltados e os contrários levados as masmorras do esquecimento publico. Acredito que todo voto deve ser justo e perfeito para que toda a sociedade seja beneficiada. Político é uma profissão e como todas deve-se exigir um mínimo de qualificação para que seja exercida.
Obrigado
Markito.’.