Família/Lição 31 O Que Nos Torna Humanos?

Este tem sido um tema filosófico milenar. O que nos torna humanos?

É a linguagem, é a tecnologia, é a evolução do cérebro, da estética, do altruísmo ou é o uso do fogo?

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35 Comments on Família/Lição 31 O Que Nos Torna Humanos?

  1. Afetamos diretamente nossa vida com a tomada de decisões. Os outros animais podem até fazer escolhas, mas se o inverno chegar e ele não se alimentar, ele morre. Nós humanos conseguimos subverter essa lógica natural. Nós decidimos o próximo passo.
    De resto, somos essencialmente iguais aos outros animais.

  2. Talvez o que nos torne humanos seja essa obsessão em querer encontrar uma única resposta simples para questões complexas que envolvem, naturalmente, respostas complexas 🙂
    “É a linguagem, é a tecnologia, é a evolução do cérebro, da estética, do altruísmo ou é o uso do fogo?”
    Eu diria que o que nos torna humanos é justamente essa complexidade que envolve todos os itens citados e outros mais…

  3. Caro professor,
    o homem tornou-se de fato humano a partir do momento em que, tirando o foco de si, como o fazem todos os animais, teve o primeiro pensamento de preocupação com o seu semelhante.

  4. Penso, logo existo!
    O que nos torna mais humanos é a consciência Divina, espiritual, a alma, a razão!!!
    Apesar de sermos fracos fisicamente, aprendemos a usar armas, capturar animais muitas vezes mais forte e até mesmo a domestica-los. Aprendemos a curar doenças, criar ferramentas o que nos garantiu o domínio supremo sobre todos os outros animais da face da terra.
    Como diriam é o poder de um cerebro e de 5 dedos nas mãos.
    Pena que muitas pessoas esqueceram como se usa um cerebro e vivem por instinto.

  5. Acrescento algo ao comentário da Dida Pereira de Morais que concorda com o Murilo Mota quando fala de se “enxergar o outro”. Acredito que mais do que isso, é COLOCAR-SE NO LUGAR DO OUTRO. Característica inata dos líderes, EMPATIA. Enxergar o outro sem colocar-se definitivamente no lugar dele, não tem efeito. Isso nos torna mais humanos.

  6. São as escolhas que fazemos. Pois delas tudo deriva: As relações, o aprendizado, o crescimento, o sucesso, o amor e até as circunstâncias de nossa morte são consequências de todas as escolhas que fizemos em nossa vida. Escolha nos torna únicos e humanos

  7. Considero muito importante, além de tudo o que foi escrito anteriormente, a capacidade que temos em combater diariamente, em nós mesmo, a ignorância, a mentira e a ganância.

  8. O humano é um ser que pensa e que tem vontade. Toma decisões, sendo responsável pelos seus atos, com absoluta consciência moral, o que o distingue dos outros seres viventes.

  9. O ser humano se torna diferente dos demais seres à medida que dispõe de mais razão e menos instintos. Tal fato resulta, a princípio, em três significativas implicações. A primeira delas se refere à maior consciência da faculdade do livre arbítrio, ou seja, maior compreensão sobre seu poder de escolha e suas inevitáveis consequências. A segunda diz respeito à maior propensão de praticar o amor e todos os bons sentimentos ligados a este, o que não significa que todos os homens irão praticá-los a todos os instantes. Por último, e talvez o mais óbvio e imediato, é a capacidade de criar e desenvolver novos conhecimentos sobre os mais diversos assuntos, inclusive a filosofia sobre a qual versamos neste debate.

  10. Kanitz,
    O que nos torna Humanos Certamente é o Amor, poi o Amor é um Dom Supremo, é pelo Amor que tudo vale a pena e é pelo Amor de Deus que ainda Existimos, caso contrário Ele já teria DESISTIDO de nos e mandado tudo pro espaço, mas enquanto houver UM JUSTO Ele continuará acreditando que valeu a pena ter criado o Ser”Humano”, que muitas vezes não tem nada de Humano! Só Deus para nos Amar assim! Neusa Conte

  11. O que nos torna humano aredito que inicia pelo carinho recebido na familia, onde começa todos esses valores. A bondade demostrada por quem educa os valores éticos,familiares e sociaia, a dignidade, o saber perdoar, disponibilidade de servir, a compreensão, o saber escutar, que em outras palavras, entendo que “faça pelos outros o que voce gostaria que fizessem por voce”.

  12. O que nos torna humanos é a capacidade de decidir, livremente, acreditar em algo que não pode ser apalpado, visto e medido de forma sistemática como Deus, os valores éticos e o amor.

  13. O Humano nunca é, sempre está se tornando.
    O humano é o único ser que tem consciência de sua finitude e pois isso busca em vão um sentido para sua existência cuja maioria se apega a religiões e crenças inventadas por ele, para uma vida mais reconfortante.
    O Humano não tem uma natureza própria, os animais sim.
    O humano tem a capacidade de desenvolver múltiplas habilidades de acordo com seu meio, ao passo que um gato ou um cão hoje agem como agiam no Egito antigo.
    Ao humano é dada a capacidade de pensar e tomar decisões com base em seus pensamentos. Optar por agir com ética ou sem ela. Sentir e agir com generosidade, respeito e tolerância ao outro, ou inveja, desejo de vingança,ciúmes, e tantos outros sentimentos próprios dos humanos.

  14. Gostaria de pensar que os seres humanos são todos naturalmente bons, que é o altruísmo que nos torna “humanos”, que somos os únicos animais a terem sentimentos, mas não acredito nisso. A capacidade de raciocínio certamente contribui com nossa “qualidade humana”, mas qualquer um sabe que ratos de laboratório são capazes de aprender; assim como os nossos cães domésticos e tantas outras espécies animais, ou seja, não somos os únicos animais racionais.
    Ainda assim, nossa espécie humana se destaca entre os animais.
    Na minha opinião, o que nos torna humanos é a nossa cultura e a capacidade de transmiti-la através da linguagem. Quando digo “cultura” digo de forma ampla, e não apenas no sentido artístico. Arte faz parte de nossa cultura, mas também religiões, ciências, regras sociais etc. Nós podemos aprender idéias e descobertas dos antepassados e ainda construir sobre elas. Não seria possível, no tempo de uma vida humana, (mesmo considerando exceções como Leonardo da Vinci), uma única pessoa descrever (descobrir!) tudo o que se sabe atualmente sobre física ou a medicina moderna.
    O que nos torna humanos é capacidade de entender o que outros pensaram, construir sobre elas e transmitir esta informação a nossos descendentes.

  15. O que nos torna humanos?
    Outro dia eu estava ajudando uma criança de 7 anos a fazer sua lição de casa. A questão:
    “no reino dos humanos, como chamamos o macho e a fêmea?”
    Dei exemplos: galo, galinha- cachorro, cadela…
    Expliquei que seu pai é o macho e sua mãe é a fêmea.
    -Então como podemos chamá-los?
    Ele me respondeu:
    – Amor???!!!!

  16. O que caracterisa o ser humano é o AMOR. Amor não só como sentimento, mas principalmente como atitude responsável em relação aos outros seres (humanos, animais, natureza, …).

  17. Prezado Kanitz,
    Folheando seu livro no Google Livros, li sua opinião.
    Permita-me discordar (viva a democracia!!!).
    Vc nos pergunta o que nos torna humanos.
    E vc responde: a família, os valores familiares, o irmão!
    Permita-me citar Sócrates, no Menêxenos de Platão:
    “Nos e os nossos, nascidos irmãos da mesma mãe, não pretendemos ser entre nós servos e senhores, mas a igualdade de nascimento nos obriga a buscar também a igualdade legal e a não ceder a mais ninguém, a não ser no apreço da virtude e da inteligência (239a)” (In: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=14837).
    Isonomia com base na isogonia/fraternidade. É o que defendes e eu também.
    Porém, a fim de se traçar uma ligação entre a antiga idéia de isogonia/fraternidade e a atual noção de solidariedade, proponho entender como fundamento desta e como forma análoga àquela um liame mais fundamental e nítido: a condição humana. (Note que vamos em direções diferentes de uma mesma linha de raciocínio).
    E como aferir a condição humana, o que nos torna humanos? Digo: o DNA, que nos torna membros dessa ‘família humana’ e nos dá direitos (direito por nós mesmos criados e a nós mesmos conferidos em face uns dos outros e em face de qualquer coisa).
    Fora o DNA, nenhuma das nossas extraordinárias capacidades nos torna diferentes das demais formas de vida – nem nossa cultura, nossos valores, nossa linguagem, nossa ciência, nossos sentimentos… nada!
    E onde está a dignidade nisso (em ‘ser’ humano)? Vendo imagens e relatos de guerras, de massacres, de assassinatos, de torturas, da fome, da miséria, de amores, de paixões, de loucura e de tudo mais, concluo que a dignidade de ser humano é estar no poder (em relação a algo ou um outro ser, obviamente).
    Até algumas décadas atrás, o negro não era considerado um humano, sujeito digno de ter direitos. Era um objeto, uma mercadoria. Creio, no entanto, que não ultrapassaremos a barreira do DNA…
    Abraço.

  18. Somos humanos quando somos capazes de perdora, rir, chorar, amar, cair e levantar. Mas também o somos quando não somos capazes de perdoar, rir, chorar, amar, cair e levantar. Enfim, somos e não somos….

  19. Sr. Kanitz,
    Leitores,
    Analisando as inúmeras contribuições, é interessante observar que todas são corretas e também, naturalmente, incompletas.
    Como foi posto na provocação inicial, a questão instiga o ser humano – este que não sabe o que é – há milênios. Por óbvio não seria magicamente solucionada agora…
    Mas o ponto principal é que todas são, simultaneamente, acertadas, mesmo quando contraditórias entre si:
    – DNA / definição por semelhança genética = correto;
    – Espécie / capacidade de procriação entre seus membros = correto;
    – Valores morais (ou a momentânea falta deles), empatia, linguagem, estética, transcendentalismo, (auto)consciência, responsabilidade, razão, tecnologia, cultura, relações afetivas e familiares, mutabilidade comportamental, adaptabilidade, etc. = todas corretas!!!
    Em cada um dos quesitos postos, o ser humano pode ser considerado exclusivo detentor da característica (ou, em alguns casos, estar acompanhado de um número reduzidíssimo de espécies, considerando a enorme diversidade biológica).
    Porém, mesmo com a variedade de respostas, sabemos que a questão não foi solucionada.
    E não se trata apenas de “opiniões divergentes”.
    Na verdade, acredito que nenhuma pessoa, se tiver honestidade filosófica, seja capaz de considerar sua própria resposta à referida questão como absoluta.
    Nesse sentido, podemos acrescentar mais uma resposta – parcial – à lista acima: o ser humano é aquele que reconhece ser incompleto e indefinível, e que sabe que sempre o será, mas nem por isso deixa de buscar realizações e respostas.
    Além disso, por mais que enfatizemos, por vezes, as características negativas do ser humano e a sua imensa capacidade para causar sofrimento ao próximo, as respostas fornecidas tenderam significativamente para os seus aspectos louváveis.
    Não creio se tratar de um grupo excepcionalmente otimista ou que se recusa a enxergar a “realidade”.
    Acredito que tais enfoques revelem exatamente as características que buscaram destacar: que ansiamos sim por nos conectar e amar uns aos outros e viver em harmonia com o mundo que nos cerca (mesmo que invariavelmente percamos isso de vista…).
    Sinal disso é a quantidade de comentários bem acima da média que o presente post do Kanitz recebeu!

  20. Obviamente, todos(seres humanos) somos humanos. Porém “tornar-se humano” é uma subcategoria onde ora estamos, ora não estamos humanos.
    Quando estamos humanos? Nos pensamentos e suas consequentes ações fundamentadas nas Virtudes (Tolerância, Benevolência, Justiça, Misericórdia,Temperança, Amor, etc…)
    Quando não estamos humanos? Nos pensamentos e ações inversas e que fundamentalmente causam algum dano a si próprio, a outrem, ou a algo.

  21. O que nos torna humanos em minha opinião é a nossa incrível capacidade de realizar humanices que nenhuma outra espécie é capaz de fazer. Ou seja dirigir pelo acostamento no trânsito, roubar, subornar, querer tirar vantagem, enganar, guerras sem sentido, religião no poder e suas disputas, certezas de ideologias furadas. Em especial as características de nós brasileiros, considero o Brasil o lugar de um povo bastante “humano”. Acredito que a tendência é deixarmos de ser humanos com a própria evolução da espécie que se dará nos próximos séculos, ou seja, quando tivermos reflexão suficiente para deixarmos de fazer as nossas próprias humanices.

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