No 19º Congresso de Genética Comportamental de 2007, realizado em Williamsburg, Virgínia, conversei com a Dra. Meghan Provost, que havia feito um estudo interessante.
Ela filmou mulheres usando um software, clique para ver, http://www.biomotionlab.ca/Demos/BMLwalker.html, ou baixe no Iphone o programa Walker programado por Ivo Wessel, e descobriu o seguinte:
Mulheres, na época da ovulação, mexem o quadril de forma ligeiramente mais acentuada do que no período infértil.
Não de propósito, mas provavelmente consequência indireta de algum hormônio que controla a ovulação.
Alguns homens talvez nem conseguem perceber, outros aprenderam a sutileza.
Achei o software fascinante, e a pesquisa também, em anexo. http://www.springerlink.com/content/3g8l78060073n873/
De volta a São Paulo, um dia observei na Avenida Paulista três garotas indo para uma festa.
Uma usava uma saia curta vermelha, até vulgar, outra tinha uma saia que ia até os joelhos e a terceira usava um tubo longo preto.
Qual é a saia mais sexy para se usar numa festa?
Uma saia curta, média ou longa?
Posso estar tirando as conclusões erradas a partir da pesquisa da Meghan, mas ficou claro para mim naquele instante que é a saia média.
Porque ela acentua o balanço do quadril e amplifica o sinal que uma mulher está ovulando.
Sinal para atrair os instintos de todo homem a 200 metros de distância.
Pessoalmente, nunca achei uma saia curta sexy, pelo contrário, usei o termo vulgar.
Na realidade, uma saia curta é a que balança menos, por definição.
Saia curta não atrai homens como se imagina, e a Uniban deveria ter ensinado genética comportamental às suas alunas desavisadas, e não expulsá-las.
A aluna expulsa não é uma devassa, simplesmente usou um mito entre as mulheres de que saia curta lhe faria mais atraente entre os homens que querem ter filhos.
Ledo engano.
O longo, é o vestido típico de mulheres casadas, e agora sabemos porquê.
Tem um mínimo de balanço sem provocar.
Se você quer ser atraente, use saia levemente abaixo dos joelhos, rodada e que tenha um balanço harmônico.
Concordo inteiramente! Para mim, a definição de feminilidade, em se tratando de vestimenta, é uma mulher usar saia, e não curta, mini ou micro, mas uma saia na altura do joelho, ou até mesmo uma saia longa.
Machado de Assis no livro Memórias Póstumas observa que os vestidos foram inventados para aumentar a atração do homem, não porque revela e ao mesmo tempo esconde. Os homens, assim, sentiriam curiosidade para ver o que acharam bonito, mas que não descobriram inteiramente.A moça da Uniban, certamente não soube que o vestido só tem efeito, na verdade, quando apenas sugere e não quando mostra tudo, como ela fez!
Explicando melhor, Machado argutamente sabia que a mulher já ficava bonita com vestido.Os homens então iriam se sentir mais curiosos para saber como ela é sem vestido.É esse, como Machado ensinou, o verdadeiro jogo da sedução do vestido.
La la ri la la…
Em baranga não faz diferença nenhuma, vai ficar ridículo do mesmo jeito.
Agora em mulher bonita qualquer coisa fica lindo e sex. Só ver aqueles desfiles da Victoria. Cada roupa estranha..
Prefiro o bom senso. O que é feio tem mais é que se esconder e o que é bonito tem mais é que mostrar. Simples assim…
Quanto a Autor que Machado que nada, quem entende de mulher é Nelson Rodrigues.
E então Capitu, traiu ou não traiu Bentinho…
Caro professor, sem querer comentar os aspectos estéticos de seu texto, o caso em questão tomou enorme dimensão, e quase todos eles defendendo a aluna, entretando tenho cá comigo minhas dúvidas:
– os relatos que alguns jornais divulgam, sem tanta enfase, nota-se que a garota possuía uma atitude provocativa, inclusive levantando as saias.
– Mal o insidente tomou porte, a garota conta a seu lado com nada mais nada menos que seis advogados para ajudar em sua causa.
– Com tantos alunos envolvidos no episódio, somente, com cameras em telefones celulares somente algumas fotos, sem tanto alvortoço tem sido publicadas.
Mas uma coisa é fato, os alunos não souberam agir com serenidade frente a “fatos” que “repudiavam”, a faculdade era “omissa”, pois pelos relatos as atitudes já vinham a tempos, e pagarão assim por seus atos, talvez “justificados” mas conduzidos com muita emoção e pouca razão;
Uma boa lição de como não fazer no mundo corportivo..abs
“pois pelos relatos as atitudes já vinham a tempos, e pagarão assim por seus atos”.
Antes achava que a vítima era a moça, mas se isto for verdade. Parte da culpa também é dela. Provavelmente não era nenhuma santa já que praticamente toda sala participou da baderna.
E por fim ainda deu a brecha de vir vestida tal como os alunos a chamaram…
Achava que era intolerância, mas pelo visto esta história não era de hoje.
Caro Professor,
Todo esse imbróglio me entristece muito, pois essa intolerância está acontecendo em pleno século XXI. Pior, a vítima se tornou a única culpada pelo ocorrido, ao ser expulsa pela Universidade. Absurdo! Mais absurdo ainda que, até o momento, nenhum Diretório Acadêmico, da própria UNIBAN ou de qualquer outra Universidade, tenha se manifestado contra esse abuso. Caramba! Estamos no Brasil. Aqui não é o Afeganistão ou qualquer outra sociedade onde se prega a intolerância, a subserviência da mulher e das crianças, o desrespeito às crenças alheias. A nossa maior riqueza é a diversidade. Hoje é uma mulher que usa uma saia curta, amanhã um(a) homossexual, ou negro, ou vascaíno, ou palmeirense, ou corinthiano, etc. etc. etc. No quesito intolerância a mente doentia é fértil. Que vergonha. A Universidade só tem razão de ser quando pratica e incentiva a divergência, o questionamento de idéias, porém com o propósito de elevar o conhecimento e paz entre as pessoas. O que eu gostaria de ver era esse “bando” de alunos discutindo a qualidade do ensino, a qualidade das pesquisas acadêmicas, a qualidade de seus professores. Ih, tem tanta coisa mais útil à sociedade do que perder tempo com o tamanho da saia dessa ou daquela mulher. Já que citaram Nélson Rodrigues. Ele também disse que “TODA UNANIMIDADE É BURRA!” Nunca tinha visto tanta burrice reunida em uma lugar, ao assistir aos vídeos divulgados…
Sr. Kanitz,
Bom dia !
Quem sabe, as “Universides…” possoam incluir em seus materiais didáticos ( para professores e alunos },
“O Essencial ” de Constanza Pascolato ? O bom senso agradece !
Sr. Kanitz,
Bom dia !
Quem sabe, as “Universidades…” possam incluir em seus materiais didáticos (para professores e alunos) “O Essencial ” de Constanza Pascolato ? O bom senso agradece !
Consinto com parecer do Valdineir CIRO, quando fala da liberdade de expressão, da convivência com a diversidade, da intolerância, do preconceito e da falta de uma atitude inteligente e séria de instituições.
O foco e a energia precisam ser dirigidos pra outras e tantas questões importantes e carentes no nosso país.
Cumprimento Kanitz por trazer à tona o episódio – é preciso levantar a discussão desse “tipo” de atitude – e Ciro pela belo comentário.
E quem disse que as mulheres que põem saia curta querem atrair um homem que queira ter filhos?!
bom dia a todos!
realmente, bom senso e tudo! todos nos temos em mente que faculdades, cursinhos… nao sao ambientes de mostrar os modelitos. quando a mulher veste uma roupa, ela pensa em tres coisas basicas: nela mesma, nos homens e em outras mulheres. mas, nao devemos esquecer que alem de agradar aos homens, logico… as mulheres se vestem para tambem se `sobressair` perante as outras mulheres. sao como as modelos de capa das revistas femininas… nao sao as que a maioria dos homens iriam gostar, mas sim a que as mulheres iriam querer `imitar`. independente do comprimento do vestuario… muitas mulheres conseguem ser mais atraentes realmente pelo jeito (de andar inclusive) do que se estiver mostrando ou escondendo mais do que deveria.
Incrivel mas como um país como o nosso que quer tornar-se potencia mundial ainda se preocupa com vestes, vocês imagina a quantas anda a cultura brasileira se numa universidade os chamados cultos, sabios, intelectuais, agem dessa maneira, imagino como será a classe intermediaria, talves sejam mais sabios e nem aceitem esse tipo de bobeira, nosso país precisa mudar a cultura, evoluir, infelizmente, demoraremos a chegar a tudo isso, precisamos acordar e ver outras coisas mais interessantes para o nosso país…abraços…Tom Almeida
Interessante ponto, esse da genética. “Se não for verdade, foi bem bolado”!
Interessante, também, como as opiniões divergem. Principalmente em função do tratamento dado ao assunto pelos meios de comunicação.
Convenções sociais, como as leis, são normalmente um conjunto de normas do tipo “deve/não deve”, estabelecidas explicita ou implicitamente pela maioria, cujo objetivo é tornar aceitável a vida em sociedade.
Há muito tempo atrás, fui barrado na entrada de um cinema de São Paulo porque não estava usando gravata. O mesmo ocorreu em um clube.
Lembro que, no momento, fiquei revoltado, mas depois, pensando melhor, aceitei a norma. Se não houvesse um limite, alguém iria querer entrar, algum dia, de camiseta ou com o torso nú.
Infelizmente, existem pessoas que não têm sensibilidade para perceber o que é ou não adequado e, para isso, são feitas as normas.
No caso em pauta, a escola não criou as normas e os alunos extrapolaram nos “protestos”, que também podem ter sido incitados pelas inimizades de algumas pessoas em relação à Geisy.
Como as motivações da mídia distorcem os fatos, embutindo as interpretações dos responsáveis pela veiculação da notícia, ficamos sem segurança para entender, realmente, o que houve.
Ufa, vendo um comentário de Stephen Kanitz sobre o assunto me deixa aliviado, pois, este assunto, por mais banal que pareça, traz à tona um problema do sistema educacional, escolas particulares se comportando como empresa, sumariamente demitindo uma aluna ! Pela lógica empresarial, se podem demitir funcionários, professores, muito naturalmente podem DEMITIR ALUNOS ! Alegaram até uma justa causa. Mais uma prova de que o ensino privado confunde cultura com cuRtura, e na avaliação pesa muito o “business dress code” UNIBAN, ironicamente, é o mesmo nome de uma grande produtora e exportadora de bananas. E no YouTube é uma festa a publicação de vídeos irônicos sobre a UNIBAMBI, com dublagens usando Hitler, Bin Laden. A atitude da diretoria da Uniban deixa claro que o espírito da Inquisição não morreu, e logo, vão propor a volta da fogueira para queimar bruxas !
“Há muito tempo atrás, fui barrado na entrada de um cinema de São Paulo porque não estava usando gravata.”
Nossa, José Carlos… Você deve ter uns 70 anos de idade, né? Isso era comum nos cinemas do Rio de Janeiro na década de 1950.
“um país como o nosso que quer tornar-se potencia mundial ainda se preocupa com vestes”
então os EEUU estão na contramão da História pois os professores universitários usam paletó e gravata…
as vestes são SIM uma forma de passar mensagens. Isso acontece em todas as civilizações. Mesmos os indígenas “nus” tem seus códigos de vestimenta.
o fato ocorrido levanta sérias indagações. Concordo com os demais que o texto de Kanitz mereceria melhor apresentação (dado o nível do escritor e relevância de seu pensamento no Brasil).
O que me espanta é a avaliação simplista que se faz de fatos como este. Chamar de “preconceito”, “inquisidor” “reacionário” o fato de indignação de uma comunidade a uma atitude individual é cair na mesmice dos que não tiveram o bom senso e serenidade no momento. Os termos citados são usados indiscriminadamente a ponto de se comparar homossexuais a boleiros, cultura brasileira a cultura árabe.
Análises simplistas serão sempre o outro lado de atitudes impensadas.
Se formos pensar que o lema das revoltas estudantis francesas de 1968 era “é proibido proibir”, devemos analisar que o lema dos cultos satânicos que proliferam atualmente nos EEUU é justamente o “faze o que tu queres”, uma semântica.
Não adianta defender Nelson Rodrigues em um ambiente e condená-lo no outro. Usar de um pensamento qualquer para justificar seu próprio ato é uma atitude apologética irracional e não colabora com o desenvolvimento sadio de uma sociedade.
Precisamos de mais pensadores e pessoas que pensem nas demais pessoas.
Ela é safada e as coisas saíram do controle depois que outros, sem saberem o porquê, começaram a gritar.
Assistam as entrevistas dela e tirem suas próprias conclusões.
Não justifica, mas ao menos é compreensível o que aconteceu. O que ela esperava da atitude dos alunos levantando a saia?
Legal, mas foi esses engravatadinhos que quebraram a chamada grande potencia mundial, “E E U U “, e aqui em no nosso pais muito engravatadinho também não passa a imagem da roupa que usam e tem muitos indios com mais sabedoria e hoje não andam nu, vc mora no Brasil amado, ou ta a passeio…abraços…
lá..lá…lá…. a principio uma roupa não revela o caráter de ninguém pra melhor ou pior,uma saia só é elegante ou vestido só é elegante quando sugere, e não quando mostra tudo, esses babacas desses “estudantes” entraram no jogo de “marketing ” risos..dessa cidadã.
nunca vi o ridículo ser tão valorizado.
teveriamos ter coisas mais importantes a pensar, como: a qualidade so ensino, dos professores, e alunos.. o Brasil não merece isso. vem comigo !!!! fui…
Acho que o foco da questão foi deixado um pouco de lado.
Se a vestimenta não era adequada (e talvez não fosse)caberia à direção da escola imputar uma reprimenda, e enviá-la para casa.
O ponto a se considerar é o preconceito, estabelecido apenas pela roupa, já que em nenhum lugar se diz que a aluna era prostituta por profissão (como muitas das frequetadoras de Café Photo, ou outros similares, universitarias comportadas).
A questão é PRECONCEITO, e portanto, deixo aqui uma pergunta: se esta aluna fosse negra, alguém teria incorrido no crime de “preconceito racial”, com risco de prisão inafiançavel? Ou teriam todos calado a boca, já que a punição existe e é clara?
If I can throw in my 2 cents… My guess would be that the young lady made a mistake in how she dressed to school since so many fellow students were appalled but then again heck, this is Brazil we’re talking about not Afghanistan, Iran and the like… I was very surprised, really! Let this become a lesson for schools nationwide to try and set a dress code in place so as to draw the line… I agree that mini skirts don’t necessarily make a woman look sexy, often the opposite is true!
A garota corre o risco de ser expulsa da faculdade por causa do comprimento de sua saia mas a nova garota propaganda da Gafisa, pode sair toda gostosa e quase mostrando os genitais em anuncio de página inteira do jornal Valor Economico de 09/11/09.
O Brasil mais uma vez mostra sua cara, sua cara de hipócrita.
Esta garota deveria receber sim o diploma em antecipação porque ela já conhece todas as técnicas de alguns dos mais considerados piblicitarios brasileiros, que não cosneguem vender nada, da cerveja as casas populares, sem mostrar o corpo insunuante de uma mulher gostosa.
Haja estomago para aguentar as contradições desta sociedade.
Mais ridículo ainda é ver estudantes fazem protestos apoiando ela, mas hoje, dia 12/11, saio no site da globo.com um vídeo mostrando ela dentro da faculdade antes da confusão, ela dava risada do que estava acontecendo.
O que acho mais ridículo são faculdades oferecerem bolsa integral por ter acontecido isso com ela.
Logo mais ela sai em revistas masculinas.
Qual a competência do dono do blog para escrever sobre esse assunto? (risos)
Kanitz pelo amor de Deus, quando não houver artigos para escrever (leia-se falta de assunto), por favor mantenha-se em estado de inércia e poupe-nos desta sua mania de achar que tem competência para opinar sobre tudo.
Pelo amor de Deus Lana, o blog é do kanitz, e quem entra no blog é justamente para saber a opinião dele sobre assuntos variados, se você nao concorda com a opnião dele, diga: nao concordo e ponto. Quem é você para dizer o que ele deve escrever ou deixar de escrever.
Caro “Alguém” veja:
Concordo contigo, o blog é do Kanitz e ele escreve sobre o que ele quiser, mas por outro lado também penso da seguinte forma:
Acompanho este blog, muito antes de ele ser blog (anteriormente liamos seus artigos em seu próprio site. O blog é recente.) e desde os primórdios o conteúdo divulgado sempre teve um caráter político e econômico, ou seja quem faz parte desta comunidade, está acostumada a ver artigos (com opiniões contundentes e sob uma nova ótica) que falam sobre, desenvolvimento econômico, politica fiscal, mercado de trabalho, política em geral e fatos deste tipo, ou seja, o conteúdo deste site sempre teve um coerência com estes assuntos e acredito que quem o acompanha espera por isso. Agora quando você entra em um blog destes e de repente se depara com opiniões sobre “qual saia vestir” isso destoa (e já não é a 1º vez que temos artigos deste tipo) totalmente.
Primo pela qualidade dos artigos e participo deste blog em razão disso.
Faça a seguinte analogia:
Quando um leitor compra a revista “Carta Capital” ele não espera abri-lá e ver fotos do casamento da Ivete Sangalo, piadas do mês e o Luciano Huck na ilha de Caras com a Angélica (no entanto ela tem autonomia para publicar o que quiser certo?) e idem para quem compra a “Contigo” não esperar ver artigos falando de política econômica, reestruturação de grandes companhias demissão de CEO´s e etc.
Amanhã quem sabe não estaremos vendo dicas de corte e costura, técnicas de jardinagem e qual o fermento vai fazer o seu bolo crescer mais.
Participo deste blog em razão de não suportar tanta bobagem na mídia e acho que isso foi apenas um deslize da parte do Kanitz.
Sem mais,
Bruno Lana
Kanitz, parabéns por mais esse artigo de vida. Apesar de comentários anteriores contrários à sua análise, motivo-o ainda mais a discorrer habilmente sobre fatos de nosso cotidiano. O que parece-me que não foi entendido é que você simplesmente aproveitou um fato para fazer uma análise do comportamento humano. Simples assim. O interessante é a dominância de crenças e valores de cada leitor na hora de emitir a sua própria opinião enaltecendo-a como verdade absoluta.