Como o leitor já deve ter adivinhado, a tese deste livro e o que nos tornou humanos foi a criação da família.
Existem poucas espécies de animais monogâmicos, de machos que ficam ao lado das fêmeas durante a gestação e depois partem para outra.
Mais raro ainda são as espécies que são monogâmicas pelo resto da vida, e criam família.
A minha tese é que o que nos torna humanos é o surgimento de irmãos.
Monogamia cria uma família, que por sua vez cria irmãos. É isso que nos faz humanos.
Irmãos do ponto de vista genético são aqueles que dividem entre si 50% dos genes.
Portanto, os filhos de um casal dividem entre si 50% dos genes e 100% dos genes de seus pais.
Sabemos por estudos elaborados por W.D. Hamilton que o altruísmo humano (e também o animal) é proporcional à quantidade de genes compartilhados.
Ou seja, quanto mais genes em comum, maior a cooperação entre seres humanos.
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São os gens ou a convivência num clima que propicia a aceitação do outro e de suas fragilidades?
Se for apenas os gens estou fadada a não ter o impulso de cooperação com os muçulmanos ou judeus, que não pertencem a minha etinia. O senhor quer dizer que não temos escolha sobre nossas ações? A paz, desse ponto de vista é uma utopia ou fruto do acaso genético?
Compartilho o mesmo questionamento da Ana Clara.
Acho que reduzir o espírito humano à genética e ao acaso (materialismo filosófico, positivismo, etc) sempre produzirá resultados incompletos.
Gostei da tese de Kanitz e da antitese de Ana clara.
A meu vê, a abordagem do senhor Kanitz contempla a familia como a base de uma sociedade saudável, pois, quando se aprende a viver bem em familia, viverá bem também na sociedade, respeitando ums aos outros, independente da etnia a que pertencemos. Como Disse Maz Lucado: “De fato a maior parte dos problemas são resolvidos quando amamos uns aos outros”.
Reducionismo por reducionismo fico com a tese amalucada de Robin Baker. Somos o fruto de uma guerra que começa no útero antes mesmo de nascermos. Família é um fenômeno econômico.